Como desenvolvido nas leituras anteriores, a língua tem intencionalidade, e a mesma é construída por diversos fatores mentais e simbólicos para que possa ser efetivada. No momento que o emissor tem a intenção e o preparo, ao qual ele acredita ser mais privilegiado que a do receptor, o mesmo se apropria de ferramentas "nichadas" de sua área para confundir o próximo, assim mostrando superioridade. Porém, caso não houvesse uma hierarquia cultural que afirmasse o privilégio desse emissor, ambos os lados poderiam construir mensagens com a mesma intenção, porém, no Brasil atualmente, um lado seria marginalizado e o outro não.
Um exemplo recente: Durante uma visita a um familiar internado em um hospital público. Ao chegar na sala, presencio um profissional do hospital "humilhando" o familiar com tom de voz elevado, termos complicados e hierarquia; Após a minha intervenção, notificando o abuso daquela cena, usando um tom mais baixo, porém, com total domínio dos termos e técnicas comunicativas devido ao acesso ao ensino superior, o profissional "abaixa a bola", demonstrando "respeito de igual".