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Desenvolvimento da Aula

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3. Cultura do consumo

3.1. Continuação

Esse ter, ou seja, as mercadorias tornam visíveis, os processos sociais cujas raízes na produção humana foram esquecidas ou reprimidas, oferecendo ao consumidor autonomia imediatos e idolatria. Não mais encaradas como um produto social do trabalho humano dotado de propriedades úteis para a vida prática das pessoas, as mercadorias passam a ser tratadas como algo naturalmente munido de faculdades, propriedades, valores e significados intrínsecos (masculinidade, feminilidade, elegância, sex appeal, ousadia, inteligência, modernidade, sensualidade, beleza, juventude, independência, charme), transferíveis ao consumidor mediante as relações místicas e abstratas de compra e posse (a mediação mágica do dinheiro) e não por intermédio das relações orgânicas do fazer e do construir (Slater, 2002). Para exemplificar a ideia exposta anteriormente, recorremos à seguinte citação:

Desse modo, não se compram simplesmente mercadorias ou quaisquer mercadorias. Buscar avidamente novos modelos, receitas e formas de cultuar o corpo também se constitui um tipo de compra. Passamos a ter o próprio corpo e sua imagem como objeto passível de ser comprado. Os fluxos de possibilidades são intensos e fluidos. Novos produtos e novas tecnologias surgem com promessas milagrosas. A proximidade do verão é acompanhada de novos métodos de exercícios físicos nas academias de ginástica com o intuito de oferecer a todos a chance de atingir a tão sonhada e suada melhoria da estética corporal. Ignorando esse sistema aparente de obediência e códigos, o consumidor vive suas condutas consumistas como signo de expressão e liberdade esquivando-se da realidade que vislumbra para a própria vida