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Língua é poder?

Língua é poder?

Língua é poder?

por Claudia Capello - Número de respostas: 25

Como e em que circunstâncias o uso da língua se torna uma forma de exercício de poder?

A partir das informações dadas nesta aula, poste no fórum seu ponto de vista sobre a reflexão proposta.


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Re: Língua é poder?

por Joao Pedro Serafim Alves -
O uso da língua se torna uma forma de exercício de poder através da utilização de palavras para manipular grupos sociais. Nesse sentido, temos várias circustâncias pelos quais esse uso é aplicado, como nos discursos políticos, em que o candidato utiliza de palavras consideradas mais "formais", para transmitir uma imagem de alto conhecimento e "superioridade" para população, assim moldando a percepção desse público em relação a realidade social ou o uso delas como forma de manter estruturas de poder.
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Re: Língua é poder?

por Moiss David Nicolau da Silva -
A comunicação entre o protagonista e o vendedor não é efetiva até o final do diálogo. O vendedor está confuso e não consegue entender o que o cliente quer até que o protagonista finalmente mencione que o objeto é um alfinete de segurança. A descrição exagerada e os detalhes imprecisos contribuíram para a falta de clareza.
O uso da linguagem é uma ferramenta poderosa para exercer poder e influência. Em discursos políticos, por exemplo, a escolha de palavras formais ou técnicas pode projetar autoridade e superioridade, moldando a percepção pública. A linguagem também pode reforçar ideologias, criar divisões e manipular a realidade social ao escolher termos específicos que influenciam como os assuntos são vistos e interpretados. Eufemismos e apelos emocionais são estratégias comuns para suavizar ou intensificar percepções e justificar políticas, demonstrando como o controle da comunicação pode moldar a opinião e manter estruturas de poder.
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Re: Língua é poder?

por Clarisse Goncalves dos Santos Silva -
O uso da linguagem se torna ferramenta de poder em múltiplas ocasiões, na mídia, na política, em ambientes e trabalho e etcetera. O locutor pode se apropriar de uma linguagem desconhecida por seu interlocutor para bem próprio, se apropriando de vocabulário arcaico, regional, social ou algum tipo de vocabulário utilizado apenas por determinado grupo, dificultando o compreendimento da mensagem. Em situações, o locutor pode se apropriar do uso da língua para propositalmente enganar seus interlocutores, um exemplo pode ser observado em campanhas políticas que utilizam jargões populares, para aproximar a figura política de seus eleitores.
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Re: Língua é poder?

por Sarah da Silva Belo -
A língua tem poder nas sociedades humanas ao controlar a comunicação e definir quem pode adquirir conhecimento. Ao longo da história, os grupos dominantes impuseram línguas e costumes linguísticos e marginalizaram os grupos que não estavam acostumados a usá-las. Por exemplo, a norma culta é valorizada no Brasil, enquanto as variações regionais ou populares são muitas vezes vistas como "inferiores", criando barreiras sociais e excluindo grupos que não concordam com essa norma.

Mas a linguagem também pode ser redefinida como forma de resistência e defesa. Isso é ilustrado pela linguagem PAJUBÁ, que é originária da comunidade LGBTQIA+. O pajubá, que é usado principalmente por mulheres trans e travestis, serve como um código para se comunicar em espaços públicos sem serem compreendidos por agressores potenciais, fornecendo uma camada de segurança em contextos de violência e transfobia. Além disso, usando expressões e termos que representam a diversidade sexual e de gênero, o pajubá ajuda a manter a comunidade unida e promover a identidade.

Por outro lado, à medida que as expressões do pajubá ganham popularidade fora da comunidade, sua função de proteção está diminuindo. O uso indiscriminado de termos por pessoas que não sabem seu significado original pode enfraquecer a capacidade da linguagem como ferramenta de oposição. Esse fenômeno mostra como o controle da linguagem pode ser uma forma de poder, impondo normas e apropriando expressões de grupos marginalizados.
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Re: Língua é poder?

por Joao Pedro Cortes Betim Paes Leme -
O uso da língua pode ser uma forma de poder quando alguém que domina o idioma faz os outros seguirem suas regras. Isso acontece no trabalho, na política ou na escola, onde falar bem uma língua dá vantagens a algumas pessoas. Quem controla a língua pode influenciar o jeito que os outros pensam e agem, mostrando que a língua não serve só para falar, mas também para controlar.
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Re: Língua é poder?

por Samira Da Conceição Dos Santos -
A língua se torna uma forma de exercício poder quando as pessoas que possuem muito poder nas mãos como os políticos utilizam esse poder para se vangloriar e se sobrepor a algum grupo social vulnerável, ou por exemplo se a pessoas não tem acesso ao ensino completo podem acabar lendo e assinando algum contrato sem saber exatamente o que ele diz nas entrelinhas, confiando a sua vida a palavras que desconhece e isso pode ser muito perigoso. Precisamos conhecer as palavras, o contexto, e os signos para podemos chegar perto de compreender a mensagem, mas ainda assim se não conhecemos o canal a comunicação pode acabar falhando como por exemplo quando um idoso que não conhece o uso da internet pode acaba caindo em algum golpe se clicar em algum lugar que desconhece, por isso devemos está sempre aberto a aprender novas formas de comunicação assim podemos chegar cada vez mais perto de compreender as mensagens que estão a nossa volta e com isso nosso mundo vai se expandir.
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Re: Língua é poder?

por Maria Luisa Alves de Melo -
A língua pode se tornar uma forma de exercício de poder quando é usada para manipular ou excluir pessoas com menor acesso à educação ou tecnologia, por exemplo. Isso pode ocorrer em contextos políticos, jurídicos ou sociais, onde uma linguagem complexa é utilizada para confundir ou enganar, dificultando a compreensão. Grupos vulneráveis, como idosos ou pessoas sem conhecimento técnico, podem ser prejudicados, e a língua é usada como principal meio para reforçar desigualdades ao limitar o acesso à informação e à participação social. Esse tipo de atitude pode até ocorrer no ambiente acadêmico, quando por exemplo, um aluno de classe mais favorável e com mais privilégios na sociedade, utiliza de um vocabulário mais rebuscado para se sobressair sobre outros alunos e, possivelmente, se destacar para o professor.
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Re: Língua é poder?

por Fernanda Lima Figueiredo da Silva -

    O uso da língua pode se tornar um instrumento de poder ao ser colocado como uma forma de manipular algo que se deseja tirar proveito. Por trás, muitas das vezes, de um discurso bem elaborado e atraente, com a utilização de palavras rebuscadas ou até mesmo palavras que sejam familiares a grupos menos prestigiados socialmente, torna-se possível convencer essa camada que não tem acesso, sobretudo, a língua padrão.

     É muito comum essas situações ocorrerem no meio político e, atualmente, nas redes sociais. Essa última, por exemplo, é uma ferramenta em que a comunicação é feita com as massas, de maneira direta e rápida, podendo ser utilizada para a difusão de informações. Por esta razão, é recorrente os usuários dessas redes utilizarem esse fácil acesso, para a propagação de fake news, visto que muitos indivíduos não buscam a fonte do que é transmitido. Até mesmo aquelas pessoas que têm algum tipo de escolarização, acabam também sendo afetadas por essas notícias, uma vez que é feito uma adequação da língua nessas redes. Ao invés de algo muito formal, a língua é utilizada de maneira mais atrativa, muito semelhante a uma conversa, através dos storys e de outros recursos presentes nesse ambiente virtual. Além disso, dependendo de quem seja o emissor, a junção entre o status e a língua, podem influenciar positivamente ou não o receptor.


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Re: Língua é poder?

por Jonas Silva de Paiva -
O uso da língua é uma forma de exercer poder, pois quem se expressa de maneira eficaz tem mais controle sobre a interação social e a percepção dos outros. Quem conhece as palavras exerce mais controle na interação, enquanto quem não as domina perde poder. Além disso, a linguagem influencia as relações sociais, construindo autoridade e status. Portanto, a língua não apenas expressa, mas também controla e influencia as interações.
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Re: Língua é poder?

por Lívia Larissa Gomes Nunes -
Ao se classificar uma forma de uso da língua como "culta" e outra como "coloquial", os detentores do próprio poder de classificassão definiram um lugar onde não estariam os impossibilitados de frequentar escolas ou de permanecer nelas por longos períodos. Há a criação de uma segregação. A partir disso, usar termos que não fazem parte da linguagem popular se torna uma ferramenta de opressão psicológica e também de cerceamento de direitos para quem não pode se expressar da mesma forma em ambientes que não legitimam a cultura de um povo. Também em esferas como da publicidade, a língua pode ser usada para criar sentidos ambíguos e enganosos, levando o receptor de uma mensagem a desejar ou acreditar em ideias maliciosamente moldadas.
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Re: Língua é poder?

por Gabriela Matias Pereira Sales -
 O fato de colocarmos o uso da língua em “caixas” para garantir uma padronização e, posteriormente, uma segmentação, decorre da tentativa de diferenciar as formas de comunicação entre si. Ao observarmos a ampla sistematização que permeia nosso processo comunicativo, percebemos que a maior engrenagem desse sistema é exatamente a dominação exercida sobre o interlocutor. O ato de exercer poder sobre alguém está enraizado na formação de muitos indivíduos e, em um país extremamente desigual como o nosso, a forma mais eficaz de perpetuar esse domínio é por meio de algo que todos têm o direito de usar: a língua.
 Portanto, compreender que o uso da língua faz parte de um movimento muito maior do que o processo comunicativo, nos permite enxergar como certas práticas, como a desqualificação intelectual do outro ou a manipulação de opinião, precisam ser desconstruídas. Sendo essencial para abolir a normalidade que o ato de se sobrepor a alguém, apenas por se “caracterizar” como mais letrado, possui.
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Re: Língua é poder?

por Yasmin Pontes de Sa -
a língua exerce uma forma de exercício de poder quando existe um controle de determinada narrativa, por exemplo em debates políticos quando a escolha de termos específicos são usados para influenciar a maneira como elas são entendidas. outra forma de exercício de poder é quando a língua é usada como forma de exclusão de algum grupo social em contextos acadêmicos por exemplo, o uso de alguma língua estrangeira ou linguagem técnica pode excluir aqueles que não possuem o mesmo conhecimento linguístico
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Re: Língua é poder?

por Ana Clara Rodrigues de Jesus -
O uso da língua se torna uma forma de exercício de poder quando utilizamos a nossa comunicação para expressar nossos sentimentos / meios de informação. Com isso, o uso da língua é capaz de passar aquilo que estamos pensando / querendo/ desejando para o interlocutor compreender, possibilitando que possamos criar uma interação comunicativa através de uma mensagem, e proporcionar que ela seja entendida e encaminhada para todos.
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Re: Língua é poder?

por Geovana Franco Gomes Monteiro -
O uso da língua como forma de exercício de poder ocorre em diversas situações. Quem domina a linguagem técnica ou acadêmica, por exemplo, pode criar barreiras de compreensão e estabelecer hierarquias de conhecimento, como foi apresentado na aula. A padronização linguística também exerce poder ao valorizar a língua culta, marginalizando dialetos e variações regionais, o que garante status social a quem domina a norma. Outra maneira de domínio bem comum é na política e na mídia, já que a escolha das palavras pode mudar opiniões e manipular percepções influenciando a sociedade. Além disso, a imposição de uma língua dominante como nas Histórias de colonização, incluindo a do Brasil, desvaloriza línguas nativas e afeta a identidade de grupos. Por fim, relações de classes e de gênero também entram nesse campo, visto que a fala de certos grupos historicamente oprimidos foi desvalorizada, refletindo e reforçando hierarquias sociais.
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Re: Língua é poder?

por Giovana Marques Raffaeli -
Em nossa sociedade, a língua é o principal instrumento de comunicação, visto que é por intermédio dela que fazemos as diversas tarefas diárias, tais como conversar e ler. Dessa forma, aqueles que não possuem domínio dessa ferramenta acabam tendo dificuldade para se integrar em diferentes ambientes que demandam tais conhecimentos. A partir dessa diferença, os grupos com mais prestígio social acabam julgando e inferiorizando tais grupos que não fazem uso da variedade dita como "correta" socialmente, ocasionando no que conhecemos como "preconceito linguístico".
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Re: Língua é poder?

por Ellen Caroline Alves de Brito -
Existem muitas situações em que a língua pode ser usada como um instrumento de exercício de poder da pessoa que fala para a pessoa que ouve. Isso acontece porque nem todos têm alcance ao ensino dessa língua. Logo, o aceso a ela também se torna um privilégio das classes mais favorecidas e uma forma de dominação daqueles que não a possuem.

É o que acontece, por exemplo, no capítulo 3 do romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, intitulado “cadeia”. O personagem Fabiano é preso injustamente após não conseguir se comunicar, se explicar para o soldado amarelo. Durante a noite em que ficou preso, Fabiano refletia sobre sua situação: “Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito?”(p.35).

Embora a passagem acima tenha sido retirada de uma obra de ficção, não está muito longe da realidade. Desde a Antiguidade, quando territórios eram invadidos e os povos dominados eram obrigados a aprender e usar a língua de seus dominadores, até os dias de hoje, em que pessoas são humilhadas e discriminadas pela maneira como falam. Também existem situações em que o uso da língua se torna um meio de ludibriar, convencer e influenciar alguém que não tem domínio sobre a língua. Isso é muito comum em discursos, políticos, religiosos, em jornais e em qualquer outro ambiente em que a língua se faça presente. Pessoas são persuadidas por falas bonitas e difíceis de entender, a votar em alguém, a assinar documentos, acreditar e espalhar fake news, permanecer em relacionamentos abusivos e muitas outras situações em que o poder da palavra, da língua, direcionam pensamentos e ações.

Portanto, a língua pode ser um instrumento de liberdade, mas também de exercício de poder para dominar pessoas que não tem acesso a esse código.
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Re: Língua é poder?

por Manuela Nascimento Tostes da Silva -
A língua é, sim, uma forma de poder. Ela vai além de ser apenas uma ferramenta de comunicação — quem domina a língua pode moldar opiniões, influenciar decisões e até controlar narrativas. Inclusive, é aí que entra a atividade de nós da comunicação social.

O poder da língua aparece em diferentes circunstâncias: na política, por exemplo, quando líderes usam discursos para mobilizar multidões; nas empresas, onde a maneira de se comunicar pode impactar diretamente na carreira de alguém; ou até no ambiente acadêmico, onde o domínio de uma linguagem técnica pode colocar uma pessoa em posição de destaque.

Além disso, o uso da língua pode ser um exercício de poder quando se decide quem tem voz e quem não tem. Muitas vezes, grupos minoritários são silenciados ou marginalizados porque não têm acesso às mesmas ferramentas linguísticas ou não falam o idioma dominante de uma sociedade. O mesmo acontece em debates públicos, onde quem tem mais habilidade de argumentação pode desviar a atenção de pontos importantes ou impor suas ideias sobre os outros.
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Re: Língua é poder?

por Luiza Barboza Braz -
Não há dúvidas de que o uso da língua é uma forma de exercício de poder que pode ser e é utilizado com distintas finalidades, especialmente quando a linguagem é utilizada para influenciar, controlar ou manter relações de dominação social, política e econômica. Um exemplo é a linguagem jurídica, como foi mencionado no próprio percurso formativo... quando um jovem, adulto ou idoso decide prestar o Vestibular da UERJ, ele encontra no caminho um "novo mundo", cheio de editais e anexos que embasam o ingresso desse candidato, sobretudo se ele for candidatar-se às vagas reservadas.

Nesse contexto, o poder da linguagem pode ser observado em duas ações, sendo a primeira quando o sujeito passa a dominar os códigos de tais editais, subvertendo a lógica que o faria evadir do processo de ingresso no ensino superior. No entanto, na maioria dos casos essas pessoas não conseguem compreender a linguagem e acabam desistindo do sistema de cotas, nesse caso, compreende-se que o próprio sistema utiliza dessa ferramenta para manter o acesso desigual aos espaços de poder
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Re: Língua é poder?

por Rafaella Fonseca do Nascimento Almeida -
O uso da língua pode se tornar um dispositivo de poder em diversas situações. Por exemplo, a imposição de um idioma sobre grupos que não tem o seu domínio pode reforçar hierarquias sociais, seja por desvalorizar outros idiomas ou por permitir acesso a contextos educacionais só para quem o compreende.
Outro caso seria o controle das narrativas, ou seja, moldar histórias e influenciar outras pessoas a partir do uso da comunicação. Existem vários casos na história de líderes e políticos que utilizaram da linguagem para persuadir ou manipular a percepção pública.
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Re: Língua é poder?

por Yasmin Monteiro da Silva -
O uso da língua como forma de exercício de poder se manifesta em diversos contextos, revelando não apenas a capacidade de comunicação, mas também a luta por controle e influência. Quando falamos de língua, estamos lidando com um instrumento que molda realidades, pois é através dela que construímos significados e relações sociais.

Um exemplo disso é a forma como a língua pode criar e reforçar identidades coletivas. Grupos marginalizados, ao adotarem uma língua ou dialeto próprio, não apenas afirmam sua identidade, mas também desafiam o status quo. Essa prática pode ser vista como uma forma de resistência, onde o uso de uma língua menos privilegiada se transforma em um ato de afirmação cultural e política. Ao falar sua língua, esses grupos não só se comunicam, mas também reivindicam seu lugar no mundo, contestando narrativas dominantes.

Além disso, a linguagem pode ser um reflexo das estruturas de poder existentes. Em ambientes corporativos, por exemplo, a formalidade da comunicação pode reforçar hierarquias, enquanto uma linguagem mais coloquial pode ser vista como uma forma de democratização das interações. O que se diz e como se diz pode, portanto, indicar quem detém o poder em uma conversa, além de moldar a percepção de autoridade.

A questão da linguagem também se liga a como a informação é controlada e disseminada. Em contextos políticos, a forma como as mensagens são elaboradas e veiculadas pode influenciar a opinião pública de maneira significativa. Discurso político e propaganda, por exemplo, são ferramentas que utilizam a língua para manipular percepções e moldar a realidade de acordo com os interesses de quem detém o poder.

Portanto, o uso da língua transcende a mera comunicação, transformando-se em uma arena de disputa onde identidades, hierarquias e narrativas se entrelaçam. Essa complexidade torna evidente que a língua é, em última análise, um campo de batalha simbólico, onde cada palavra pode carregar o peso de relações de poder profundas e significativas.
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Re: Língua é poder?

por Bernardo Augusto Lourenco -
O uso da língua se torna uma forma de exercício de poder quando alguém controla como as pessoas se comunicam, seja impondo uma língua oficial, limitando a expressão ou definindo regras de fala em certos ambientes. Quem domina a língua e suas normas pode influenciar o pensamento, impor suas ideias e controlar o acesso à informação.

Isso acontece, por exemplo, quando governos escolhem uma língua para educação e documentos oficiais, excluindo outras. Também ocorre em situações sociais, como quando pessoas corrigem ou ridicularizam o jeito de falar de outras, criando desigualdade.
Em resposta à Bernardo Augusto Lourenco

Re: Língua é poder?

por Robson Michel de Souza Rodrigues -
Muitas áreas do conhecimento e grupos sociais se utilizam de um vernáculo próprio, e ao fazer isso tornam a linguagem um ponto de diferenciação em relação aos demais. A linguagem se torna não apenas um instrumento de poder mas também um instrumento de exclusão. Um exemplo clássico disso é o "juridiquês" que é permeado de latim e neologismos que são pouco inteligíveis aos não iniciados no estudo do direito.
Em resposta à Claudia Capello

Re: Língua é poder?

por Richard Gabriel Correa da Silva -
Existem diversas maneiras e circunstâncias do uso da língua se tornar de fato uma forma de exercício de poder. Sabemos que a língua pode ser usada como forma de moldar opiniões, controlar e até mesmo de excluir indivíduos e/ ou grupos sociais. Temos exemplos disso na imposição de uma língua dominante em relação a outras (muito visto no embate entre culturas minoritárias e majoritárias), e no uso de um vocabulário técnico, excluindo os que não o entendem do processo comunicativo por exemplo.
Em resposta à Claudia Capello

Re: Língua é poder?

por Esther Pereira de Oliveira -
A linguagem, além de ser um meio de comunicação, é um poderoso instrumento de exercício de poder. Ao controlar o vocabulário, as definições e as narrativas, os grupos dominantes moldam a percepção da realidade e impõem suas visões de mundo. Jargões e termos técnicos, por exemplo, são frequentemente utilizados para criar barreiras de comunicação e excluir aqueles que não dominam o código linguístico específico. Dessa forma, a linguagem se torna uma ferramenta de controle social, reforçando as desigualdades e legitimando as relações de poder existentes.
Em resposta à Claudia Capello

Re: Língua é poder?

por Carlos Miguel Anjo de Azeredo -
O uso da língua se torna um exercício de poder quando ela é utilizada para influenciar, persuadir ou moldar a percepção de outras pessoas. A linguagem é uma ferramenta poderosa para controlar narrativas, direcionar conversas e até mesmo determinar quem tem voz em determinados espaços. Isso pode acontecer de maneira sutil, como em um ambiente profissional onde a escolha das palavras pode elevar ou descredibilizar alguém, ou de forma mais explícita, como em discursos políticos, nos quais a forma como as ideias são articuladas pode impactar diretamente o público.

Em circunstâncias de desigualdade, o uso da língua pode reforçar ou desafiar relações de poder. Quando uma pessoa domina certos jargões, termos técnicos ou até mesmo uma linguagem mais formal, ela pode se posicionar como autoridade e influenciar decisões. Por outro lado, o acesso limitado à língua ou a sua má utilização pode restringir o poder de expressão e a participação em diálogos importantes.