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Fórum de debates - Turma 2

Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Marco Santoro - Número de respostas: 14

Ao longo do tempo das sociedades observamos que os nossos corpos foram sempre tratados como algo fora de nós, tipo uma propriedade nossa e não nós mesmos. Assim, a aula 2 demonstra que em tempos atuais nos tornamos uma espécie de mercadoria para consumo, resultante do sistema atual.

Desta forma, ao ler os conteúdos da aula 2 e refletir sobre as nossas conclusões, e também refletir sobre o nosso cotidiano numa sociedade de consumo em que tudo se tornou descartável, inclusive nós mesmos. Que tal desenvolvermos um profundo debate sobre esta instigante e polêmica aula?

Vamos aos debates no fórum!!!

 


Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Marco Santoro -
Oi pessoal.
A nossa disciplina tem como um dos objetivos construir um ambiente crítico com possibilidades de transformação do nosso senso comum em busca do senso crítico. Assim, sempre teremos temas instigantes que nos façam sair da "zona de conforto". Mas tudo isso sem mau humor. Afinal, podemos evoluir a partir de um ambiente solidário, fraterno e bem humorado.
Aproveito para perguntar:
CADÊ VOCÊS???????????
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Samara Cabral Maciel -
Fórum 2 - turma 02

Na pós-modernidade, a relação com os corpos é complexa, refletindo com os textos proposto o corpo-máquina a tecnologia levanta questões sobre a identidade e a essência do ser humano, que se relaciona para os corpos de consumo na sociedade que flui de maneira como percebemos e nos relacionamos com nossos corpos. Sendo uma pressão constante para atender a padrões de beleza e de consumo que são promovidos pela mídia e pela indústria. Nesse contexto, o corpo pode ser visto como um objeto de consumo, onde a aparência e performance física se tornam centrais, muitas das vezes levando a uma relação superficial com a própria identidade. Os corpos de libertação em contraste, há uma busca crescente por liberdade e aceitação em relação a diversidade corporal. Essas perspectivas não são mutuamente exclusivas, muitas vezes, coexistem e interagem de maneiras complexas. O futuro dos nossos corpos na pós-modernidade pode ser moldado por essas tensões, refletindo tanto as possibilidades de transformação quanto as lutas por aceitação de liberdade.
Em resposta à Samara Cabral Maciel

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Marco Santoro -
Oi novamente.
A aula 2 é bem interessante e nos leva a reflexões poderosas sobre os corpos na sociedade, na história da humanidade e na nossa cultura de consumo estético atual.
A nossa aula fala sobre nós e como podemos nos tornar donos de si mesmos e não como marionetes de um sistema cruel e desumano.
Então, venham participar conosco!!!
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Vitória de Oliveira da Silva -
Turma 2

Com base na aula que acabamos de ter vale pensar sobre o que foi proposto. Vivendo em uma sociedade que gira em torno do capitalismo é difícil dizer que nós não somos seres capitalistas. É claro que hoje os hábitos de consumo estão cada vez mais enraizados em nós, não sei se chegamos a ser mercadoria, mas acredito que somos uma grande peça desse sistema capitalista. Acredito que na era pós modernidade - e na verdade, já estamos vivendo isso - seremos corpos-consumo, em que somos parte desse sistema capitalista.
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Bruna Muller Fontenelle -
Turma 2 | Fórum - Aula 2

Enquanto estudante de comunicação, vejo que a interação com o corpo está diretamente ligada à noção de mercadoria e de objetos para consumo. Diante do contexto da sociedade do consumo em que vivemos, é inegável a centralidade das relações de produção e consumo que se estendem para o ambiente virtual. É engraçado pensar que nossos corpos tornam-se, diante disso, quase que um acessório para ser exibido, visto, consumido e consumidor dentro desse ambiente digital. Ao mesmo tempo, como foi debatido na aula, nós, enquanto indivíduos, buscamos de forma insaciável uma explicação para a nossa existência, um senso de si em um ambiente que nos reduz a apenas isso: mercadoria.
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Mayra Beatriz Pereira Ragoso -
Uma frase que me fez refletir sobre a importância desse assunto é "estudo do corpo como construção cultural" e após ler o texto achei interessante de como as relações sociais - e principalmente hierárquicas - influenciam na forma como os corpos são vistos socialmente, pois eu concordo corpos serem mercadorias e isso vai muito além de visuais e aparências. O modo em que corpos são explorados para produzir materiais que são transformados em lucro para aqueles que estão explorando os corpos de seus funcionários.
Em resposta à Mayra Beatriz Pereira Ragoso

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Marco Santoro -
Excelentes análises sobre o tema da aula. As reflexões foram melhores ainda, pois vocês estão associando a questão do corpo dos textos da aula com experiências individuais suas!
Os novos conhecimentos necessitam se relacionar com as experiências nossas ao longo da vida. Somente assim é que podemos afirmar que novos conhecimentos criam significação com as nossas realidades e nos levam à evolução enquanto aprendizes da vida.
Sigamos os debates!
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Nicollas Coelho Brandao -
A leitura de me proporcionou reflexões sobre a relação entre corpo, sociedade e poder. Vou procurar trazer um outro tipo de reflexão, distinta dos meus colegas de turma. A autora, ao historicizar o conceito de corpo, demonstra como as representações e experiências corporais são moldadas por contextos sociais e políticos específicos. A noção de "corpo-mercadoria" (p. 184), é particularmente reveladora, pois evidencia como o capitalismo, em sua busca por novos mercados, transforma os corpos em objetos de consumo.
Essa perspectiva me levou a questionar a forma como o progressismo de mercado utiliza a ideia de representatividade para cooptar corpos historicamente marginalizados. A representação, na ótica capitalista, não é um fim em si mesma, mas um meio de legitimar o sistema capitalista e suas desigualdades. Ao sugerir que o sucesso individual é fruto do mérito pessoal, a lógica da representatividade mascara as barreiras estruturais que impedem a ascensão social da maioria e reproduz a perversidade da meritocracia.
O verso do rapper Don L, em 'Linha de Frente', ecoa essa crítica e potencializa nossa reflexão:
"Mobilizem os bilionários, não queremos cops no mercado (racistas)
Eles vendiam corpos no mercado
Agora dizem querer corpos diversificado' em postos de mercado
Mas são os donos do mercado que escravizaram os corpos"
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Lara Silva Queiroz Medeiros -
Boa tarde, professor. Adorei o tema da aula.
Me remeteu, inclusive, a algumas aulas sobre construção da identidade brasileira, que por muitas décadas, especialmente na primeira metade do século XX, foi pautada sobre os corpos indígenas e africanos - literalmente. Os autores mais tradicionalistas como Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre são exemplos dessa historiografia. Vivemos uma cultura e sociedade extremamente sexualizadas, em todos os sentidos, inclusive no da violência e a imagem da sexualidade-tropical-do-sul-do-Equador, extremamente estimulada pela indústria do turismo – o imaginário do Brasil Tropical, onde não há limites, só excessos e onde não se conhece o pecado. Já disse Sérgio Buarque que somos colonizados por aventureiros mais do que por trabalhadores, pelos semeadores portugueses, ao contrário dos ladrilhadores espanhóis.
Às mulheres indígenas Gilberto Freyre vai atribuir uma sexualidade desenfreada, que abrem as pernas despudoradamente ao conquistador português.
Até os dias atuais, apesar de certo distanciamento dessa historiografia, somos vistos pelos gringos, como o país da carne, do pecado, onde nossos corpos são colocados à venda. Tem até umvídeo muito conhecido do Arnold Schwarzenegger no Brasil com o título de "Party in Rio", uma espécie de diário de viagem, no qual Schwarzenegger acompanha as festas do carnaval carioca de 1983, durante a noite, e o movimento nas praias durante o dia. Uma sequência de objetificação desenfreada dos corpos. Um completo show de horrores de esteriótipos e caricaturas. Somos vistos como corpos ambulantes, com as almas vendidas para o capitalismo.
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Ana Julia Pedro Santos Ribeiro -
Nós somos seres humanos que mostram quem somos através do nosso corpo, nossa história e cultura. Mas também nos sentimos pressionados para comprar coisas e fazer o que é popular atualmente na sociedade.
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Maria Clara Fajardo Souza Lima -
Boa noite! Achei essa aula muitíssimo interessante, em outra disciplina que cursei também pelo IFHT semestre passado fomos convidados a pensar sobre as mesmas questões e elas são de fato muito inquietantes.
No texto foi possível compreender a transformação da visão sobre o corpo ao longo da história, destacando as mudanças na percepção e no papel social do corpo contemporâneo. Se no passado, o corpo era visto com conotações religiosas, sendo associado ao pecado e à redenção, como na Idade Média, no Renascimento, ele passou a ser valorizado esteticamente, especialmente nas artes.
No século XIX, com a industrialização e a invenção da fotografia, o corpo tornou-se um objeto ainda mais expressivo de democratização e contemplação estética. Já no século XX, a mídia de massa amplificou a reprodução de padrões corporais, influenciando o imaginário popular.
Nesse sentido, a sociedade atual é caracterizada pela velocidade e efemeridade, o que intensifica a glorificação de UM corpo, o corpo associado à juventude, beleza e prazer. Esse corpo é visto antes de tudo como um meio de alcançar felicidade e sucesso, mas também está sujeito a lógica de mercado onde produzir é indispensável.
Achei interessante como o texto pontua que na sociedade atual, o corpo é um símbolo social que reflete o imaginário contemporâneo, onde o real e o imaginário se entrelaçam, moldando os comportamentos e expectativas sobre o corpo e suas representações.
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Larissa Rufino da Motta -
Assim, como ressalta o texto “Corpo: uma mercadoria na pós-modernidade”, a ideia do corpo como um objeto de consumo não é nova, mas sim, produto de uma série de transformações históricas, culturais e mudanças de valores sociais. "Partimos do princípio de que a cultura do consumo não surgiu na contemporaneidade (na verdade, ela é um processo muito mais longo e antigo), mas que atingiu o seu ápice na atualidade e, com isso, influencia as mais diversas esferas da vida social contemporânea". (MAROUN; VIEIRA, 2008). Logo, o avanço das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) destacam o contraste social que temos na percepção do corpo humano, onde por um lado vemos padrões de beleza seletivos e excludentes sendo reforçados e moldando a forma como os corpos são aceitos e valorizados na sociedade, em sua maioria são aqueles que apresentam atributos físicos específicos, como ideais eurocêntricos e magros, são hipervalorizados e propagados como o padrão ideal. E concomitantemente, temos visto uma crescente onda dos movimentos sociais que lutam contra a imposição desses padrões através das redes sociais, plataformas de vídeo e publicidade digital. Essa luta pontua a problemática da exclusão de corpos marginalizados nas midias, como os corpos negros, gordos, com deficiência ou fora dos moldes tradicionais de gênero. E esse movimentp é de extrema importância, pois “A cultura dita normas em relação ao corpo, às quais o indivíduo tenderá, à custa de castigos e recompensas, a se conformar, aceitar e aderir”. (MAROUN; VIEIRA, 2008).

E atualmente, fica ainda mais evidente que o corpo na midia é tratado como mercadoria, pois essa logica mercantilista se destaca em youtubers, tiktokers e influenciadores digitais que transformaram suas vidas em uma espécie de produto comercializável, onde suas rotinas, experiências pessoais e até emoções são compartilhadas com o objetivo de criar uma ligação com a audiência que se identifica com suas personalidades e estilos de vida, para poder transformando essa visibilidade em dinheiro e status social. Além dos produtos que são pagos para promover, atraves de uma relação/ interação parassocial com seus seguidores, temos na verdade pessoas vendendo recortes perfeitos de suas vidas pessoais, mediadas por marcas, empresários e patrocinadores, que lucram a partir dessa intimidade compartilhada para gerar engajamento, sendo complexo para aqueles que acompanham esses conteúdos discernir o que é autentico, do que é fabricado. Logo, seguimos vendendo e comprando ilusões. Nós comparando e cobrando excessivamente com recortes da "realidade" alheia, e nesse cenário, o público consome não apenas o conteúdo, mas também a própria ideia de viver uma vida “perfeita”, aspirando/ tentando moldar seus corpos e rotina na busca de alcançar uma versão idealizada de si, baseada na curadoria da vida de influenciadores que no fundo não conhecemos.
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Juliane Americo Santos -
Boa tarde, professor!

Respondendo à pergunta referente a aula, acredito que possa existir a coexistência entre o corpo mercadológico e o corpo cultural que expressa a personalidade do ser humano. Já que não se pode esquecer que mesmo o corpo sendo a principal forma de expressão de identidade, ele está inserido em um contexto social, onde as classes dominantes impõe para a maioria da sociedade o padrão a ser seguido.

E o contexto social presente na contemporaneidade, é esse de sociedade do espetáculo. Conceito criado por Debord, um escritor francês, que faz referência a transformação da relação social em uma relação imagética, onde a vida é regida por uma lógica capitalista de espetacularização e é sentida a necessidade de tornar performática qualquer aspecto e momento da existência humana.

Sendo assim, o corpo dito perfeito, imposto socialmente nesse cenário, acaba se tornando um objeto de consumo. E por mais que através dele manifestamos quem somos e nossa história, acabamos por entrar nessa perspectiva capitalista de corpo de mercadoria.
Em resposta à Marco Santoro

Re: Afinal somos corpos que expressam a nossa história, a nossa personalidade e a nossa cultura, ou fomos reduzidos a corpos de mercadoria para consumo?

por Barbara Faria da Silva Aguiar -
Estou chegando muito atrasada para a discussão mas gostaria de expressar minha opinião, como uma não padrão, principalmente no quesito racial, consumo sim muitos conteudos voltados ao corpo, e acredito que a busca incessante pela beleva leva à alienação, por mais que eu tente consumir conteudos de "body positivity" eu sou muito mais criteriosa com o meu corpo por conta dessa pressão midiatica. Então assim, o corpo sim se torna mercadoria, mas sem perder completamente suas conexões culturais e pessoais. E essa dualidade indica que o corpo, ele carrega elementos de ambos os conceitos, eu expresso minha individualidade, mas sou constantemente pressionada a aderir aos padrões de consumo, e isso reflete muito em como eu me apresento perante a sociedade.