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Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo - Número de respostas: 8

Olá, pessoal

Este é o espaço para postarem as respostas às questões propostas para a reflexão, a partir da leitura e estudo do conteúdo das nossas aulas.

Bom trabalho!


Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Renan Lima de Oliveira da Silva -
Respondendo a primeira questão:

Quando olhamos o sujeito como consumidor passivo da informação na rede, diversas relações de poder emergem, revelando a complexidade das dinâmicas contemporâneas de informação e comunicação.
Com relação com Empresas e Plataformas Digitais: o sujeito passivo serve, em primeiro lugar, às empresas e plataformas digitais que operam na rede. Ao consumir informação sem verificação, o usuário frequentemente contribui para a geração de tráfego e engajamento nas plataformas, o que é fundamental para os modelos de negócios baseados em publicidade e monetização de dados. Essas plataformas coletam dados sobre o comportamento e as preferências dos usuários para segmentar anúncios e gerar receita. O comportamento passivo e a disseminação sequencial de informações ajudam a amplificar o alcance e a visibilidade de conteúdos, muitas vezes alimentando algoritmos que priorizam informações sensacionalistas ou polarizadoras para maximizar o engajamento.

Com relação com Produtores de Conteúdo e Influenciadores:

Os produtores de conteúdo e influenciadores se beneficiam da disseminação de informações sem verificação, pois isso aumenta sua visibilidade e influência. Informações não verificadas ou controversas podem atrair mais atenção e compartilhamentos, o que, por sua vez, fortalece a posição e o poder dos criadores de conteúdo na rede. Esse fenômeno pode levar à criação de bolhas de informação e à polarização, onde as visões extremas ganham mais destaque e influência.

Relação com Desinformação e Manipulação:

A falta de verificação e filtro também alimenta a desinformação e a manipulação. Informações incorretas ou distorcidas podem se espalhar rapidamente, moldando a opinião pública e criando narrativas que servem a interesses específicos, como agendas políticas ou ideológicas. Nesse contexto, o sujeito passivo contribui, sem saber, para a agenda de atores que buscam manipular a opinião pública. Esses atores podem ser grupos políticos, entidades de lobby ou qualquer outro agente interessado em influenciar o comportamento e as percepções do público.

Relação com o Sistema de Poder Global:

Em uma perspectiva mais ampla, o comportamento passivo do consumidor de informação serve ao sistema de poder global que se baseia na circulação massiva de dados e na manipulação da opinião pública. A capacidade de influenciar e direcionar o comportamento das massas através da informação se torna uma ferramenta poderosa para a manutenção e a expansão do poder econômico e político. A falta de verificação e a aceitação automática de informações sem questionamento garantem que as narrativas dominantes prevaleçam e que a mudança de opinião seja mais facilmente manipulada.

Relação com o Princípio da Viralidade

O fenômeno da viralidade também está intrinsecamente ligado ao comportamento passivo. Ao compartilhar e disseminar informações sem uma análise crítica, o sujeito amplifica a viralidade do conteúdo, o que pode ter implicações diversas, desde a propagação de informações úteis até a disseminação de conteúdo prejudicial ou enganosamente sensacionalista. Neste contexto, o sujeito serve ao princípio da viralidade que, muitas vezes, prioriza o impacto emocional sobre a veracidade da informação.

O sujeito como consumidor passivo da informação e disseminador sem checagem serve a uma rede complexa de interesses econômicos, políticos e sociais. Ele contribui para o funcionamento e o lucro das plataformas digitais, fortalece a influência de criadores de conteúdo e influenciadores, alimenta a disseminação de desinformação e manipulação, e reforça o sistema de poder global que se baseia na manipulação de dados e na percepção pública. A responsabilidade pela verificação e pelo filtro da informação é crucial para transformar esse papel passivo em um mais ativo e consciente, ajudando a mitigar os impactos negativos e a promover uma comunicação mais informada e crítica.

Em relação ao segundo ponto a ser dissertado:

Romper com o “efeito manada” e transformar-se em um agente ativo na produção de conhecimento dentro do vasto fluxo de informação da rede é um desafio significativo, mas é essencial para evitar a simples reprodução de informações e contribuir de forma construtiva para o conhecimento coletivo. Aqui estão algumas estratégias e práticas para se tornar um agente de transformação, mesmo em um ambiente saturado de dados:

Desenvolver o Pensamento Crítico:

Análise e Questionamento: Em vez de aceitar passivamente as informações, pratique o pensamento crítico. Questione a origem das informações, verifique os fatos, e considere diferentes perspectivas. Pergunte-se sobre a credibilidade das fontes, o contexto em que as informações são apresentadas e as possíveis agendas por trás delas.

Educação e Capacitação: Investindo em educação e treinamento sobre alfabetização midiática e informação. Aprender a reconhecer e combater viéses cognitivos, desinformação e manipulação ajuda a desenvolver uma mentalidade mais crítica e analítica.

Criar e Compartilhar Conteúdo de Qualidade:

Produção de Conteúdo: Em vez de apenas consumir, contribua com a produção de conteúdo baseado em evidências e análises aprofundadas. Use suas habilidades para criar artigos, vídeos, blogs ou podcasts que forneçam valor real, sustentado por pesquisa e verificação.

Fonte e Referência: Certificando de que seu conteúdo é bem fundamentado e referenciado. Utilize fontes confiáveis e documente sua pesquisa para ajudar a elevar o padrão de informação na rede.

Utilizar Ferramentas e Recursos Tecnológicos:

Ferramentas de Verificação: Utilizando ferramentas e aplicativos de verificação de fatos e checagem de informações, como Snopes, FactCheck.org, e extensões de navegador que ajudam a identificar notícias falsas e verificar fontes.

Agregadores de Conteúdo: Usando agregadores e plataformas que promovem conteúdo de alta qualidade e verificável. Estes serviços muitas vezes filtram e destacam informações confiáveis, ajudando a evitar a propagação de desinformação.

Participando Ativamente em Comunidades Críticas:

Engajamento em Comunidades: Participando de comunidades online e offline que promovam debates informados e a troca de conhecimento. Grupos e fóruns que se dedicam a discussões aprofundadas e críticas podem ser ótimos para compartilhar e refinar suas próprias ideias e aprender com os outros.

Colaboração e Rede: Colaborando com outros indivíduos e grupos que compartilham uma visão de responsabilidade e verificação na disseminação de informações. A construção de redes com profissionais e especialistas pode ajudar a criar um ecossistema de informação mais robusto e confiável.

Promover a Educação e a Consciência:

Educação para o Público: Engajando-se em iniciativas que promovam a alfabetização midiática e a educação sobre a importância da verificação de informações. Workshops, seminários e campanhas de conscientização podem ajudar a aumentar a compreensão do público sobre como lidar com o excesso de informação.

Modelagem de Comportamento: Sendo um exemplo de boas práticas ao consumir e compartilhar informações. Mostrando aos outros como aplicar o pensamento crítico e a verificação de fatos, influenciando positivamente o comportamento coletivo.

Implementar Estratégias de Filtragem Pessoal

Curadoria de Conteúdo: Desenvolvendo suas próprias estratégias de curadoria de conteúdo. Configure alertas, siga fontes confiáveis e use ferramentas de agregação para filtrar informações relevantes e de qualidade.

Rotinas de Verificação: Estabelecendo rotinas para revisar e verificar as informações antes de aceitá-las ou compartilhá-las. Isso pode incluir verificar várias fontes, consultar especialistas e buscar evidências adicionais.

Assim, romper com o “efeito manada” e transformar-se em um agente ativo na produção de conhecimento exige um compromisso com a verificação, a educação e a criação de conteúdo de qualidade. Ao adotar uma abordagem crítica e utilizar ferramentas tecnológicas eficazes, é possível não apenas consumir informações de maneira mais consciente, mas também contribuir significativamente para um ambiente informativo mais saudável e construtivo. A responsabilidade de transformar a maneira como interagimos com a informação na era digital é um passo crucial para promovermos um conhecimento mais autêntico e valioso.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Roberta Cafiero Marinho Nassar -
Na era digital, os usuários que consomem informação passivamente e a dissemina sem checagem reforça relações de poder que beneficiam plataformas e criadores de conteúdo. Segundo Manuel Castells, as pessoas constroem as suas próprias redes desde o princípio, elas produzem as suas próprias mensagens e, ao mesmo tempo, são remetentes de mensagens e receptores de mensagens.

Segundo Castells, algoritmos de redes sociais priorizam conteúdos que geram mais engajamento, muitas vezes sensacionalistas, amplificando a influência de quem os produz e consolidando seu poder sobre as percepções públicas. Esse consumo passivo contribui para a propagação de desinformação e manipulação.

Para romper com o "efeito manada" e se tornar um produtor ativo de conhecimento, é crucial adotar uma abordagem crítica e proativa. Meyer sugere que a alfabetização midiática é essencial para avaliar a credibilidade das fontes e verificar a veracidade da informação antes de compartilhá-la. Além disso, é de extrema importância contextualizar e analisar criticamente as informações, promovendo discussões informadas e contribuindo com análises baseadas em evidências. O costume de sempre fazer a checagem de fatos também pode auxiliar na gestão do excesso de informação, permitindo uma participação mais consciente e responsável na produção e disseminação de conhecimento.

Esse envolvimento ativo e crítico, combate a desinformação e melhora a qualidade do que esta disponível de forma online para as pessoas. Quando você se torna mais consciente e cuidadoso com o que compartilha, ajuda a criar um ambiente digital mais confiável. Dessa forma, evita que fake news sejam espalhadas e acabem se tornando "verdades" e além disso promove uma troca de informações mais responsável, usando assim a internet de forma correta e positiva no dia a dia.
Em resposta à Roberta Cafiero Marinho Nassar

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Maria Fernanda Moreira do Nascimento -
Quando o sujeito assume um olhar passivo ao consumir informações, o mesmo está se submetendo a um posicionamento de conformismo, onde fica suscetível a absorver informações sem um pensamento crítico e, muitas vezes sem buscar a veracidade destas.
Na entrevista de Manuel Castells, para o “Público”, o sociólogo quando perguntado sobre o que se entende por “poder”, respondeu: “Bem, poder, tradicionalmente, não é uma inovação. Poder é a capacidade que alguns seres humanos têm de forçar ou influenciar o comportamento de outros para que eles se comportem de acordo com os interesses e os valores dos detentores do poder.” Dessa maneira, tendo, o veículo que passa a mensagem, um certo poder sobre quem a consome sem um pensamento questionador.
As tecnologias atuais possuem uma tendência de nos fazer agir sem pensar. Com o avanço da Inteligência Artificial, por exemplo, podemos perceber um aumento de pessoas que buscam respostas imediatas para problemas em vez de tentar resolvê-los por conta própria; paralelamente a isso, no mesmo espectro, temos o avanço de redes sociais e, juntamente a elas, fake news e notícias sensacionalistas, as quais vendidas como verdades absolutas, de alguma maneira, convencem os seres humanos de que são acontecimentos plausíveis e que não necessitam de um aprofundamento maior para que saibamos a real verdade. Assim, como mencionado por Manuel Castells: “De facto, onde há dominação, em termos de poder, a relação pode ser aceite, rejeitada ou contrariada. E por isso eu digo que, de facto, as instituições da sociedade são construídas através das dinâmicas e da relação entre poder e contrapoder.”, seguindo um “efeito manada” de construirmos opiniões iguais a de uma maioria, para nos sentirmos, de certa maneira, incluídos em grupos, damos poder a quem produz esse tipo de conteúdo.
Dito isto, a maneira mais eficaz de nos distanciarmos dessa conformidade, num primeiro momento, não perdermos nossa curiosidade inata. Dessa forma, seguiremos sempre o exercício de checar a veracidade do turbilhão de informações por segundo com as quais somos encharcados diariamente. “Contrapoder é a tentativa daqueles que não se sentem representados nas instituições da sociedade, e sob as condições de poder existentes no momento, de tentar alterar o panorama.”, fala Manuel Catells na entrevista, concedida por ele, estudada. Esse “contrapoder”, é, de um certo jeito, usar nossas ferramentas e nossos poderes de questionamento para nos afastarmos da maioria conformista e vítima das redes tecnológicas que buscam nos moldar para nunca questionarmos o que nos apresentam.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Ana Beatriz Lemos da Cunha -
Nós vivemos numa época em que a informação está em todo lugar, é difícil não se sentir um pouco perdido nesse mar de notícias, vídeos e opiniões. Às vezes, parece que a gente está sendo manipulado o tempo todo, sem nem perceber. As redes sociais, por exemplo, mostram pra gente só o que elas acham que a gente quer ver, como se a gente vivesse numa bolha. As tecnologias moldaram a sociedade contemporânea, criando novas formas de produção e consumo de conhecimento. A partir dos conteúdos apresentados nas primeiras aulas da disciplina e as reflexões causadas, podemos analisar as relações de poder que se estabelecem no consumo passivo de informação e quais são as possibilidades de acabar com o "efeito manada" para começar a lidar com conhecimento de forma ativa. Ao assumir a posição de consumidores de conteúdo, estamos sujeitos a vários mecanismos de controle e manipulação e podemos acabar acreditando em informações falsas ou cenários que não existem. A produção e a disseminação de conteúdos na internet é feita de acordo com a lógica capitalista, que acaba moldando nossas percepções e direciona nossos comportamentos em sociedade. As redes sociais e os usuários atuam como agentes da informação, filtrando, compartilhando e ampliando determinadas narrativas, que podem ser falsas ou não. Nesse contexto, a desinformação se espalha e a capacidade crítica dos indivíduos é enfraquecida. O filme "Tempos Modernos" de Chaplin, mesmo produzido em um contexto histórico diferente, continua a ser uma metáfora para a alienação que sofremos e a desumanização provocadas pelo "trabalho de robô". Na era digital, a repetição de tarefas e a busca por aprovação podem gerar um efeito parecido, nos alienando de nós mesmos e da realidade. A entrevista de Manuel Castells nos alerta para os perigos da sociedade digital, onde a fragmentação da informação e as diferentes opiniões podem estragar a democracia. A gente precisa aprender a questionar as informações que a gente recebe, a procurar diferentes fontes e a não acreditar em tudo que se lê por aí. É preciso sair dessa bolha e conversar com pessoas que pensam diferente. Para romper com o "efeito manada" e virarmos agentes ativos na produção de conhecimento, é preciso desenvolver o pensamento crítico, ao questionar as informações que recebemos, buscar diferentes fontes e avaliar a credibilidade dos conteúdos; participar de comunidades online, interagindo com pessoas que pensam de forma diferente, trocar ideias e construir conhecimentos coletivamente; produzir conteúdo, pode ser vídeos para as redes sociais como TikTok, Youtube, Instagram, Facebook, etc ou outros materiais para compartilhar nossas ideias e contribuir para o debate público; apoiar iniciativas que promovam a democratização da informação, assim, defendendo a liberdade de expressão e o acesso livre à informação. Em resumo, a tecnologia pode ser tanto uma ferramenta de liberdade quanto de controle, criando um paradoxo. A chave está em como escolhemos utilizar essas ferramentas. Ao desenvolvermos uma postura crítica e ativa, podemos transformar a informação em um instrumento para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Julia Piveta Camara -
Ao assumir uma postura de consumidor passivo o indivíduo se torna refém de ideias que o condicionam a pensar sem necessariamente exercer seu pensamento crítico. As informações estão disponíveis em diversos formatos; propagandas, entretenimento, conteúdo, notícias e entre outros. Essa enxurrada de informação pode confundir a ideia do que é um fato e o que é opinativo em uma sociedade profundamente atravessada pelas tecnologias digitais. Como afirma o intelectual Marshall McLuhan, “o meio é a mensagem”, se pararmos para refletir a forma como as mensagens e códigos se espalham pela sociedade é tão significativa quanto a própria mensagem. Na entrevista de Manuel Castells, quando perguntado sobre o que se entende por “poder”, respondeu: “Bem, poder, tradicionalmente, não é uma inovação. Poder é a capacidade que alguns seres humanos têm de forçar ou influenciar o comportamento de outros para que eles se comportem de acordo com os interesses e os valores dos detentores do poder”, logo, unindo os dois pensamentos de McLuhan e Castells, o poder na sociedade de rede se constroi principalmente a partir dos meios e veículos que detém e compartilham as informações. Não é apenas a passividade do interlocutor que o torna refém das informações, mas sim os meios, já que a informação assim como o conhecimento depende sempre de uma relação de um detentor e um receptor.

O “efeito manada” é um fenômeno bastante presente na atualidade, isso porque vivemos atravessados por uma grande enxurrada de informações que tendem condicionar o comportamento social. Para romper com esse efeito é indispensável um maior envolvimento crítico dos indivíduos com as informações. Uma das alternativas é investir em uma educação voltada à comunicação e uma alfabetização midiática. O debate e a contextualização dos discursos é também um fator importante para melhor contextualizar e analisar criticamente as informações. Atualmente o fact-checking tem se tornado uma ferramenta muito mais presente nas agências de comunicação e informação, isto porque a desinformação e notícias falsas têm sido cada vez mais construídas de forma refinada. De forma geral, a educação é a principal ferramenta para a formação de um pensamento mais crítico e consciente.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Julia Lima de Souza de Almeida -
Na primeira questão, quando olho para o sujeito como consumidor passivo de informação, percebo que isso cria uma relação de poder bastante desigual. Ao recebermos e disseminarmos informações sem verificação, estamos apenas reproduzindo aquilo que nos é dado, sem questionar as fontes ou a veracidade do conteúdo. Nesse papel, acabamos servindo a quem controla a produção e a distribuição dessa informação, sejam grandes corporações, governos ou outros grupos com interesses próprios. Eles moldam as narrativas e direcionam o que a gente consome, tirando proveito do fato de que não temos o hábito de verificar ou de filtrar o que recebemos. Isso fortalece essas instituições e nos mantém dependentes de seus canais, sem que percebamos que estamos sendo manipulados.

Na segunda questão, para romper com o “efeito manada” e passar a produzir conhecimento, o primeiro passo é adotar uma postura crítica em relação às informações que recebemos. Isso significa não apenas consumir de forma passiva, mas buscar entender a origem das informações, verificar a sua veracidade e refletir sobre o que elas significam. Um exemplo claro é como, nas redes sociais, muitas vezes compartilhamos algo só porque todos estão falando sobre o assunto, sem realmente analisar. Para sair dessa lógica, precisamos desenvolver habilidades de análise crítica e utilizar as tecnologias de forma consciente, transformando as informações que recebemos em conhecimento relevante e útil. Assim, nos tornamos agentes de transformação, capazes de produzir algo novo a partir da avalanche de informações a que estamos expostos, em vez de sermos apenas mais um elo nessa cadeia de consumo rápido e irrefletido.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Cristiane Pinto de Souza -
Boa tarde.

Tudo bem?

Na primeira questão, quando observamos o avanço da tecnologia e da internet no mundo atual e como estamos reféns dessa ferramenta para diversas coisas no dia a dia tanto para comprarmos, pagarmos contas e usarmos as redes socias, por exemplo. Porém, ao mesmo tempo essa tecnologia também é utilizada para criar armadilhas e fake News que nem sempre o usuário vai verificar as fontes dessas informações e a veracidade desses conteúdos. Desta forma, ao mesmo tempo em que somos mais conectados do que nunca, também somos mais vulneráveis a manipulações e influências. indivíduo. Sendo assim, nós usuários acabamos sendo quem fornece as informações e que as reproduz, ou seja, que absorve a informação sem questioná-la, tornando-se um alvo fácil para diversas estratégias de manipulação. Essa passividade pode ser resultado de diversos fatores, como: a sobrecarga de informações e a falta de criticidade. As grandes empresas de tecnologia possuem um poder enorme sobre a forma como consumimos informação. Elas controlam os algoritmos que determinam o que vemos online, coletam dados sobre nossos hábitos e comportamentos, e utilizam essas informações para direcionar publicidade e influenciar nossas decisões, assim como outros setores como : o governo e instituições.

Na segunda questão, para respondermos precisamos se atentar que era digital nos oferece um acesso sem precedentes à informação, mas também nos torna suscetíveis ao efeito manada e à passiva absorção de conteúdo. Podemos observar como as redes sociais atuaram na época da pandemia de Covid-19 e nas eleições de 2019, a velocidade com que informações falsas se espalham pelas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas tornou a desinformação um dos maiores desafios nesses períodos. Para romper com essa dinâmica e se tornar um agente de transformação, é preciso adotar uma postura proativa e crítica em relação a excesso de informações produzidas em massa à todo tempo. A maior parte das informações que hoje em dia, chega até nós são inverdades ou informações distorcidas, onde muitas vezes informações verdadeiras e úteis se tornam invalidadas por conta de todo o histórico dessas outras fontes não verificadas.um dos mecanismos mais eficientes é questionar informações, buscar fontes diversas, produzir conteúdo e colaborar com outros, você pode contribuir para a construção de informações úteis e confiáveis.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Jean Carlos Rocha Moreira -
Em relação a primeira questão, quando os indivíduos consomem e disseminam informações online de forma passiva, sem verificação ou análise crítica, eles se envolvem em relações de poder que frequentemente servem aos interesses de quem busca controlar a narrativa. As Aulas 3 e 4 abordam bem essas dinâmicas, enfatizando a importância de passar do consumo passivo para a produção ativa de conhecimento.

Embora a revolução digital tenha aumentado o acesso à informação, isso não necessariamente perturbou as dinâmicas de poder estabelecidas. Aqueles que controlam os meios de produção e comunicação ainda exercem influência sobre a disseminação de informações. Quando os indivíduos aceitam e espalham informações prontamente, sem questionar sua fonte ou verificar sua precisão, eles acabam reforçando essas estruturas de poder existentes.

Em relação a segunda questão, se libertar do consumo passivo de informações online e se tornar um agente ativo de transformação no cenário digital envolve ir além de simplesmente absorver a avalanche de informações e, em vez disso, se engajar criticamente para produzir conhecimento. O primeiro passo é reconhecer a mudança dramática trazida pela revolução digital, como discutido na Aula 2. A internet e as tecnologias relacionadas democratizaram o acesso à informação, mas esse acesso vem com a responsabilidade de filtrar e identificar o que realmente é útil e confiável, já que muitas vezes há uma grande quantidade de dados irrelevantes ou enganosos. Compreender que o grande volume de informações não significa necessariamente aumento de conhecimento é fundamental. Além disso, é importante a alfabetização informacional para navegar pelas complexidades da era digital e isso envolve verificar informações, avaliar as fontes e reconhecer a desinformação. Para romper o “efeito manada”, devemos ter pensamento crítico, não apenas absorver as informações mas também analisá-las, questionar a fonte, a mensagem e suas possíveis implicações. Além disso, devemos saber conectar os pontos, estabelecendo conexões entre a nova informação e o conhecimento já existente. Por fim, o engajamento em diálogo é importante, ou seja, discutir a informação com outras pessoas, compartilhar perspectivas e engajar em debates.