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Língua é poder?

Língua é poder?

Língua é poder?

por Claudia Capello - Número de respostas: 10

Como e em que circunstâncias o uso da língua se torna uma forma de exercício de poder?

A partir das informações dadas nesta aula, poste no fórum seu ponto de vista sobre a reflexão proposta.


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Re: Língua é poder?

por Joao Pedro Serafim Alves -
O uso da língua se torna uma forma de exercício de poder através da utilização de palavras para manipular grupos sociais. Nesse sentido, temos várias circustâncias pelos quais esse uso é aplicado, como nos discursos políticos, em que o candidato utiliza de palavras consideradas mais "formais", para transmitir uma imagem de alto conhecimento e "superioridade" para população, assim moldando a percepção desse público em relação a realidade social ou o uso delas como forma de manter estruturas de poder.
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Re: Língua é poder?

por Moiss David Nicolau da Silva -
A comunicação entre o protagonista e o vendedor não é efetiva até o final do diálogo. O vendedor está confuso e não consegue entender o que o cliente quer até que o protagonista finalmente mencione que o objeto é um alfinete de segurança. A descrição exagerada e os detalhes imprecisos contribuíram para a falta de clareza.
O uso da linguagem é uma ferramenta poderosa para exercer poder e influência. Em discursos políticos, por exemplo, a escolha de palavras formais ou técnicas pode projetar autoridade e superioridade, moldando a percepção pública. A linguagem também pode reforçar ideologias, criar divisões e manipular a realidade social ao escolher termos específicos que influenciam como os assuntos são vistos e interpretados. Eufemismos e apelos emocionais são estratégias comuns para suavizar ou intensificar percepções e justificar políticas, demonstrando como o controle da comunicação pode moldar a opinião e manter estruturas de poder.
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Re: Língua é poder?

por Clarisse Goncalves dos Santos Silva -
O uso da linguagem se torna ferramenta de poder em múltiplas ocasiões, na mídia, na política, em ambientes e trabalho e etcetera. O locutor pode se apropriar de uma linguagem desconhecida por seu interlocutor para bem próprio, se apropriando de vocabulário arcaico, regional, social ou algum tipo de vocabulário utilizado apenas por determinado grupo, dificultando o compreendimento da mensagem. Em situações, o locutor pode se apropriar do uso da língua para propositalmente enganar seus interlocutores, um exemplo pode ser observado em campanhas políticas que utilizam jargões populares, para aproximar a figura política de seus eleitores.
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Re: Língua é poder?

por Sarah da Silva Belo -
A língua tem poder nas sociedades humanas ao controlar a comunicação e definir quem pode adquirir conhecimento. Ao longo da história, os grupos dominantes impuseram línguas e costumes linguísticos e marginalizaram os grupos que não estavam acostumados a usá-las. Por exemplo, a norma culta é valorizada no Brasil, enquanto as variações regionais ou populares são muitas vezes vistas como "inferiores", criando barreiras sociais e excluindo grupos que não concordam com essa norma.

Mas a linguagem também pode ser redefinida como forma de resistência e defesa. Isso é ilustrado pela linguagem PAJUBÁ, que é originária da comunidade LGBTQIA+. O pajubá, que é usado principalmente por mulheres trans e travestis, serve como um código para se comunicar em espaços públicos sem serem compreendidos por agressores potenciais, fornecendo uma camada de segurança em contextos de violência e transfobia. Além disso, usando expressões e termos que representam a diversidade sexual e de gênero, o pajubá ajuda a manter a comunidade unida e promover a identidade.

Por outro lado, à medida que as expressões do pajubá ganham popularidade fora da comunidade, sua função de proteção está diminuindo. O uso indiscriminado de termos por pessoas que não sabem seu significado original pode enfraquecer a capacidade da linguagem como ferramenta de oposição. Esse fenômeno mostra como o controle da linguagem pode ser uma forma de poder, impondo normas e apropriando expressões de grupos marginalizados.
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Re: Língua é poder?

por Joao Pedro Cortes Betim Paes Leme -
O uso da língua pode ser uma forma de poder quando alguém que domina o idioma faz os outros seguirem suas regras. Isso acontece no trabalho, na política ou na escola, onde falar bem uma língua dá vantagens a algumas pessoas. Quem controla a língua pode influenciar o jeito que os outros pensam e agem, mostrando que a língua não serve só para falar, mas também para controlar.
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Re: Língua é poder?

por Samira Da Conceição Dos Santos -
A língua se torna uma forma de exercício poder quando as pessoas que possuem muito poder nas mãos como os políticos utilizam esse poder para se vangloriar e se sobrepor a algum grupo social vulnerável, ou por exemplo se a pessoas não tem acesso ao ensino completo podem acabar lendo e assinando algum contrato sem saber exatamente o que ele diz nas entrelinhas, confiando a sua vida a palavras que desconhece e isso pode ser muito perigoso. Precisamos conhecer as palavras, o contexto, e os signos para podemos chegar perto de compreender a mensagem, mas ainda assim se não conhecemos o canal a comunicação pode acabar falhando como por exemplo quando um idoso que não conhece o uso da internet pode acaba caindo em algum golpe se clicar em algum lugar que desconhece, por isso devemos está sempre aberto a aprender novas formas de comunicação assim podemos chegar cada vez mais perto de compreender as mensagens que estão a nossa volta e com isso nosso mundo vai se expandir.
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Re: Língua é poder?

por Maria Luisa Alves de Melo -
A língua pode se tornar uma forma de exercício de poder quando é usada para manipular ou excluir pessoas com menor acesso à educação ou tecnologia, por exemplo. Isso pode ocorrer em contextos políticos, jurídicos ou sociais, onde uma linguagem complexa é utilizada para confundir ou enganar, dificultando a compreensão. Grupos vulneráveis, como idosos ou pessoas sem conhecimento técnico, podem ser prejudicados, e a língua é usada como principal meio para reforçar desigualdades ao limitar o acesso à informação e à participação social. Esse tipo de atitude pode até ocorrer no ambiente acadêmico, quando por exemplo, um aluno de classe mais favorável e com mais privilégios na sociedade, utiliza de um vocabulário mais rebuscado para se sobressair sobre outros alunos e, possivelmente, se destacar para o professor.
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Re: Língua é poder?

por Fernanda Lima Figueiredo da Silva -

    O uso da língua pode se tornar um instrumento de poder ao ser colocado como uma forma de manipular algo que se deseja tirar proveito. Por trás, muitas das vezes, de um discurso bem elaborado e atraente, com a utilização de palavras rebuscadas ou até mesmo palavras que sejam familiares a grupos menos prestigiados socialmente, torna-se possível convencer essa camada que não tem acesso, sobretudo, a língua padrão.

     É muito comum essas situações ocorrerem no meio político e, atualmente, nas redes sociais. Essa última, por exemplo, é uma ferramenta em que a comunicação é feita com as massas, de maneira direta e rápida, podendo ser utilizada para a difusão de informações. Por esta razão, é recorrente os usuários dessas redes utilizarem esse fácil acesso, para a propagação de fake news, visto que muitos indivíduos não buscam a fonte do que é transmitido. Até mesmo aquelas pessoas que têm algum tipo de escolarização, acabam também sendo afetadas por essas notícias, uma vez que é feito uma adequação da língua nessas redes. Ao invés de algo muito formal, a língua é utilizada de maneira mais atrativa, muito semelhante a uma conversa, através dos storys e de outros recursos presentes nesse ambiente virtual. Além disso, dependendo de quem seja o emissor, a junção entre o status e a língua, podem influenciar positivamente ou não o receptor.


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Re: Língua é poder?

por Jonas Silva de Paiva -
O uso da língua é uma forma de exercer poder, pois quem se expressa de maneira eficaz tem mais controle sobre a interação social e a percepção dos outros. Quem conhece as palavras exerce mais controle na interação, enquanto quem não as domina perde poder. Além disso, a linguagem influencia as relações sociais, construindo autoridade e status. Portanto, a língua não apenas expressa, mas também controla e influencia as interações.
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Re: Língua é poder?

por Lívia Larissa Gomes Nunes -
Ao se classificar uma forma de uso da língua como "culta" e outra como "coloquial", os detentores do próprio poder de classificassão definiram um lugar onde não estariam os impossibilitados de frequentar escolas ou de permanecer nelas por longos períodos. Há a criação de uma segregação. A partir disso, usar termos que não fazem parte da linguagem popular se torna uma ferramenta de opressão psicológica e também de cerceamento de direitos para quem não pode se expressar da mesma forma em ambientes que não legitimam a cultura de um povo. Também em esferas como da publicidade, a língua pode ser usada para criar sentidos ambíguos e enganosos, levando o receptor de uma mensagem a desejar ou acreditar em ideias maliciosamente moldadas.