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Será que me comunico?

Será que me comunico?

Será que me comunico?

por Raquel Villardi - Número de respostas: 25

Em que medida o ensino da língua garante o processo de comunicação?

Munido do que você já leu até agora, poste no fórum aberto neste tópico seu ponto de vista sobre a reflexão proposta.


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Re: Será que me comunico?

por Layana Louise Carneiro Canuto -
Apesar de o ensino da língua desempenhar um papel crucial no processo de comunicação, ele não garante uma comunicação eficaz por si só. Por exemplo, vamos para a escola quando pequenos fazer aulas de Português, mas já sabemos a língua, ou seja, já sabemos nos comunicar mas isso não garante que sabemos escrever de maneira correta, o que fazemos na escola é aprender a ler e a escrever através de metodologias. Como no primeiro texto disponibilizado na aula, podemos perceber que foi escrito com muitos erros gramaticais e estruturais, entretanto, se estivesse sido compartilhado pelo dono do negócio de forma oral, não poderíamos detectar tantos erros. Dessa forma, a comunicação vai melhorando com a prática da língua, mas ela não precisa da sistematização desse conhecimento para acontecer
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Re: Será que me comunico?

por Maria Eduarda Silva Brasil -
Apesar da importância sobre o ensinamento minucioso de como se dá a construção de textos ou a formação de frases e palavras, entendo também que o ensino da língua está ficando pouco usual atualmente, pois não está se adaptando as novas formas de aprendizado e as novas formas de comunicação.
Vemos através de exemplos os dados anteriormente que a comunicação não necessariamente precisa ser feita através da sistrmatização aprendida na escola. Através das comunicação oral, por mais que possam existir erros na pronúncia, poderemos compreender em certo nível. Logo, acredito que o ensino da língua deveria se desenvolver tendo em vista a compreensão a nível do dia a dia e não pensando sobre "empurrar goela abaixo" sistematizações que não serão utilizadas diariamente. Caso o indivíduo na sua trajetória busque trabalhar com a língua portuguesa ou queira se especializar, que aprenda os usos mais rebuscados e sistematizações complicadas.
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Re: Será que me comunico?

por Julia Sampaio Mendes de Assis -
A partir do conteúdo dos materiais compartilhados e das devidas reflexões, compreendo que a língua não necessariamente garante o processo de comunicação e sim, adequa aquilo que já sabemos, decorrente de experiências pessoais, a situações diferentes. O primeiro texto demonstra que, ainda que a pessoa que anunciou o seu serviço no muro cometa desvios gramaticas, é possível dizer que ele está se comunicando, a mensagem é compreendida. Por outro lado, o exemplo do texto jurídico está adequado a norma padrão da língua tendo em vista as exigências do ambiente que circula, mas não significa dizer que sua compreensão é melhor do que o exemplo do muro. Torna-se até mais difícil de assimilar o conteúdo para quem não tem conhecimento do contexto.

Atualmente, na realidade universitária considero que me comunico melhor do que me comunicava no ensino médio, tanto de forma escrita quanto oral, mesmo que na escola eu tivesse uma carga horária maior de ensino da língua. Acredito que esses anos escolares de aprendizado da língua somaram a novas vivências na universidade como contato com pessoas diferentes, apresentações de trabalho, processo de amadurecimento, maior autonomia, novas leituras para que a comunicação hoje seja melhor, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.
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Re: Será que me comunico?

por Nicolli Ramos de Sousa -
Dentro da minha compreensão, os textos oferecidos explicam bem que a comunicação é uma habilidade adquirida pelos humanos desde cedo. A sistematização dessa habilidade, como a leitura e a escrita, ocorre através da escolarização, que muitas vezes não é abordada de forma tão objetiva e com sentido para a formação de uma comunicação clara e eficiente,e mesmo. Além de que, apesar da língua ser a mesma, a forma de falar, escrever e se expressar depende do ambiente em que se está inserido.
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Re: Será que me comunico?

por Vitor Moraes Alves da Silva -
Tendo como base o material oferecido previamente no curso é possível perceber que a língua não garante a comunicação por si só, mas adapta o que já sabemos de nossas experiências para diferentes contextos. Sendo assim, com o primeiro exemplo, cujo há um anúncio no muro, mostra que, mesmo com erros gramaticais, a mensagem é compreendida. Entretanto, quando analisamos o segundo texto, que se refere a um texto do campo jurídico, não é mais fácil de entender para as pessoas que não conhecem o tema jurídico mesmo que seja feito o uso da regra padrão do Português.
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Re: Será que me comunico?

por Lara Siqueira Gomes da Cunha -
A partir da temática proposta nesse tópico e também de meus conhecimentos prévios, acredito que o ensino da língua tem grande influência dentro do processo de comunicação. Nessa perspectiva, o ensino da língua não engloba apenas os conhecimentos acadêmicos, mas abrange também, os processos sociais e culturais em que ocorrer as mais diversas interações das pessoas com a língua. Dessa forma, para que o processo de comunicação seja garantido, considero que seja necessários unir os conhecimentos linguísticos do cotidiano, presentes da "língua falada'" ao formato gramatical e ortográfico da língua, o qual é aprendido no decorrer da jornada escolar e acadêmica.
Estamos nos comunicando com o mundo o tempo todo e utilizamos a língua como um mecanismo de interação. Assim, o ensino da língua é importante para que os sujeitos consigam se comunicar, mas é necessário que esse ensino esteja em constante relação com o mundo social.
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Re: Será que me comunico?

por Heloá Gouveia Alfradique -
Acredito que o ensino da língua seja sim importante, porém, não é o principal fator no processo de comunicação. O ser humano aprende diversas coisas na prática, por repetição e por associação, sendo assim, a comunicação não é apenas um conjunto de regras a ser seguido, a comunicação é diversa. Qualquer indivíduo pode se comunicar, mesmo portando alguma deficiência física, ou não tendo aprendido a ler e escrever. Em minha visão, dizer que uma comunicação boa só é garantida através da aprendizagem da gramática e outras regras da língua exclui parte da população e a torna antidemocrática, já que o objetivo da comunicação é a troca entre indivíduos com o mesmo objeto de consciência. Como todo conhecimento é válido e enriquecedor, conhecer a nossa língua materna é bem interessante e nos leva a lugares maiores, porém, não é sempre que garante o processo de comunicação.
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Re: Será que me comunico?

por Mariana Lopez Ferraz -
O ensino da língua é fundamental para garantir o processo de comunicação, mas vai além de apenas ensinar regras gramaticais. Ele também deve incluir contexto cultural, expressões e práticas sociais que dão sentido real ao que é dito ou escrito. Aprender uma língua é aprender a se conectar com outras pessoas de forma mais autêntica e significativa, respeitando as nuances e os diferentes modos de pensar e viver. No final, é isso que realmente faz a comunicação acontecer.
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Re: Será que me comunico?

por Jessica Alves da Luz Neves -
Em minha opinião, o ensino da língua nas escolas não garante o processo de comunicação, uma vez que o indivíduo começa a frequentar o ambiente escolar, já sabe se comunicar conforme sua faixa etária, regionalidade e vivências pessoais, caracterizando o processo de letramento. O ensino da língua portuguesa é pensado normalmente para mera formalidade. Quando observamos a propaganda - a imagem - do mecânico, interpretamos bem, apesar dos erros ortográficos, da mesma maneira que essa propaganda fosse feita de forma oral.
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Re: Será que me comunico?

por Luma Brandes Nogueira -
Considerando os textos lidos, sabemos que não somos apenas meros usuários da língua que falamos, nós sabemos a língua e portanto, a comunicação oral é garantida, ou seja, não há necessidade da sistematização do conhecimento. O que acontece é que a falta de conhecimento do sistema causa erros gramaticais e de regras que só através do sistema obtemos. Portanto, ainda que seja possível ter uma compreensível comunicação oral, a escrita pode ser dificultada graças aos erros. Dessa forma, para a escrita, o sistema facilita a comunicação, mas a falta de conhecimento desse não a impede. Com isso, podemos concluir que não é necessário que o falante tenha conhecimento do sistema da linguagem, pois a comunicação não é dada a partir dele, e sim pela linguagem a qual ele foi exposto desde pequeno.
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Re: Será que me comunico?

por Livia Goncalves Reis -
Para garantir o processo de comunicação, o ensino da língua deve deixar claro aos estudantes a plasticidade que ela possui. Apesar da sistematização do conhecimento linguístico ser essencial quando pensamos no desenvolvimento de uma carreira acadêmica ou na inserção no mercado de trabalho, devemos ter em mente que a comunicação se estende para além desses dois cenários. Se comunicar de forma efetiva é compreender e se fazer ser compreendido por todos. Para isso, é necessário saber adaptar o nível de formalidade, por exemplo, a depender do público com o qual pretendemos nos comunicar. No Brasil, é importante considerar também que uma grande parcela da sociedade sequer tem acesso à uma educação de qualidade, gerando ainda mais ruídos de comunicação entre as diferentes camadas sociais. Para garantir o processo de comunicação, o ensino da língua deve ser capaz de acabar com preconceitos, desmistificar o senso de uso "correto" - e elitista - da língua e romper barreiras sociais.
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Re: Será que me comunico?

por Anna Karolinne de Holanda Ribeiro -
A partir do material lido, é possível compreender que a língua, manifestação da linguagem, é inerente ao ser humano. Nesse sentido, a escola entra nesse cenário para se colocar como um ambiente de sistematização dessa língua, de forma a organizar e orientar sua compreensão através do aprendizado da escrita e da leitura. Essa dinâmica de ensino permite que os indivíduos consigam traduzir essa língua em bases de compreensão coletiva, garantindo o processo de comunicação. A educação da língua possibilita o entendimento geral não só de ordens gramaticais, mas também capacita as pessoas para que saibam criar contextos e usar a língua criando e exercitando suas competências comunicativas, que envolvem elementos interculturais, sociais e ambientais.
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Re: Será que me comunico?

por Paloma Caetano Araujo -
A partir da leitura deste tópico, foi observado que a compreensão do aviso no muro ocorreu de forma mais sucinta e eficaz que o texto jurídico. Assim, concluiu-se que é possível compreender um discurso que não está escrito de acordo com a norma culta da língua, uma vez que esteja dentro de temas que já estamos habituados. Portanto, mesmo que a sistematização da língua seja fundamental para a comunicação e para o meio acadêmico, ela não garante que esse processo seja realizado de maneira eficiente, visto que para que isso ocorra devemos levar em consideração o contexto e as bagagens linguísticas dos falantes.
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Re: Será que me comunico?

por Felipe Paixao Mendes Ferreira -
O domínio da língua sempre foi um instrumento de inserção na comunidade. Grupos se juntam com base nos seus interesses em comum, e a língua é o meio mais eficiente de exteriorizar seus pensamentos, opiniões e costumes. Dados os exemplos vistos na aula, o ensino da língua permite a adequação da comunicação a variados ambientes, como no exemplo da petição judicial, onde o uso “correto” da língua indica uma adequação ao instrumento legislativo no qual ela foi aplicada. Sendo assim, o ensino da língua, seja de sua forma culta ou coloquial, permite a identificação da comunicação dentro de um grupo, ainda que a mensagem possa ser transmitida de uma forma mais simplificada, de ampla compreensão.
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Re: Será que me comunico?

por Clara Torres da Silva -
O ensino da língua é, sem dúvida, importante para garantir o processo de comunicação, e pode ocorrer de diferentes formas, além das palavras. No entanto, ele não assegura, por si só, que a comunicação será sempre eficaz. Nas escolas, aprendemos a aperfeiçoar o uso da língua, mas isso nem sempre é suficiente para garantir uma boa comunicação.
A linguagem pode mudar de acordo com a cultura e o contexto social. Povos de diferentes regiões podem ter formas de se comunicar completamente distintas. Assim, percebemos que a linguagem é fluida e pode variar de muitas maneiras.
O ensino da língua é essencial, mas não garante que compreenderemos 100% da comunicação. Existem outros fatores envolvidos, como habilidades práticas, culturais e sociais, que também são fundamentais para uma comunicação eficaz.
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Re: Será que me comunico?

por Nathalia Costa Reis -
Considerando que o processo de comunicação se baseia em duas partes, tanto na parte de emissão da informação para um ouvinte como na parte de recepção da informação de um locutor, o ensino da língua serve como uma ferramenta de padronização da forma que essas mensagens serão enviadas e recebidas. Se a forma de comunicação for a mesma para ambas as partes, considerando que todas partes sabem o significado dos símbolos dessa mesma língua, é muito improvável que elas não se compreendam.
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Re: Será que me comunico?

por Ray Gomes Cabral -
O uso adequado da língua portuguesa é fundamental para uma boa comunicação. Sem a utilização correta do idioma a mensagem que pretendemos repassar pode ser compreendida pelo interlocutor de maneira equivocada.
Mesmo na comunicação oral os erros de português podem dificultar que o interlocutor entenda o que estão querendo dizer a ele.
Evidentemente que o não conhecimento técnico da língua portuguesa não impede a comunicação de algo para alguém. Contudo, é importante que as pessoas saibam utilizar corretamente as regras gramaticais no cotidiano. Tanto profissionalmente quanto nas relações pessoais.
Desse modo, conseguem transmitir com mais precisão e eficiência - seja por escrito ou oralmente - aquilo que desejam.
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Re: Será que me comunico?

por Carlos Eduardo dos Santos -
A comunicação é a transmissão de uma mensagem, ideia ou intenção que pode ocorrer de variadas formas: a comunicação verbal pode ser considerada como uma dessas formas, porém não é a unica. Para uma boa comunicação é fundamental que a mensagem faça sentido para quem transmite e para o (a) receptor (a).
O uso da linguagem como fator discriminatório tende a julgar aqueles não seguem as normas gramaticais ou linguísticas, porém como no referido texto, o uso de termos exclusivos de um determinado grupo pode ser visto como culto e sofisticado mesmo que não faça o menor sentido para quem não faz parte do referido grupo social ou contexto, Como exemplificação, os termos jurídicos para falar das questões trabalhistas que surgem no texto 2. Infelizmente a classe dominante determina, o que é considerável e o que é erro, quais são as formas de comunicar e como comunicar. Pensando em meu papel enquanto docente no contexto educacional, corroborando com a aula, vejo que é fundamental ensinar aos educandos que existem varias formas de comunicação e que cada região traz sua cultura. Junto a isso sua forma de comunicar. Se desprender da determinação do que é correto, é elemento fundamental para não cometer preconceito linguístico, assim como Marcos Bagno nos aponta que nós somos a língua que usamos é injusto e arbitrário exigir do outro ou avaliar o outro a partir de nossa forma de comunicar, pois a relação com a linguagem é de dentro pra fora e não ao contrário. Ou seja, ela é "muito mais profunda e complexa do que um simples uso".
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Re: Será que me comunico?

por Luana Braganca de Pina Araujo -
Diante dos exemplos dados e que são facilmente presenciados em nosso cotidiano, é possível afirmar que a comunicação não necessariamente está relacionada ao ensino da língua em suas normas estabelecidas, por outro lado, é intrínseca a relação ao ambiente social em que somos inseridos. Contudo, apesar que não ser o principal definidor para um processo comunicativo, o ensino da língua é importante para que a comunicação se desenvolva e proporcionar meios para que essa seja facilitada, seja para uma escrita mais próxima aos padrões gramaticais seguindo o primeiro exemplo, quanto para o uso de uma linguagem que abranja mais pessoas seguindo o segundo exemplo.
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Re: Será que me comunico?

por Carolina Vitoria Pereira Cardoso -
A partir dos textos apresentados no módulo, pode-se perceber que o ensino da língua garante o processo de comunicação ao sistematizar o conhecimento linguístico e desenvolver competências além da simples transmissão de regras gramaticais. Enquanto a comunicação oral é natural e inerente ao ser humano, a escrita exige maior domínio das normas para assegurar clareza e coesão. O ensino escolar organiza e orienta o uso da língua escrita, fornecendo as ferramentas necessárias para evitar erros e aprimorar as habilidades comunicativas. Além disso, é essencial considerar o contexto cultural e social, reconhecendo que a comunicação ocorre desde a infância, independentemente do conhecimento profundo do sistema linguístico.
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Re: Será que me comunico?

por Lavinia de Souza Martins -
Na minha perspectiva, o ensino da língua nas escolas tem o grande papel de padronizar a comunicação, o modo como escrevemos e devemos emitir informações. No entanto, a padronização acaba por segregar a comunicação e cria preconceitos linguísticos. É possível observar essa dinâmica em dois materiais de apoio desse tópico, o texto jurídico e o anúncio de serviços para tratores, visto que, enquanto o primeiro segue a norma culta do português, o texto também apresenta conceitos complicados para a maioria dos brasileiros e dificuldade de ser interpretado na primeira leitura. Por outro lado, o anuncio de "serviços tratorais" oferece fácil interpretação e deixa claro sua mensagem, mas pode ser desdenhado como "iletrado"/"ignorante", logo, colocado como inferior. Nesse sentido, enquanto o ensino da língua nas escolas pode facilitar a comunicação por oferecer um padrão da língua, ele não garante a comunicação plena. O texto de Max Gehringer faz um ótimo trabalho em expor o nosso cenário em que os conceitos apresentados como "fundamentais" na escola nem sempre são.
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Re: Será que me comunico?

por Gabriel Lobo de Sant`Anna -
A sistematização da educação nos encere em qualquer tipo de ambiente e por isso é importante todos terem acesso a uma educação de qualidade. Mesmo que língua oral possa ser compreendia, mesmo com alguns escapes de dicção, a informação será passada e poderá ser compreendida pelo ouvinte, pois grande parte dos ruídos não interferem na comunicação. O ensino da língua serve para ampliar o conhecimento dos indivíduos e fazer com que eles possam se comunicar não só com a linguagem oral, mas também, com a escrita de forma clara e precisa.
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Re: Será que me comunico?

por Antonio Marcos da Silva Junior -
O ensino da língua é fundamental para garantir o processo de comunicação, pois é através da linguagem que os indivíduos expressam pensamentos, compartilham informações e constroem relações., mas uma comunicação efetiva não se limita ao ensino formal, como gramática e vocabulário, mas inclui o desenvolvimento de habilidades interpretativas e práticas de uso da língua.

O ensino da língua facilita a compreensão dos códigos e das normas que estruturam o idioma, o que contribui para a clareza e a precisão no processo de comunicação. Conhecer as regras gramaticais, por exemplo, possibilita ao falante construir frases coesas e coerentes, facilitando o entendimento mútuo.

No entanto, a comunicação vai além das estruturas formais da língua. Ela também requer a capacidade de interpretar o contexto e de adaptar o discurso a diferentes interlocutores e situações. A competência comunicativa, que inclui habilidades de compreensão e interpretação, de uso do contexto social e de escolha adequada de registros linguísticos, é essencial para uma comunicação eficaz.

Além disso, as variedades linguísticas, como gírias, dialetos e registros informais, também fazem parte do ensino da língua e têm um papel importante na comunicação, pois refletem a diversidade cultural e social. Dessa forma, o ensino que valoriza essa variedade promove uma comunicação mais inclusiva e realista.
Em resposta à Raquel Villardi

Re: Será que me comunico?

por Carlos Vinicius Quirino de Araujo -
Levando em consideração os textos compartilhados e partindo da minha perspectiva, acredito que o ensino da língua é muito importante para o processo de comunicação., mas não necessariamente é fundamental para o mesmo. Através das aulas de português durante a escola, aprendemos a ler e escrever e consequentemente, a utilizar a língua portuguesa de maneira correta e ampliar a capacidade de nos comunicar com outras pessoas.

No entanto, é possível estar imerso ao processo de comunicação mesmo sem possuir um domínio total da língua portuguesa. A oralidade é um meio no qual isso pode ocorrer, ao mesmo tempo que o ambiente também pode também favorecer ou não a compreensão da língua,
Em resposta à Raquel Villardi

Re: Será que me comunico?

por Abner Rey da Mata -
Na tirinha, Mafalda reclama de que o uso do termo “sala de estar” seria inadequado e estranho ao tipo de linguagem corrente que ela utiliza no dia a dia. Ao perguntar o que significa para a mãe e receber como resposta a palavra “living”, palavra não pertencente ao idioma natal, percebemos que o estrangeirismo - ou a incorporação exagerada do inglês em nossa comunicação – é o modo ideal de se referir ao termo para Mafalda. É isso que a expressão “língua da gente” dá a entender; o uso do inglês é mais predominante do que o da língua portuguesa.
A tirinha nos leva ao seguinte questionamento: por que não é possível que haja, sempre, a possibilidade de nos entendermos utilizando o mesmo idioma?
Bem, muitas são as possíveis explicações para o questionamento levantado. Fato é que, ainda que nos comuniquemos por meio dos mesmos códigos, carregamos conosco especificidades subjetivas e a possibilidade de adaptar a língua a vocábulos e dialetos próprios, tendo em vista a profunda gama de recursos linguísticos do nosso idioma e a possibilidades de inovações no seu uso. A incorporação do estrangeirismo é uma dessas “inovações” - ainda que exista desde sempre, sua recorrente e desnecessária utilização na substituição de termos simples em português poderia ser entendido como o ponto da crítica feita na tirinha.
Muitos são a favor e outros contra a sua utilização, mas devido a versatilidade da nossa linguagem e a habilidade comunicacional humana, que extrapola os limites de um único idioma na construção de códigos e símbolos, nem sempre estaremos à par do que o outro quer dizer ou, então, em concordância com o modo utilizado para articular argumentos. Tudo depende da nossa necessidade de comunicar algo dentro do que é convencionado no contexto em que estamos inseridos. Utilizar linguagem informal em um ambiente necessariamente formal, por exemplo, seria um choque de linguagem que teria como consequência a discordância, um natural desentendimento. Por isso, acredito que podemos nos desentender porque utilizamos a língua com diferentes fins, e em meio a ampla margem de improvisações e adaptações, sempre há possibilidade de conflitos.