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FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

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Número de respostas: 13

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Olá pessoal,

Tendo por base essa aula, bem como as leituras, gostaria de saber qual a opinião de vocês sobre as teses sobre o impacto do consumo em nossas formas de vida.

Aguardo os comentários de vocês!

Abraços a todos 

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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Beatriz Araujo de Paiva -
Uma das passagens na tese de Bauman sobre a comodificação das pessoas me fez pensar na crescente presença dos influenciadores digitais hoje em dia e como eles já deixaram a muito tempo de apenas promover produtos para venderem suas próprias imagens como marcas. Para manter a visibilidade, muitos expõem aspectos íntimos de suas vidas, desde relacionamentos até momentos de vulnerabilidade, transformando tudo em conteúdo consumível.

Isso tem feito com que nas relações modernas, os seres humanos sejam vistos cada vez mais como objetos voltados para o mercado, e a empatia, tem se tornado cada vez mais rara. Bauman exemplifica essa dinâmica no texto ao afirmar que, assim como fazemos com mercadorias que apresentam defeitos, as pessoas, quando não correspondem às expectativas, são descartadas, trocadas ou ignoradas.

David Brooks, por sua vez, explora como os Bubos também estão imersos em uma cultura de consumo, mas de forma mais sutil e intelectualizada. Eles compram produtos e experiências que refletem uma identidade moral e consciente, misturando o desejo por autenticidade com a necessidade de sucesso e validação social, o que reflete a mesma dinâmica de mercantilização da identidade que Bauman destaca. Para mim a abordagem dos Bulbos é meio contraditória pois, ao tentar estabelecer um sistema de consumo "responsável" e de maneira consciente, os indivíduos ainda estão participando e ajudando a manter o mesmo sistema capitalista que, de certa forma, criticam. Isso me faz pensar sobre nossa autonomia enquanto consumidores, até que ponto nossas decisões são realmente nossas com tantas pressões sociais influenciando nossa forma de viver e enxergar o mundo.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Gisele Verissimo da Silva -
Olá, professor e colegas!

Enquanto estudante de Jornalismo, percebo o quanto o consumo molda nossas vidas e a sociedade como um todo. A mídia, com sua poderosa influência, propaga um estilo de vida centrado no consumo, associando felicidade à posse de bens materiais. Essa construção social, muitas vezes inconsciente, impulsiona um ciclo vicioso de produção e descarte, com consequências devastadoras para o meio ambiente e para as relações sociais. Ao analisar o impacto do consumo, é fundamental questionar o papel da publicidade, a obsolescência programada e a desigualdade social gerada por esse modelo. É preciso ir além da mera descrição dos fatos e aprofundar a análise crítica, buscando compreender as raízes desse fenômeno e propor alternativas mais sustentáveis e justas. Afinal, o jornalismo tem o poder de conscientizar e mobilizar a sociedade para a construção de um futuro mais equilibrado e humano.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Emilly Veiga Venancio -
Acho que o consumo acaba desempenhando um papel ambíguo. Por um lado, ele oferece às pessoas a capacidade de expressar identidade, fazer escolhas e criar experiências significativas. Por outro lado, alimenta um ciclo de superficialidade, insatisfação e fragmentação que muitas vezes o deixa mais alienado e preso a um ciclo interminável de desejos e ansiedades. Isso é muito visível no Instagram e no TikTok, que são plataformas muito usadas e que afloram o desejo de consumo, servindo como vitrines digitais. O desafio, a partir dessas teses, está em encontrar um equilíbrio, onde o consumo não seja o único motor da vida, mas uma parte consciente e limitada dela, uma ferramenta para melhorar o bem-estar, e não um fim em si mesmo, o que não acontece atualmente. Principalmente quando adicionamos na equação, as redes sociais e a tendência viral de influenciadores.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Lyandra Dalle`Crode Pralon -
Acho que com o fenômeno da internet e o surgimento dos influenciadores digitais, as práticas consumistas estão cada vez mais integradas à sociedade, dando forma às nossas identidades e relacionamentos. Entretanto, essas relações e expressões identitárias se tornam rasas e fúteis, alimentadas pelo desejo de pertencer a uma massa que se satisfaz adquirindo produtos que estão em alta, “na moda”. Ou seja, ao mesmo tempo que o consumo garante o bem-estar, ele também atua como um divisor. Apesar de proporcionar a criação de identidades, ele também torna as pessoas superficiais, presas em um ciclo, onde os bens rapidamente se tornam obsoletos, refletindo a crítica de Bauman.

As práticas de consumo são complexas pela existência dessas duas vertentes. Ao mesmo tempo que oferecem a sensação de pertencimento e a formação de identidades, elas também criam relações efêmeras, insatisfações pessoais relacionadas à falta de capacidade de aquisição e problemas éticos e ambientais quando relacionados ao ciclo de compra.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Eduarda do Amaral Couceiro -
O consumo tem impacto (diretamente) no modo de vida que escolhemos ou que gostaríamos de ter. Influência desde um corte de cabelo até qual transporte eu utilizo.
O consumo toma nossas vidas quando nos deixamos influenciar pela internet e buscamos ter a vida de pessoas com mais condições, porém dentro da nossa realidade (clt, trabalhador). E dependendo de quem vê e consome esse material da internet, a pessoa acredita que dá pra viver a mesma vida de influenciadores, ganhando o que recebe em seu trabalho. E isso acaba levando ao consumo desenfreado, sem necessidade de certos produtos e muitas vezes, sem formas de pagar pelo que comprou.
Seguindo por essa linha, as pessoas acabam socializando com os pares que gostaria que fosse parecido com o que deseja. E julgando ou se afastando de quem não vive essa realidade.
Indiretamente, e muito importante tratar esse assunto também, o consumo exagerado tem impacto na natureza, no clima, nos mares e consequentemente nos desastres ambientais que vemos acontecer com mais frequência.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Milene de Castro Afonso Pontes -
Na minha opinião, o consumo tem um impacto profundo nas nossas formas de vida. Concordo com Bauman que, em muitos casos, ele pode tornar as relações mais superficiais e frágeis, especialmente quando priorizamos bens e status em vez de conexões humanas. No entanto, também acho válida a visão de Campbell e Brooks, que mostram como o consumo pode promover a criatividade e individualidade, como vemos na figura dos "Bubos", que misturam a ambição capitalista com a liberdade criativa. No fim, o consumo tem lados positivos e negativos, e depende de como o usamos em nossas vidas.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Manoela Oliveira Ferreira Da Silva -
Boa tarde, colegas e professor!

Na obra Vida para Consumo, de Zygmunt Bauman, percebe-se como o consumo afeta profundamente nossas vidas. Em uma parte do livro, ele discute como a vida social mediada eletronicamente deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade, fazendo com que as pessoas praticamente se sintam “obrigadas” a ingressar na vida digital. Além disso, Bauman destaca como as relações de consumo mudaram drasticamente, sendo que, atualmente, os produtos mais promovidos e vendidos são, muitas vezes, as próprias pessoas, que se tornam mercadorias para atrair demanda.

Por outro lado, em Bobos no Paraíso, de David Brooks, o foco está na maneira como as classes são definidas, não tanto pelos meios de produção, mas pelos de consumo. O autor observa que algumas lojas competem para criar produtos que pareçam usados, a ponto de os móveis parecerem quase gastos, destacando a importância da aparência na hora de consumir. Portanto, os dois textos deixam claro o impacto do consumo em nossas vidas.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Maria Eduarda de Souza Galdino -
O texto de Zygmum Baumam me fez refletir sobre a objetificação humana que é crescente e incontrolável atualmente, tudo é valido ser exposto desde que possa ser transformado em mercadoria e consumo. É um dos mecanismos do capital moderno para o seu projeto de consolidação na sociedade, o capital se estabelece nas mídias contemporâneas atraves da divulgação de novos produtos, tendências e até mesmo a vulnerabilidade humana, não há mais a distinção do públio e privado.

No texto de David Brooks, acredito que a elite contemporaneas estão imersos na narrativa do consumo intelectual e moral, mas ao mesmo tempo eles ajudam a fixar o modelo captalista de dominação. E como efeito, as elites modernas influenciam a sociedade nas mesmas atitudes, por conta da sua dominação cultural e capital em todos os aspectos, ou seja, dos costumes até a crenças políticas,.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Julia Leal Menezes -
Olá professor e colegas!
Bem, eu me identifico mais com a visão de Bauman sobre o consumo. Concordo com a perspectiva de David Brooks sobre o consumo como um marcador de identidade e classe sociedade contemporânea, todavia a tese de Bauman sobre como na sociedade atual de consumo, os indivíduos acabam se transformando em mercadorias e suas identidades passam a ser moldadas por padrão de consumo, se conecta mais com a forma que eu enxergo impacto do consumo na vida das pessoas na atualidade.
Acredito que na sociedade contemporânea impactada pela ideia do consumo, as nossas relações sociais estão cada vez mais embebidas nessa lógica. Nesse sentido, indo a encontro com o que Bauman escreve, penso a cultura consumista não está mais apenas moldando a identidade dos indivíduos, mas também configurando as dinâmicas sociais, fazendo com que as não só os indivíduos sejam mercadorias, mas também que as relações entre eles sejam pautadas na ideia de consumo.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Claudia Helena da Silva Paraguassu -
O consumismo molda nossos hábitos e até nossas identidades, fazendo com que busquemos a felicidade em bens materiais. Isso pode criar uma satisfação temporária, mas, a longo prazo, muitas pessoas acabam se sentindo vazias e insatisfeitas. Reconheço que é difícil agir de forma consciente, pois muitas vezes consumimos influenciados por tendências e pela pressão social. Para mim, é importante perceber que o verdadeiro valor está em conexões significativas e em encontrar um propósito maior nas nossas ações. Buscar um consumo mais consciente, que priorize experiências e relacionamentos em vez de produtos, pode nos ajudar a viver de forma mais plena e alinhada com nossos valores.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Vitor Monteiro Thorpe Barbosa -
Acredito que o consumo tem um impacto forte em nossa vida, devido a ele decidimos diversas vezes como agir, o que utilizar, além de despertar vontades e desejos no nosso subconsciente que muitas vezes acreditamos ser algo necessário para a continuação da nossa vida. Como estudante de comunicação social, percebo também como o consumo invade a forma da gente se comunicar, dando exemplo disso seriam os atuais influenciadores digitais, que expõem o que é mais comercial, e o que mais está sendo consumido. Quanto maior a exposição, maior o consumo de seu público, que se sente íntimo daquela pessoa, criando uma ilusão e novos sentidos no subconsciente de cada pessoa que consome aquele conteúdo.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Leticia Gomes Santana -
Olá professor!

Para mim o consumo tem diversos impactos diretos em nossas vidas, porém atualmente, acho que ele ganhou uma força maior, por causa do marketing e publicidade que ganharam mais espaço com o avanço das mídias sociais, o consumo sempre existiu, mas agora com o mundo todo conectado passa a existir um consumo em massa e a promoção de itens com um alcance muito maior, causando até uma homogeinização, por causa de redes sociais como tiktok por exemplo que incentiva um certo estilo de vida, de se vestir, falar e até onde frequentar, oque gera como visto nos últimos tempos nas redes sociais e até viralizou o termo, gera uma saturação de estilos e consumo, porque todos passam a agir da mesma forma e quando satura surgem outros estilos e formas de consumo.

Por isso, penso que o consumismo ganhou um lugar fundamental em nossas vidas, porque ele molda como nos vestimos, falamos, compramos e onde frequentamos, o consumo não é só o ato de comprar, mas é um estilo de vida, gerado a partir do que você consome.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 6

por Maria Luisa Camurça Vieira -
Acho que com o passar dos anos, consumir saiu de uma necessidade para se viver para uma forma de demonstrar certo "status" na sociedade, além de que, com as redes sociais, a divulgação de produtos se tornou cada vez maior, gerando uma vontade de consumir ainda maior entre as pessoas. Um exemplo bem atual é a garrafa da marca "Stanley" que virou um símbolo de uma estética específica, fazendo com que muitos comprassem sem realmente precisar, apenas para pertencer à um grupo com uma estética específica. Entendo então a visão de Bauman, como a mais coerente na sociedade atual, visto que estar fora desses grupos causa um sentimento de exclusão em muitos.