Desenvolvimento da aula - Leitura de Artigo
Para “dançar” a sua dança e construir uma dança coletiva (o estilo de ser de cada grupo) precisamos de “espaços-ambientes” (Lima, 1989), que favoreçam esta construção, que abram espaços (objetivos e subjetivos) para o corpo e o movimento. A escola precisa recuperar a liberdade de movimentos que a vida na cidade grande e seu respectivo modelo de funcionamento escolar restringiram, impedindo as mais simples e fundamentais manifestações como correr, pular, saltar, etc. |
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“(...) Tudo isto traz também uma redução da confiança no próprio corpo e uma certa sensação de impotência que é difícil de erradicar, apesar de muitas vezes tentar-se compensar a criança dando-lhe maior estimulação de sua fantasia ou de sua inteligência, através de tantos meios de que dispomos atualmente, conseguindo assim que o centro intelectual supra uma carência que na verdade não pode cumprir porque corresponde a outros níveis de existência” (Palcos, 1998, p.2). | |
De acordo com Palcos (1998), a falta de liberdade de movimentos vai formando travas que impedem as crianças de fazer um crescimento harmônico. Como todo movimento se inicia ou deveria iniciar-se com um movimento reflexo, aqueles se perdem na medida em que estes ficam inibidos. As escolas, enquanto espaços de educação integral das crianças devem constituir-se como ambientes que contribuam para evitar o surgimento de travas, ou mesmo eliminar as que já tiverem se instalado, contribuindo para construir ou mesmo recuperar a liberdade e a confiança no corpo. Esta é uma das responsabilidades do educador que assume a educação integral das crianças, porque a confiança no próprio corpo está relacionada ao sentimento de confiança na vida. |
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