Após ler todas as publicações, realizei uma única postagem para toda a classe.
Olá, turma!
Cada vez mais as sociedades estarão engajadas neste complexo sistema tecnológico e, sem dúvida, o relacionamento humano e as relações de qualquer natureza passarão pela mediação tecnológica. A meu ver é um caminho sem volta sobretudo para as Universidades. Não vejo a mediação tecnológica como solução, mas sim uma outra forma de ensinar, estudar, aprender e compartilhar conhecimento acadêmico.
O efeito da pandemia Covid-19 assolou as fronteiras que demarcavam o sistema educacional em presencial e a distância. Ainda que de forma abrupta, a maior parte das instituições, principalmente do ensino superior, começou a se interessar pela educação a distância depois do surgimento das capacidades de interação oferecidas pela Tecnologia Digital de Informação e Comunicação (TDIC). Contudo, o comportamento resistente e preconceituoso em relação à EaD, manifestado por boa parte da comunidade acadêmica, ainda é comum, inclusive e principalmente, entre docentes, alunos e gestores do ensino superior, sobretudo na Uerj.
É inegável que a passagem de uma sociedade de ensino presencial para uma sociedade híbrida impõe aos profissionais da educação e estudantes grandes desafios, pois trata-se de um momento em que a sociedade exige novas atitudes, tomadas de decisões e adaptações a uma nova prática de ensino.
Por outro lado, a infoexclusão ainda é o ‘calcanhar de Aquiles’ da educação pública. O uso de tecnologias de informação e comunicação digitais apresentam um grande potencial e os ganhos, sem dúvida, são múltiplos. A falta de acesso à informação/comunicação digital da população acaba por retratar a exclusão digital associada à desigualdade social, produzindo um fosso ainda maior entre os que têm e aqueles que não têm acesso às TDICs. Vivemos um apartheid digital, uma exclusão de oportunidades!
Vocês estão cobertos de razão: a informalidade do uso da TDIC e da Inteligência Artificial vem conquistando estudantes e professores, mas não é garantia de disruptura educacional. Desde novembro de 2022, com o surgimento da ferramenta ChatGPT, houve um aumento exponencial no uso de inteligência artificial de forma generalizada. Embora ChatGPT seja apenas uma das muitas tecnologias generativas de IA, o seu impacto nos processos de ensino e aprendizagem tem sido questionável. É preciso refletir sobre as vantagens, desvantagens, potencialidades, limites e desafios das tecnologias generativas de inteligência artificial na educação, com o objetivo de evitar os preconceitos inerentes às posições extremistas. Dado que, muitos dos problemas associados a estas tecnologias em contextos educativos já existiam antes do seu aparecimento, mas agora, devido ao seu poder, não é possível ignorar, apenas temos que assumir qual será a nossa velocidade de resposta para analisar questões relacionadas à ética; ao direito intelectual, de imagem e autoral; ao impacto no mercado de trabalho; à privacidade, entre outras, e incorporar essas ferramentas em nossa prática docente e discente.
A meu ver ainda temos um longo caminho a percorrer no campo da mediação tecnológica, especialmente no contexto acadêmico, mas estou bem esperançosa!
Por tudo que foi dito no fórum, fecho com as opiniões de vocês.
Um forte abraço a todas e todos, prof. Wânia Clemente