Boa tarde, professor!
Devo confessar que o tema dessa aula me proporcionou muitas reflexões, pois acredito que todos têm questões com o próprio corpo. Infelizmente, muitos de nós acabam vivendo na busca pelo "corpo perfeito" ou presos no pensamento que nunca estamos satisfeitos.
A imagem que temos do corpo hoje é resultado de uma construção histórica e social. Antigamente o corpo era visto como um reflexo da nossa alma, como algo simbólico e muito mais valorizado, hoje ele é tratado como um produto para ser moldado e consumido, a sociedade utiliza o corpo como instrumento de controle e poder. Parte da culpa é da internet e da sociedade digital, pois muita coisa foi normalizada nos dias de hoje, como os comentários maldosos, os ângulos perfeitos, realidades que não existem para todos, entre muitos outros cenários que criam uma pressão na busca pela perfeição (que não existe) e tornam mais difícil a aceitação do nosso próprio corpo. É comum, principalmente entre as mulheres, abrir o Instagram e imediatamente entrar em uma crise de comparação ao ver o corpo "perfeito" de uma blogueira que tem uma realidade completamente diferente da sua. A mídia e as redes sociais impõem padrões de beleza cada vez mais inalcançáveis, transformando o corpo em um objeto de desejo e consumo. O texto sobre Cultura do Consumo, que foi apresentado em uma parte da aula, enfatiza a ideia de que o consumo é apresentado como uma forma de liberdade e autoexpressão, mas na verdade, os indivíduos estão sendo manipulados por forças externas, alienados à realidade.
A busca pela perfeição física, incentivada pela indústria da beleza e da moda, principalmente, gera insatisfação e ansiedade em muitas pessoas, que acabam até criando rivalidades entre si, desenvolvendo problemas psicológicos, com risco de desenvolver doenças mais sérias por conta disso. Um comentário maldoso sobre o corpo de alguém, por exemplo, pode desencadear problemas avassaladores.
É importante bater na tecla que o corpo não é um objeto, ele reflete nossa identidade, é a nossa imagem para o mundo, e, por isso, deve ser bem cuidado. Porém, a sociedade desenvolveu uma cultura que tende a querer padronizar os corpos, anulando suas particularidades. Nós precisamos e devemos questionar os padrões de beleza impostos pela sociedade e valorizar a diversidade corporal, devemos reconhecer que a beleza é algo subjetivo e que cada corpo é único, cada pessoa tem seus traços e suas características próprias.
É uma discussão que possui muitos pontos para análise, mas se torna muito necessária nos dias de hoje. As pessoas precisam entender que não existe um padrão a ser seguido e que todos os corpos devem ser respeitados e aceitos, não somos mercadorias. A conscientização é o primeiro passo para melhorar esse cenário.
Sugestão: podemos trazer para discussão também a questão da autoestima e autoaceitação.