Corpo, afeto e aprendizagem Aprender vai muito além de armazenar conteúdos. Implica experimentar, vivenciar, dar função e contextualizar os diferentes conteúdos formais ou não que são apresentados em um contexto escolar e através das inter-relações humanas. Nesse sentido, podemos apontar o afeto como sendo um dos aspectos de maior importância durante o processo de ensino e de aprendizagem. Por seu intermédio, se constrói a possibilidade de estruturar vínculos e de fazer com que o aluno possa desejar aprender e construir seus conhecimentos, de fazer suas conexões e de se sentir capaz de produzir reflexões e saberes. |
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A sociedade contemporânea trouxe diferentes contextos à educação. Vivemos o momento social do imediatismo do “ter coisas” e não do “ser algo”; vivenciamos o deslocamento da condição de cidadãos para a condição de consumidores. O valor social se acopla à capacidade de adquirir bens materiais. Portanto, o fato de interrompermos atividades previamente planejadas para discutir um fato gerador de conflito nas aulas ou debater uma questão que esteja afligindo um contexto social maior pode ser um importante instrumento de construção pedagógica na busca dessas superações. |
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É importante que os professores redimensionem suas ações e possam incluir neste processo não só a condição de desenvolver a habilidade cognitiva dos alunos, mas também, a social, a motora e a emocional, criando oportunidades para que os alunos vivenciem atividades que favoreçam a solidariedade, a cooperação e o respeito, para poder lidar com a frustração, com os seus limites e também com o limite da coletividade. |
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