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FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

Número de respostas: 11

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Olá pessoal,

Vocês leram a aula e assistiram os vídeos. Logo, pergunto: qual a opinião de vocês sobre o embate entre a homogeneização versus hibridismo cultural? Além dos vídeos exibidos na aula, vocês conhecem outros tipos e formas de resistência a este movimento de padronização cultural?

Vamos discutir, pois esse tópico é muito interessante. Conto com a habitual participação de vocês!

Abraços a todos

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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Roberta Cafiero Marinho Nassar -
A Homogeneização e hibridismo cultural mostra a diferença entre a uniformização de pensamentos e gostos e a criação de diversidade.
A homogeneização pode ameaçar tradições locais, enquanto o hibridismo oferece uma oportunidade para a criação de novas expressões culturais. Embora a homogeneização possa reduzir a diversidade, o hibridismo pode enriquecer as culturas através da mistura e inovação, por isso é de extrema importância ter um equilíbrio entre a Homogenização e o hibridismo. Não conheço outros tipos e formas de resistência a este movimento de padronização cultural.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Vera Cristina Fernandes -
Não percebo os EUA como uma unidade cultural ultimamente devido ao fluxo migratório intenso de entrada de imigrantes de forma legal ou ilegal no país oriundos de diferentes nacionalidades e culturas, influenciando e sendo influenciados pela cultura local, gerando novos hábitos culturalmente híbridos nas formas de pensar e agir no indivíduo. Esse processo traz uma identidade nova e subjetiva do que é ser Americano (e como alcançar o sonho americano) que varia de região para a região do pais, afetando e alterando as tradicionais escolhas políticas locais de viés republicano para democrata ou o contrário.

Nesse sentido a hegemonia cultural americana local vem sofrendo os impactos de aculturação e de uma polarização cultural e política a partir de novas demandas/ resistência cultural dos grupos sociais de imigrantes inseridos na comunidade local.

É certo que além da cultura, as crises econômicas aumentam estas polarizações, e as inseguranças, pois o foco é assegurar a própria sobrevivência toda vez que a economia americana desacelera causando altas taxas de desemprego com consequente perda de poder de compra, sustento e acesso a moradia.

Já a cultura musical é o campo legítimo das liberdades de pensamento de ações e das fusões culturais sem disputas identitárias, o que traz mais alegrias e ótimos resultados. Oxalá fosse assim também na política e economia, mas só tem espaço para a homogeinização marcado por disputas de poder e tensões. Triste.
Em resposta à Vera Cristina Fernandes

Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por José Mauro Nunes -
Olá Vera e colegas, bom dia!

Tudo bem?

Bem apontado: os EUA são uma mistura cultural tremenda, e com a chegada dos imigrantes esse caldeirão cultural tende a se tornar mais complexo. Em países com imigração intensa, a recombinação cultural é ao mesmo tempo rica e arriscada: rica para quem entende a cultura como movimento e transformação, arriscada para quem quer preservar os padrões culturais anteriores.

Essa é uma discussão rica - e potencialmente explosiva, não acham?

Abraços a todos!
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Larissa de Souza Miranda -
Um embate válido, a partir do momento que a homogeneização irá excluir culturas e formar novas deixando costumes e tradições “para trás”, enquanto o hibridismo cultural irá dar a possibilidade de misturar culturas sem exclusão mútua dando o teor de enriquecimento e a oportunidade de conhecer costumes e tradições que não são conhecidas entre outros povos.

O ponto principal, acredito fundamental é que não podemos excluir ou tirar uma cultura melhor que outro, a globalização e a expansão da tecnologia fez com que outras culturas fossem “expostas”, gerando conhecimento a outras nações, tirando o que muito se deu com a revolução industrial, do modelo de vida americano, como se existisse apenas esse modelo.

Não sei se seria um movimento contra a padronização cultural, mas acredito que o movimento hippie possa se encaixar, não sei se viajei muito neste ponto.
Em resposta à Larissa de Souza Miranda

Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por José Mauro Nunes -
Olá Larissa e colegas,

Tudo bem?

Não existem culturas melhores ou piores, dado que elas são produto das práticas e interações simbólicas entre os seus membros. O que pode-se afirmar com certeza é que culturas são dinâmicas, estão sempre se modificando e adicionando novos elementos. Cultura isolada é cada vez mais raro no mundo de hoje.

Quanto ao movimento hippie, é uma coisa interessante de se analisar: por um lado, ele é contrário ao movimento consumerista da americanização cultural; por outro lado, ele é ressignificado e transformado em nova cultura global. Afinal, a luta de preservação do meio ambiente, a dos direitos civis, contra o racismo e a discriminação de gênero vem desse movimento. Curioso, não?

Abraços a todos!
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Ana Julia Pedro Santos Ribeiro -
O choque entre homogeneização cultural e hibridez sugere a complexidade que a globalização cultural carrega. A homogeneização mostra uma ameaça à diversidade cultural, enquanto a hibridez mostra a troca intercultural e inova culturas com novas práticas. Vários modos de resistência desde a reafirmação cultural até o modo digital provam que a resposta é múltipla.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Ana Julia Silveira de Souza -
O embate entre homogeneização e hibridismo cultural é um dos temas centrais da globalização. Por um lado, a globalização cultural tende a impor padrões, predominantemente da cultura ocidental, como gostos, comportamentos e estilos de vida que se espalham massivamente. Exemplos claros são a popularização de produtos e marcas globais como McDonald's e Disney, que promovem valores de consumo e prosperidade material. Por outro lado, o processo de hibridização cultural oferece espaços de resistência, onde tradições locais são reinventadas e ressignificadas, criando novas identidades que combinam elementos globais e locais.

Na música, um outro exemplo de resistência é a banda BaianaSystem. Eles misturam ritmos tradicionais, como samba-reggae e pagode baiano, com rap e música eletrônica. As letras politizadas da banda abordam questões sociais e políticas, como desigualdade e luta por representatividade cultural. Essa mistura musical não apenas preserva a identidade local, mas também dialoga com influências globais, oferecendo um contraponto à padronização cultural.

No cinema, a resistência à homogeneização se manifesta em diretores como Kleber Mendonça Filho. Seus filmes, como Bacurau e O Som ao Redor, apresentam uma visão crítica da realidade social brasileira, especialmente do Nordeste, desafiando os padrões narrativos de Hollywood e valorizando as particularidades culturais locais.

Na gastronomia, chefs como Alex Atala promovem ingredientes nativos da Amazônia e outras regiões do Brasil. Ao destacar produtos locais e a culinária tradicional, eles desafiam a hegemonia dos fast foods globais, preservando tradições culturais e defendendo práticas sustentáveis.

O hibridismo cultural atua como uma força criativa que mistura o global e o local, enquanto a resistência à homogeneização se manifesta em diversas esferas da cultura, como música, cinema e gastronomia. A globalização cultural é, portanto, um campo dinâmico, onde há constantes negociações e reinterpretações de identidades e tradições.
Em resposta à Ana Julia Silveira de Souza

Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por José Mauro Nunes -
Bom dia, Ana Julia e colegas!

Tudo bem?

Excelente comentário e dicas de filmes e musicas. Caso os colegas não conheçam, deveriam conhecer.

Abraços a todos!
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Luisa Parreira Santos de Oliveira -
Essa “disputa” é algo que com certeza, impacta no dia a dia das pessoas, depois de estudar e ler mais sobre cai mais a ficha de como estamos interconectados. Acredito que. o Hibridismo faz parte do funcionamento das nações, tendo em vista que a produção não só cultural é dividida e “compartilhada” , por exemplo, o made in China exibido no primeiro vídeo dos Titãs. Ou seja, acaba criando um contato fixo em diferentes grupos difícil de mudar.
Já a homogeneidade faz perder , de certa forma, a individualidade de cada local, diminuindo a valorização das próprias culturas.
Algo que posso mencionar que recordei é um termo chamado “complexo de vira lata” que é mencionado quando os brasileiros sentem orgulho e gostam de falar apenas de outros países, menosprezando sempre o Brasil, em qualquer oportunidade, preferem tudo do exterior.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Beatriz Jesus da Silva Mesquita -
Na minha opinião, o hibridismo cultural nos permite que tenhamos misturas e aprendizados interessantes de diferentes culturas, sem que haja exclusão de determinados povos. O mesmo não acontece com a homogeneização, que faz com que determinados povos venham a perder aspectos valiosos de sua cultural. Não conheço outros movimentos além do que foi citado.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Maria Luisa Alves de Melo -
No embate entre a homogeneização e o hibridismo cultural, fica evidente, para mim, que é de suma importância a valorização e a mistura de diferentes culturas, sem impor somente uma delas como forma de dominação, de certa maneira. É extremamente essencial a existência de estratégias de resistência local/cultural, e como um exemplo bom e contemporâneo disso, no mundo online dos fãs de livros, existe um "código" de ética de não criar e compartilhar livros em formatos pdf/epub/mob de autores nacionais, como forma de valorizar esses escritores que já trabalham nesse mercado que, aqui no Brasil, não tem visibilidade ou investimento.