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O Capitalismo e nossa "visão de Mundo"

Fórum unidade 3.

Fórum unidade 3.

por Eduardo Pimentel - Número de respostas: 37

Participem do fórum, acrescentando suas opiniões sobre a temática de acordo com o que foi estudado e com a contribuição da área de formação de cada um de vocês.

Eduardo Pimentel

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Re: Fórum unidade 3.

por Maria Eduarda Araujo Castanho Parracho -
Sim, podemos afirmar que o capitalismo influenciou de forma significativa nossas concepções sobre de normas, regras, teorias e visões de mundo. Essa influência está diretamente ligada às transformações socioeconômicas provocadas pelo capitalismo, conforme citam o autor David Harvey e o professor Eduardo Pimentel.

Harvey, por sua vez, argumenta que o capitalismo ao gerar "rearranjos espaciais" e "acumulação por despossessão", molda a forma como as sociedades organizam seus espaços e tempos, além de influenciar diretamente as relações de poder e controle. Como ele coloca, "a produção do espaço serviria basicamente como depositório dinâmico para absorver e rearranjar os excedentes de capital". Isso implica que, para evitar crises de sobreacumulação, o capitalismo cria novas formas de reorganizar o espaço, impactando a forma como entendemos e normatizamos nossa vida social.

Da mesma forma, o capitalismo redefine a percepção de tempo e espaço com o surgimento das manufaturas e a Revolução Industrial. Ele afirma que "o tempo não é mais marcado pelo ritmo do vir a ser da natureza — nascer, viver, morrer, dia e noite — mas pelas horas, minutos e segundos indicados pelos ponteiros do relógio". Essa transformação mostra como o capitalismo moldou a normatização do tempo de trabalho, redefinindo também as regras e valores da sociedade.

Além disso, com a transição do feudalismo para o capitalismo, houve uma modificação na percepção das relações sociais e espaciais. O poder que anteriormente era descentralizado entre senhores feudais foi substituído por uma organização controlada pela burguesia, o que contribuiu para a reorganização espacial e modelou uma nova visão de mundo.
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Re: Fórum unidade 3.

por Isaac Izolani de Oliveira -
A ética protestante e o ''espírito'' do capitalismo | Amazon.com.brSim, o capitalismo influenciou o mundo quanto ás normas, regras, teorias e visões, pois moldou as estruturas sociais e culturais significativamente. Além disso, Max Weber, em sua obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", diz que ele emergiu em parte devido a uma ética específica promovida pelo protestantismo, que valorizava o trabalho duro e a racionalização. Essa ética contribuiu para a formação de normas e valores que priorizam a eficiência econômica, o sucesso individual e a acumulação de riqueza, refletindo-se em diversas áreas da sociedade.

Ademais, promoveu uma visão de mundo que valoriza a competição e a maximização do lucro, influenciando a maneira como as pessoas percebem a economia e a sociedade. Esta, por sua vez, molda nossas expectativas e comportamentos, com a crença de que o mercado é o melhor regulador da sociedade.

Como observou Karl Marx: "A história de toda sociedade até nossos dias é a história da luta de classes", indicando que a dinâmica capitalista molda não apenas a economia, mas também as estruturas sociais e as relações de poder. Dessa forma, o capitalismo desempenha um papel crucial na formação e na perpetuação das normas, regras e teorias que definem nossa visão de mundo.
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Re: Fórum unidade 3.

por Gisele Verissimo da Silva -
Olá, professor e colegas! Desculpe por infelizmente ter passado do prazo, mas deixo aqui algumas ideias.

O capitalismo molda de forma significativa a maneira como enxergamos o mundo. Através da mídia, por exemplo, pensando enquanto aluna de Jornalismo, acredito que o capitalismo constrói narrativas que valorizam o individualismo, a competição e o consumo, influenciando nossas escolhas e prioridades. A busca incessante por lucro e crescimento econômico, propagada pela mídia, molda a agenda pública e direciona o olhar da sociedade para determinadas questões, enquanto outras são marginalizadas. Essa influência se manifesta em diversas áreas, desde a política, onde interesses econômicos muitas vezes ditam as decisões, até a cultura, onde a indústria cultural molda nossos gostos e hábitos de consumo.

A mídia, como um dos principais agentes de socialização, desempenha um papel crucial na disseminação dos valores e ideias do capitalismo. Ao enfatizar o sucesso individual e a acumulação de riqueza, a mídia contribui para a criação de uma sociedade mais desigual e competitiva. A construção de uma realidade que associa felicidade ao consumo e ao status social é uma estratégia eficaz para impulsionar o consumo e garantir a lucratividade das empresas. No entanto, essa visão limitada da realidade obscurece outras formas de bem-estar e ignora os impactos negativos do consumismo desenfreado no meio ambiente e na sociedade.
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Re: Fórum unidade 3.

por Renan Lima de Oliveira da Silva -
Ele levanta questões muito importantes sobre o impacto do capitalismo nas percepções sociais, especialmente no que diz respeito à coordenação do tempo e do espaço. A análise de David Harvey enfatiza a “acumulação de propriedade”, explicando que o capitalismo transforma não apenas as economias, mas também as relações sociais e a geografia das cidades. Este arranjo é crucial para compreender a dinâmica de poder que ocorre nas sociedades capitalistas. A engenharia de produção pode dar uma grande contribuição para essa discussão porque está diretamente envolvida na otimização de processos e no uso eficiente de recursos. Ao analisar as mudanças provocadas pelo capitalismo, a engenharia industrial pode ajudar a compreender como essas mudanças afetam a organização do trabalho e as estruturas das empresas. Por exemplo, a introdução de métodos lean e de processos de produção just-in-time não só tornou a produção mais eficiente, mas também refletiu a flexibilidade e a necessidade de adaptação rápida exigida pelo capitalismo.
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Re: Fórum unidade 3.

por Ana Luiza Sant Anna Quintanilha -
Boa tarde professor, como sou da Turma 3 só entro nas aulas as sextas, logo perco o prazo. Segue aqui meu comentário:

Sim, é correto afirmar que o capitalismo influenciou profundamente nossas concepções acerca das normas, regras, teorias e visões de mundo. Em sua análise da modernidade líquida, Zygmunt Bauman enfatiza que o capitalismo afeta não apenas as práticas econômicas, mas também as relações sociais e a maneira como percebemos nossos valores e identidades.

Assim, as normas sociais no contexto capitalista tendem a se adaptar a uma lógica de consumo, em que o valor das pessoas e das interações é frequentemente mediado pelo que possuem e consomem além do tempo que ela os ocupa. Esse fato transfere o foco de comunidades e coletivos para um mundo em que a competitividade e o individualismo são características centrais e peças-chave.

Em suma, o capitalismo transforma costumes culturais em mercadorias, transformando assim nossas percepções de normas e regras.
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Re: Fórum unidade 3.

por Camila Freitas Mayer -
Olá, professor e colegas!
Sobre a pergunta, sim, o capitalismo sem dúvida moldou as nossas concepções sobre normas, regras, teorias e visão de mundo. Com seu surgimento, esse sistema econômico se redefiniu de maneira como uma sociedade atua, colocando o lucro no centro das interações humanas. A competitividade, o individualismo e a busca incessante pela eficiência passam a ser valores predominantes, influenciando não apenas a economia, mas também as relações sociais.
As normas e regras da sociedade foram profundamente alteradas para se alinharem à lógica capitalista. O trabalho, por exemplo, passou a ser visto como uma medida de valor econômico, onde a produtividade e o retorno financeiro determinam o valor do indivíduo. Regras de convivência social também sofreram essa influência, com relações muitas vezes mediadas pela ideia de troca e ganho, refletindo uma dinâmica de interesses pessoais em um cenário de competição.
Além disso, o capitalismo impactou a forma como teorias e visões de mundo foram desenvolvidas. As ideologias e teorias econômicas, sociais e até políticas que emergiram no período serviram para justificar e solidificar o sistema capitalista, moldando nossa percepção de temas globais como desigualdade, poder e meio ambiente. Dessa forma, o capitalismo não foi direcionado apenas às práticas econômicas, mas também às estruturas culturais e intelectuais.
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Re: Fórum unidade 3.

por Tito Barros Gomes -
Para responder a pergunta central, sim, o capitalismo com certeza influenciou nossas concepções acerca das normas, regras, teorias e visão de mundo.
Ao se pensar em minha área de formação, a engenharia de produção, vejo como nossa educação é voltada pro sistema de produção vigente e, mais do que isso, em como as escolhas estratégicas são sempre para maximizar o lucro. Por isso, vejo como normas e regras são criadas, formadas e institucionalizadas, muitas vezes, para seguir com a maximização do lucro e, se às vezes elas atrapalham, vejo como é só uma tentativa de manutenção do capitalismo por mais tempo (como leis de preservação do meio-ambiente que servem para evitar que se destrua o mundo e possamos seguir existindo em vez de questionar o modelo econômico). Ao se pensar sobre teorias e visão do mundo, é fácil identificar como a maior parte das teorias mais populares entre a elite são ou da manutenção do capitalismo de outra maneira para garantir sua existência por mais tempo ou, de outra parte até mais perigosa, que apenas quer maximizar o lucro a qualquer custo basicamente e, por isso, visões que se opõem às principais, muitas vezes ficam presas dentro da academia e não têm poder mesmo propondo soluções para grande parte dos problemas que atingem a esmagadora maioria da população.
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Re: Fórum unidade 3.

por Mayra Beatriz Pereira Ragoso -
O capitalismo dentro da sociedade, faz com que as ações humanas sejam úteis para gerar lucros, automaticamente a forma como é visto as regras, normas e visões do mundo são influenciadas justamente por causa dessa busca incansável de sempre gerar dinheiro, então até os modelos de organizações nos ambientes de trabalho são pensadas de um jeito que vai funcionar.
Como estudante de Pedagogia, analiso também a forma como o capitalismo está inserido dentro dos ambientes educacionais, dentro dos currículos e da forma como as disciplinas são passadas para os alunos.
Por um tempo, os currículos eram organizados como modo de preparo para os alunos já saírem das escolas, prontos para o ambiente de trabalho.
Ou seja, o capitalismo influência diretamente, porém de maneira discreta.
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Re: Fórum unidade 3.

por Julia Araujo Lacerda -
Sim, é correto afirmar que o capitalismo influenciou profundamente nossas concepções sobre normas, regras, teorias e a visão de mundo. Como aluna de Engenharia Ambiental e Sanitária, vejo isso refletido em várias dimensões, especialmente nas práticas de gestão de recursos e no planejamento urbano.

O capitalismo molda não apenas a economia, mas também as formas como percebemos e organizamos o espaço. David Harvey, em seu livro "A Produção Capitalista do Espaço", argumenta que o espaço é uma construção social que é continuamente moldada pelas relações capitalistas. Ele afirma que “o espaço não é apenas um pano de fundo neutro; ele é ativo na produção de relações sociais e na reprodução do capital”. Essa ideia sugere que as normas e regras que seguimos são frequentemente influenciadas pela necessidade de otimizar a produção e o consumo, o que pode levar a uma exploração excessiva dos recursos naturais e a problemas ambientais.

Além disso, o capitalismo gera uma visão de mundo que prioriza o lucro e a eficiência em detrimento de práticas sustentáveis. Harvey destaca que a urbanização e a produção do espaço são guiadas por interesses econômicos, resultando em desigualdades sociais e na degradação ambiental. Por exemplo, a priorização de áreas urbanas para o desenvolvimento econômico pode levar à marginalização de comunidades e à destruição de ecossistemas.

Assim, ao refletir sobre as normas e regras que regem nossas atividades, é essencial reconhecer como essas são influenciadas por uma lógica capitalista que pode entrar em conflito com a sustentabilidade ambiental. Portanto, é crucial que nós, futuros engenheiros ambientais, desafiemos essas normas e busquemos alternativas que promovam um desenvolvimento mais equilibrado e respeitoso com o meio ambiente.
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Re: Fórum unidade 3.

por Andressa da Silva Meireles -
Sim, é correto afirmar que o capitalismo influenciou nossas concepções acerca das normas, regras, teorias e visão de mundo. O capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e na busca pelo lucro, promove uma lógica de mercado que enfatiza a eficiência, a produtividade e o crescimento econômico como principais objetivos.
Nesse sentido, a lógica de mercado promovida pelo capitalismo não apenas influencia as práticas econômicas e políticas, mas também molda as formas de lazer, entretenimento e descanso que são valorizadas e incentivadas dentro de uma sociedade. A busca pelo crescimento econômico e pela eficiência pode levar à promoção de atividades de lazer que estão mais relacionadas ao consumo e à produtividade do que ao verdadeiro descanso e bem-estar.
Portanto, ao analisarmos, podemos perceber como esse sistema econômico molda não apenas a organização da vida cotidiana, mas também as visões de mundo e as práticas sociais que permeiam nossa sociedade.
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Re: Fórum unidade 3.

por Pedro Henrique Prado de Carvalho Vidal Parente -
Sim, é correto afirmar que o capitalismo influenciou profundamente nossas concepções acerca das normas, regras, teorias e visão de mundo, e isso é especialmente evidente na área da engenharia ambiental. Sob o sistema capitalista, as normas e regras ambientais muitas vezes são criadas para equilibrar a proteção dos ecossistemas com a continuidade da produção econômica. Leis ambientais, como regulamentações sobre poluição ou preservação de recursos naturais, muitas vezes buscam minimizar danos, mas sem desafiar diretamente o modelo econômico baseado no crescimento e na exploração de recursos.

Além disso, o capitalismo moldou teorias que colocam o desenvolvimento econômico em primeiro plano, muitas vezes negligenciando os impactos ambientais de longo prazo. A busca constante por maximização do lucro e eficiência produtiva frequentemente entra em conflito com a sustentabilidade, levando à implementação de soluções tecnológicas que mitigam, mas não resolvem os problemas ambientais. Essa visão de mundo, centrada no crescimento econômico, influencia como a sociedade e as corporações tratam o meio ambiente, buscando uma exploração mais "controlada" em vez de um verdadeiro questionamento do sistema que gera a degradação ambiental.
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Re: Fórum unidade 3.

por Moiss David Nicolau da Silva -
podemos afirma que sim, o capitalismo moldou a engenharia de produção ao enfatizar eficiência e produtividade, impulsionar inovações tecnológicas e globalizar a gestão da cadeia de suprimentos. Ele também promoveu abordagens de qualidade, como Six Sigma e Lean Manufacturing, e, mais recentemente, incentivou práticas sustentáveis em resposta às demandas de consumidores e investidores. Assim, busca-se um equilíbrio entre lucro e eficiência.
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Re: Fórum unidade 3.

por Roberta Cafiero Marinho Nassar -
O capitalismo influenciou bastante a maneira como enxergamos o mundo e seguimos certas normas e teorias. Isso fica bem claro quando estudamos o desenvolvimento desse sistema, principalmente na Europa. O capitalismo mudou nossa relação com o tempo, o espaço e a natureza. Antes, o ritmo de vida era ditado pela natureza, mas com o surgimento da manufatura e o uso do relógio, o tempo começou a ser medido e controlado de uma forma totalmente diferente, o que influenciou profundamente as regras e valores da sociedade.

Além disso, o capitalismo não mudou só o jeito de trabalhar, mas também como pensamos e nos comportamos. O sistema capitalista cria uma visão de mundo onde o sucesso é medido pelo quanto você produz e consome. Assim, nossas normas e teorias são moldadas para reforçar essa ideia de que precisamos competir e ser eficientes o tempo todo​.
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Re: Fórum unidade 3.

por Rafael Albano Morais Pedro da Costa Nogueira -
É correto afirmar isso já que partir da troca do antigo "capitalismo de trocas", baseado nas relações entre artesão e seu público apenas (o que era medido por trocas), para o conhecido capitalismo mercantil, o funcionamento e a estruturação do que era conhecido como mundo e as relaçoes interpessoais existentes nele foram sendo moldadas a fim do total funcionamento da nova ideologia/sistema crescente.

Aplicando para o âmbito da Engenharia Ambiental hoje, com um capitalismo baseado em informação, a visão de mundo que via os recursos do planeta quase como inesgotáveis foi desenvolvida justamente por uma fase altamente produtiva (em termos industriais, comerciais e empresariários) desse sistema que cercou a realidade das sociedades com as regalias (para uns) dos seus produtos, ato esse que, em conjunto da mídia, "cegou" a lógica das pessoas para as emergentes consequências ambientais. Da mesma forma, paralelamente a essa "cegueira" que se tornou a hegemônica nas normas e estruturas sociais, existe um movimento que surge contra a demasiada exploração do conteúdo natural existente no mundo e as consequências sociais criadas por ele (pobreza, desigualdades, alienação, etc), deteriorando o senso comum criado da infinitude dos recursos.
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Re: Fórum unidade 3.

por Joyce Clemente Ribeiro -
É possível afirmar que o capitalismo influenciou e continua a influenciar constantemente nossas concepções cotidianas em diversas temáticas. Um exemplo notável dessa influência está explicitado na análise de Walter Mignolo que discorre que a partir do advento do capitalismo e da Revolução Industrial, junto ao fenômeno da colonialidade, a ideia de natureza especialmente na América Latina passou a ser vista principalmente como um fornecimento de recursos naturais para atender às necessidades econômicas dos mestres do capital, fator que estabeleceu uma hierarquia entre o ser humano e o meio ambiente, resultando na mercantilização da vida e dos recursos naturais.

Além disso, o capitalismo fomentou uma visão de descarte de pessoas, em que a lógica utilitarista e racional prevalece em detrimento da vida humana e do meio ambiente, priorizando a eficiência, a produtividade e o lucro em todas as atividades.

Outro exemplo de como o capitalismo molda as nossas visões é a partir da lógica de Immanuel Wallerstein, autor da Teoria do Sistema Mundo. Pode-se dizer que através desta teoria, Wallenstein demonstra como o capitalismo engendra assimetrias entre o Centro e a Periferia, estruturando um processo desigual que produz e reproduz as mazelas sociais. Nesse contexto, a dinâmica do universalismo presente nesse sistema se revela como uma continuidade das práticas coloniais, perpetuando a exploração e a marginalização de países e grupos sociais, especialmente os mais vulneráveis.
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Re: Fórum unidade 3.

por Anna Karolinne de Holanda Ribeiro -
Sim, o capitalismo certamente influenciou as concepções humanas acerca de normas, regras, teorias e visões de mundo. Isso porque esse modelo de produção orienta o globo há cerca de 500 anos, apesar dos primórdios da forma de capitalismo que conhecemos hoje só ter se iniciado na segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial. Ele foi responsável por modificar as concepções de espaço, tempo e natureza, pois condensou as percepções temporais a partir da evolução tecnológica que gerou, além de também ter transformado a natureza após séculos de exploração, dada sua característica intrinsecamente consumista de recursos naturais.

O capitalismo, portanto, encontrou tamanha adesão mundial (seja por imposição ou por opção), que se tornou muito mais que um modelo de produção, mas um sistema socioeconômico que passou a ditar estilo de vida a partir do estabelecimento de valores, hábitos, normas e condutas na sociedade. Isso ocorre pois o trabalho e o consumo fazem parte da vida de qualquer pessoa que viva em sociedade, fazendo com que, assim, o capitalismo também se faça presente. Vale ainda ressaltar que, mesmo nas poucas sociedades não orientadas pelo modelo capitalista, ele ainda se impõe, pois, como destaca Vladimir Lênin (1917), um dos autores utilizados para entender o sistema-mundo nas Relações Internacionais, além de orientar os entornos em larga escala, o capitalismo se coloca como uma força de opressão à formas de produzir distintas, dada sua essência expansiva.

Assim sendo, tem-se que o capitalismo determina o panorama sociopolítico, econômico e cultural no qual se vive nos dias atuais, determinando a forma como as relações interpessoais e imagéticas do mundo se dão.
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Re: Fórum unidade 3.

por Sara Amancio da Silva -
Eu acredito que sim, é correto afirmar que o capitalismo influenciou profundamente nossas concepções acerca das normas, regras, teorias e visão de mundo. Esse sistema econômico não apenas moldou a estrutura das sociedades modernas, mas também impactou valores culturais, políticos e sociais de várias formas. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o capitalismo acaba exercendo essa influência.
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Re: Fórum unidade 3.

por Rodrigo Bernardino Rodrigues Freire -
Sim, podemos afirmar que o capitalismo teve um impacto significativo em nossas ideias sobre normas, regras, teorias e nossa perspectiva do mundo. O capitalismo, ao longo da história, não só estabeleceu o funcionamento das economias, mas também influenciou o comportamento humano, as instituições e até mesmo a nossa percepção da sociedade. Ademais, o capitalismo promoveu o avanço de teorias econômicas, como a do liberalismo de Adam Smith, que advoga pela liberdade de mercado e a mínima intervenção do estado, além de gerar críticas como o marxismo, que denunciou a opressão da classe operária e a acumulação de riqueza.

O capitalismo promoveu uma sociedade baseada no consumo e no materialismo, na qual o êxito pessoal é frequentemente avaliado pela acumulação de bens e pela habilidade de gerar lucro. A noção de eficiência e produtividade tornou-se crucial na vida das pessoas, afetando a forma como percebemos o tempo e o trabalho. Esta lógica também impacta as interações sociais, que são influenciadas por interesses econômicos, e as instituições, como o Estado, que frequentemente assume a função de regulador do mercado ou tenta balancear o crescimento econômico com políticas de bem-estar social.
Portanto, o capitalismo não só estabeleceu os alicerces econômicos das sociedades, mas também influenciou a cultura, as interações sociais, o sistema legal e a maneira como percebemos o avanço, o trabalho e o êxito. Ele elaborou uma perspectiva focada no mercado, que teve um impacto significativo no comportamento individual e coletivo.
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Re: Fórum unidade 3.

por Carolline Mendonca Bastos -
Boa tarde, professor! Me desculpe o atraso nas aulas.

Creio que definitivamente é correto afirmar que o capitalismo influencia profundamente nossas concepções e visão de mundo. O sistema capitalista, priorizando lucro e a eficiência, molda todas as estruturas sociais, culturais e econômicas. Ele impõe valores como a competitividade, a meritocracia e a busca incessante por inovação, criando uma lógica que permeia tanto as relações de trabalho quanto as instituições sociais. Isso se reflete nas normas e regras que governam a sociedade, muitas das quais estão orientadas pela necessidade de manter o sistema produtivo em funcionamento, como a flexibilização das leis trabalhistas e a valorização do consumo.

A própria ciência e as teorias econômicas e sociais também foram influenciadas pelo capitalismo. O surgimento de escolas de pensamento citadas na aula, como o neoliberalismo, refletem essa influência ao enfatizar a eficiência do mercado como regulador da vida social. Hoje, essa lógica se intensifica com o avanço da tecnologia e a digitalização. Plataformas como TikTok e Instagram, por exemplo, operam sob a lógica capitalista, onde o conteúdo é transformado em produto, e os usuários são consumidores e produtores simultaneamente, incentivados a maximizar seu engajamento para "crescer" nas redes.

Além disso, o avanço da inteligência artificial e o controle de dados pessoais demonstram como o capitalismo molda as normas de privacidade e regulação tecnológica, promovendo um uso cada vez mais exploratório da tecnologia, onde o capital se sobrepõe às questões éticas e sociais. Tudo é pensado para o capitalismo seguir guiando nas nossas vidas, infelizmente.
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Re: Fórum unidade 3.

por Pedro Victor Chiapetta Porto -
Sim, é correto afirmar que o capitalismo influenciou significativamente nossas concepções sobre normas, regras, teorias e visão de mundo.

O capitalismo molda a forma como percebemos o mundo ao construir narrativas que valorizam o individualismo, a competição e o consumo. Através de veículos como a mídia, ele direciona nossas prioridades e escolhas, promovendo uma visão que associa sucesso e felicidade à acumulação de riqueza e ao status social. Isso resulta em um reforço da desigualdade e em uma sociedade altamente competitiva, além de marginalizar outras formas de bem-estar e obscurecer os impactos negativos do consumismo desenfreado.

Além disso, o capitalismo não afeta apenas a economia, mas também influencia a maneira como organizamos o espaço e os recursos naturais. David Harvey sugere que o espaço é uma construção social influenciada pelas relações capitalistas, que priorizam o lucro em detrimento da sustentabilidade. Isso se manifesta em práticas urbanísticas e ambientais que, embora eficientes economicamente, acabam por degradar ecossistemas e marginalizar comunidades. Assim, a lógica capitalista também influencia as normas e regras que governam nossas atividades, muitas vezes em detrimento de práticas ambientalmente sustentáveis.
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Re: Fórum unidade 3.

por Roberta da Conceio Figueiredo -
Sim, temos a influência do capitalismo. Isso em todas as fases da vida, e camadas da sociedade. O capitalismo está ligado diretamente com as relações econômicas, e também causa impacto na globalização e no meio ambiente, podendo sitar principalmente a produção em grande escala, gerando a exploração de recursos naturais, e o aumento da desigualdade social.

A cultura de consumo e posição social, está ligado ao quanto mais eu tenho, mais bem-visto na sociedade eu sou, e a sociedade normaliza ao consumo desenfreado como merecimento, e não por reaumente precisar.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Rayssa Souza da Silva -
O capitalismo tem um impacto significativo em como entendemos normas e regras, especialmente nas áreas de gestão de recursos e urbanismo. Como estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária, percebo essa influência nas relações entre espaço e produção econômica, conforme discutido por David Harvey em "A Produção Capitalista do Espaço". Ele propõe que o espaço social é constantemente moldado por dinâmicas capitalistas, que frequentemente priorizam lucro e eficiência, resultando em exploração de recursos e impactos negativos sobre o meio ambiente. Essa lógica pode gerar desigualdades e comprometer a sustentabilidade. É vital que nós, futuros engenheiros ambientais, reconsideremos essas normas e busquemos alternativas que favoreçam um desenvolvimento harmonioso com o meio ambiente.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Leandro Batista Rocha Antunes -
O capitalismo exerce uma influência profunda em nossas vidas, moldando nossas concepções sobre o mundo, sobre nós mesmos e sobre as relações sociais. É fundamental compreender essa influência para podermos construir um futuro mais justo e equitativo para todos.

Como o capitalismo moldou nossas concepções:

Individualismo e competição: O capitalismo incentiva o individualismo e a competição como motores da inovação e do crescimento econômico. Essa valorização do indivíduo em detrimento do coletivo moldou nossas concepções sobre sucesso, felicidade e realização pessoal.
Materialismo e consumo: O capitalismo associa o bem-estar material à felicidade e ao sucesso, incentivando o consumo como forma de expressão e realização pessoal. Essa visão consumista moldou nossos valores e nossas prioridades.
Racionalidade e eficiência: A lógica capitalista valoriza a racionalidade, a eficiência e a busca por resultados tangíveis. Essa visão se estende para diversas áreas da vida, influenciando nossas relações sociais, nossas decisões e nossa forma de pensar.
Progresso e desenvolvimento: O capitalismo associa progresso ao crescimento econômico e à inovação tecnológica. Essa visão de progresso moldou nossa percepção do tempo e do futuro, incentivando a busca constante por novidades e a obsolescência programada.
Liberdade econômica: O capitalismo defende a liberdade econômica como um direito fundamental. Essa visão influencia nossas concepções sobre o papel do Estado, a regulação dos mercados e a distribuição da riqueza.
Exemplos concretos:

Família: O modelo tradicional de família, baseado em papéis de gênero bem definidos, foi desafiado pelo capitalismo, que incentiva a participação das mulheres no mercado de trabalho e novas formas de organização familiar.
Educação: A educação, cada vez mais, é vista como um investimento para o mercado de trabalho, com foco em habilidades técnicas e na formação de profissionais qualificados para a economia global.
Política: O capitalismo influencia as agendas políticas, com a defesa de políticas que favoreçam o crescimento econômico e a livre iniciativa, muitas vezes em detrimento de questões sociais e ambientais.
Cultura: A cultura popular é moldada pelos interesses do mercado, com a produção de bens culturais que visam o lucro e o consumo em massa.
É importante ressaltar que:

A influência do capitalismo não é homogênea: Ela varia de acordo com o contexto histórico, cultural e social, e pode ser mais ou menos intensa em diferentes sociedades.
O capitalismo não é a única força que molda nossas concepções: Outros fatores, como a religião, a cultura, a política e a história, também exercem uma influência significativa.
É possível criticar e transformar o capitalismo: O capitalismo é um sistema social e econômico em constante evolução, e é possível questionar e transformar suas bases, buscando um modelo mais justo e sustentável.
Em resposta à Leandro Batista Rocha Antunes

Re: Fórum unidade 3.

por Valkiria Santana da Silva -
Boa noite,com certeza o capitalismo influenciou o mundo e continua influenciando,pelo que a pessoa compra,pelas datas festivas,tudo isso reflete na sociedade,e aquele ditado tudo que vai volta,o capital,desde as épocas antigas que comanda o andar das nações,com o capital que as mudanças acontecem,por isso muda a percepção de mundo que temos,apesar de que nem tudo acredito que o capital consiga mudar,mas o tempo talvez,por isso que algumas pessoas também tentam ou acham que podem controlar o tempo e as ações das outras,as mudanças,mas quando as mesmas aceitam, não vejo isso de forma positiva, embora algumas vezes tenha essa intenção e até consiga influenciar de forma positiva,o importante nessa questão é cada um fazer sua parte por uma boa mudança,seja de hábito,escolhas,etc,as postagens dos colegas estão ótimas,com certeza o tempo é precioso.E segundo o professor Eduardo há mudança na percepção de espaço e tempo e de fato podemos observar as mudanças no tempo e espaço e ambiente e por isso precisamos cuidar desse tempo e das nossas ações.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Carla Rodrigues Rocha -
Olá, pessoal!

Sim, é correto afirmar, pois o capitalismo não apenas influencia as normas e regras formais (como as leis e regulamentos), mas também as concepções informais, como a moral, as expectativas sociais e as formas de interação entre indivíduos. Ele é uma força que (infelizmente) molda a visão de mundo, de modo a naturalizar certas práticas e ideias, como a busca incessante pelo lucro, o individualismo e a competitividade.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Júlia Ferreira de Albuquerque -
O capitalismo, como sistema socioeconômico, surgiu e se estabeleceu no Ocidente Europeu e, ao longo de sua trajetória, promoveu mudanças significativas na maneira como percebemos o tempo, o espaço, a natureza e até mesmo as interações sociais e culturais.

De acordo com os textos, a mudança do artesanato para a manufatura e posteriormente para a Revolução Industrial alterou a noção de tempo e espaço. Antes dessas mudanças, o tempo era determinado por ritmos naturais, como o dia e a noite, e o espaço era visto de maneira mais restrita, devido às tecnologias primitivas de transporte e comunicação. Com o advento do capitalismo, particularmente após a Revolução Industrial, o tempo foi padronizado e cronômetro, evidenciado na invenção do relógio de ponteiros. O espaço começou a ser conquistado e dominado, impulsionado pelas grandes viagens marítimas e o avanço de novas tecnologias.

Ademais, a classe burguesa, que emergiu com o capitalismo, também moldou a perspectiva de mundo, impactando normas, regras e comportamentos. A lógica do mercado e da produção em larga escala começou a determinar comportamentos, remodelando o espaço social e temporal e moldando padrões culturais. A gestão do tempo e a técnica se tornaram fundamentais, modificando significativamente a dinâmica laboral e as interações humanas.

Portanto, nota-se que o capitalismo não só impactou a economia, mas também estabeleceu novos padrões de pensamento e comportamento, instaurando uma perspectiva do mundo que espelha a lógica de produtividade, eficiência e controle do espaço e do tempo.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Raquel Gomes de Oliveira -
artigo "Capitalismo, Cidade e Política na Perspectiva de David Harvey" explora as principais ideias e contribuições do geógrafo David Harvey sobre o capitalismo, com foco em três conceitos centrais: rearranjo espacial (spatial fix), novo imperialismo e acumulação mediante despossessão. Harvey é conhecido por sua análise crítica do desenvolvimento desigual do espaço e pela forma como o capitalismo utiliza a urbanização para absorver excedentes de capital e trabalho, transformando as cidades em elementos centrais da dinâmica capitalista.

O conceito de rearranjo espacial refere-se à forma como o espaço é reorganizado para lidar com as crises do capitalismo, enquanto o novo imperialismo aborda as estratégias de expansão e controle geopolítico do capital em nível global. A acumulação mediante despossessão descreve práticas de exploração e expropriação que possibilitam ao capitalismo manter a acumulação de capital.

O texto também destaca como Harvey utiliza a teoria marxista para explicar a relação entre espaço, crises capitalistas e urbanização, com uma abordagem crítica e voltada para a transformação social. Além disso, o artigo discute a importância das cidades como locais de luta social e política, onde as contradições do capitalismo se manifestam de maneira mais visível​
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Maitri Dias Ramos -
"Será correto afirmar que o capitalismo influenciou nossas concepções acerca das normas, regras, teorias e visão de mundo? Como?"

A forma de construção econômica do mundo afeta nossa visão e prática creio em quase totalidade de nossa vida, visto que fomos "construídos" sobre essa forja de metal que permeia nosso pensar. Tomo como exemplo, uma das maiores potenciais mundiais ou a maior - os EUA. Como brasileiros, por vezes, tendemos a idolatrar a cultura americana ou europeia, pois o capitalismo americano sempre nos foi vendido como o ideal. Com a frase que demarca a utopia do que seria o esforço para alcançar o sucesso - "time is money", ou em português - "Trabalhe enquanto eles dormem", o ócio sendo demonizado como cita em seu artigo " Ócio, lazer e tempo livre na sociedade do consumo e do trabalho", Cássio Aquino e José Martins: "No entanto, neste tempo que poderia ser um tempo voltado para o ócio mais verdadeiro, o consumismo termina por deteriorá-lo, mercantilizá-lo, coisificando-o e empobrecendo-o de significados."
Com isso, o capitalismo nos direciona ao pensamento, ação, regras e visões do mundo, para que alcancemos o ideal capital.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Luciano da Rocha Silva Filho -
O capitalismo transforma a nossa visão de mundo, transformando as relações sociais em mercantis e naturalizando a desigualdade. Ele da prioridade eficiência, produtividade e lucro, reforçado pela ideologia neoliberal.

É extremamente necessário questionar essa influência para construir uma sociedade mais justa e equitativa, onde valores humanos sejam priorizados sobre o lucro.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Edson Regis Silva -
Vale salientar que o capitalismo tem toda uma estrutura de social que nos faz pensar de forma capitalista, e com isso nossa visão de mundo fica a toque da estrutura social. Hoje vivemos numa sociedade onde se paga para nascer e paga para morrer, ou seja, seu ciclo de vida gira em torno de objetificações do capital e seu consumo, ao nascer somos condicionados a escolher um time de futebol, uma cor preferida, um brinquedo legal e seu sexo define qual cor vc vai usar, com isso a logica do capital está trabalhando para lhe condicionar. Já em sua morte, temos que pagar o caixão, o velório, a coroa de flores e a estadia no chão do cemitério, então ou passamos o resto da vida pagando um plano funeral ou gastamos uma fortuna; ai está a maior comprovação da logica do capitalismo, gastamos dinheiro até nos momentos que não estamos lúcidos.

A logica do capital é do enriquecimento das classes dominantes, elite, atreveis da exploração da classe trabalhadora, e isso vem acontecendo deste 1500 quando os portugueses chegaram aqui, a elite capitalista e burguesa que hoje acumula riqueza, tem seu gêneses no trafico de escravizados e na exploração de matéria prima. E temos hoje uma elite conhecida pelo seu atraso, pois ainda tem uma mente escravagista.

Por fim, o capitalismo se utiliza do consumo intenso e com o mecanismo de exclusão social, no que tange a filosofia do capitalismo só valemos a parti de nossas propriedades privadas e o poder de acumulo, e assim vivamos com o constante anseio de conquistar, sendo isso que nos empobrece mais, por que a logica é trabalhamos mais pra ter ou roubamos pra ter, sendo que nos dois modelos numa sociedade extremamente segregacionista nunca a classe trabalhadora chegara na elite, ou seja, se trabalhamos mais enriquecemos o padrão e se roubamos somos privados de liberdade. A logica sempre é contra as classes de baixo.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Maria Vitoria de Oliveira Mello -
Olá professor e turma, o capitalismo e toda sua lógica moldou a sociedade atual de forma visível, em tudo há influência do capitalismo, desde a forma que nos relacionamos, nos portamos e como queremos nos apresentar diante da sociedade. Toda lógica de produção e produtividade definem os objetivos de grande parte da sociedade todos os dias, nossos sonhos são baseados no que o Capitalismo pode nos proporcionar e, a partir disso, moldamos toda nossa rotina, formando uma cultura que gira em torno do capital e todas suas imposições ocultas. Dito isso, como estudado ao longo do nosso curso, conscientemente ou não, todos vivem uma vida e criam suas expectativas com base em modelo idealizado pelo capitalismo.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Roana Maria Medeiros de Gusmao -
Acredito que o capitalismo influencia todas as nossas concepções de mundo. É inegável a força e a capacidade de influenciar deste modelo econômico.

Os textos lidos nesta disciplina só reafirmam nossas experiência diárias com o capitalismo, o quanto sua presença é marcante e profunda em nosso sociedade. 

A maneira como ele modificou as formas de produção, a forma da sociedade se organizar, o abandono do feudalismo, a criação dos Estados, como impulsionou a expansão de mercados e a exploração colonial, sempre tendo como meta principal a maior acumulação possível de capital. Isso impactou e ainda impacta diretamente nossa vida em sociedade. 

Como estudante de Economia, a temática do capitalismo está sempre presente nas matérias. Mas a gente tambem aprende que o capitalismo tem varios tentaculos, ele não está apenas presente na economia, ele permeia todas nossas formas possíveis, como financeira, política, social.

Como a ideia base do capitalista está voltada para acumulação, o foco é sempre buscar formas de aumentar a produção ao máximo, reduzir os custos ao mínimo e reinvestir o capital. Assim justificando a busca desenfreada de novos mercados e consumidores para escoar a produção. Não se produz de acordo com a demanda, mas fazem com que a demanda acompanhe a produção.

Essa busca pela maximização dos lucros afeta nossa vida em sociedade e como nos portamos nela, parece que estamos sempre numa corrida sem fim, onde a linha de chegada nunca chega. Sempre queremos mais, continuamos produzindo mais, como se não houvesse um limite.


Nos textos é relatado como modifica a forma como percebemos o tempo, o tempo passa a ser fundamental para produção e com essa modificação como alterou a relação das pessoas com o trabalho e com tempo livre e o ócio.
Em resposta à Roana Maria Medeiros de Gusmao

Re: Fórum unidade 3.

por Maria Landa Ruiz Lopes -
Sim, pode-se afirmar que o capitalismo influencia profundamente nossas concepções sobre normas, regras e perspectiva de mundo. Esse sistema econômico molda as estruturas sociais, políticas e a forma como percebemos o meio ambiente. A cultura de consumo, leva a diversos desperdícios, produções excessivas de demandas sazonais, priorizando o maior lucro e menor custo de produção em detrimento dos recursos naturais e seus limites (são esgotáveis).
A busca por lucros imediatos muitas vezes se traduz em regulamentações que não consideram a conservação ou o bem-estar das comunidades. Isso é particularmente evidente em setores como a mineração e a agricultura intensiva, onde práticas insustentáveis podem ser legalizadas em nome do capital. Neste regime, exalta-se o individualismo e a propriedade privada, levando a uma visão que prioriza o crescimento econômico e a acumulação de bens.
Na área de Engenharia Ambiental e Sanitária, a influência do capitalismo sob a gestão de recursos hídricos, a poluição e o planejamento urbano deve ser analisada. A formação nesta área permite uma avaliação crítica dos impactos ambientais das atividades econômicas e nos deixa o desafio de equilibrar o crescimento econômico com a preservação ambiental, buscando soluções que considerem tanto a viabilidade econômica quanto a sustentabilidade.
Os engenheiros Ambientais devem empenhar-se para redefinir normas e práticas dentro do capitalismo. Isso envolve implementar tecnologias renováveis, economia circular e políticas públicas sustentáveis. Essa reflexão é vital para estruturar o alinhamento entre desenvolvimento econômico, conservação dos recursos naturais e melhoria da qualidade de vida das comunidades .
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Analide Araujo Barros -
Sim, é correto afirmar que o capitalismo influenciou nossas concepções sobre normas, regras, teorias e principalmente sobre a nossa visão de mundo.

O capitalismo dá ênfase ao lucro e a acumulação de capital, que por sua vez tem o poder de influenciar a sociedade, uma vez que em uma sociedade capitalista o “sucesso” seria calculado através da capacidade de acúmulo de riquezas e capacidade de produção, além disso influencia na forma com que as teorias de relações internacionais se desenvolvem no mundo, de forma com que muitos conceitos na teoria econômica e na teoria política tem seus pressupostos no capitalismo, como a ideia de comércio e capital.

Ainda na economia podemos citar a criação de normas como a livre concorrência, conceito fundamental para o capitalismo, moldando assim a visão de que o mercado atuasse como uma forma natural para organizado do mundo.

Além de que o capitalismo foi capaz de revolucionar as questões de cultura, com a promoção de certos estilos de vida graças a revolução tecnológica, a qual permite a disseminação de informações rápidas em todo o mundo.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Stephen de Sousa da Silva -
Tempo livre do quê?
Calafrio, como um curta retratando o avanço de um derramamento de petróleo nos oceanos, a descrição do processo de transição do trabalho do artesão para a nossa atual forma da configuração de produção. Não seria a primeira vez que me debruço sobre o tema da alienação do trabalho para o proletariado, mas certamente nunca me foi desenhado em linhas tão naturais; como o ciclo de vida de um organismo parasitóide, natural, ainda assim extremamente insidioso para o hospedeiro. Muito além do que poderíamos chamar de influência, o capitalismo parece redigir a própria realidade material das pessoas que estão inseridas sob esse modelo. Uma propriedade holística do capitalismo nesse contexto, para fora da alienação e sequelas causadas pelos seus componentes individuais, seria o domínio sob a forma de investigar a realidade; seja na realização, escolha e de como é ou se vai ser investigado. Os parâmetros utilizados cada vez dentro de da mesma ótica dos mercadores, sendo tentativas de melhorar o processo cada vez mais alinhadas à necessidade de atender as mesmas demandas que nos levaram a parar em balcões de produção.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Anna Clara Ferreira dos Santos -
Sim, o capitalismo influenciou profundamente nossas concepções sobre normas, regras, teorias e visão de mundo. Esse sistema econômico não se limita à organização da produção, mas também molda valores culturais, relações sociais e a percepção do indivíduo.
Normas e regras sociais: No capitalismo, normas como produtividade, competitividade e individualismo tornam-se centrais. A meritocracia, por exemplo, justifica as desigualdades ao associar sucesso a esforço individual, independentemente das condições sociais desiguais.
Teorias econômicas e sociais: O capitalismo fundamenta teorias como o liberalismo, que defendem a liberdade de mercado e a propriedade privada, além de influenciar críticas teóricas, como o marxismo, que aponta as contradições e injustiças do sistema.
Visão de mundo: O capitalismo promove uma visão centrada no individualismo e no consumo, onde a felicidade e o sucesso são frequentemente medidos pela aquisição de bens materiais. Isso também gera uma concepção globalizada do mundo, onde a mobilidade de capitais e a homogeneização cultural dominam.
Relações de trabalho e vida social: O sistema capitalista transforma as relações de trabalho, promovendo a divisão entre trabalho assalariado e lazer, e impondo a ideia de produtividade constante, o que afeta as dinâmicas familiares e sociais.
Em resumo, o capitalismo influencia não só a economia, mas também as estruturas sociais, a cultura e as visões de mundo, criando uma sociedade em que a busca pelo lucro e a eficiência moldam praticamente todos os aspectos da vida cotidiana.
Em resposta à Eduardo Pimentel

Re: Fórum unidade 3.

por Douglas Moura Araujo -
Sim, o capitalismo influenciou e influencia a sociedade e sua estrutura. O desenvolvimento capitalista consolidou a organização do tempo e a estruturação da sociedade em torno do trabalho e da produtividade, redefinindo valores e normas sociais. Antes da Revolução Industrial, o trabalho e as pessoas seguiam o fluxo natural do tempo, guiados pelo dia, a noite e as estações do ano. Após a industrialização, houve uma nova relação com o tempo e espaço, moldada pela sincronização das atividades econômicas.
Além disso, o capitalismo também influenciou as regras sociais e culturais ao priorizar o trabalho e o capital como centro da vida. Conceito de tempo livre e lazer ganhou nova forma, tornando-se um tempo de recuperação para que o indivíduo pudesse retornar ao trabalho com mais energia. Assim, o lazer foi associado ao consumo e, muitas vezes, moldado pelo próprio mercado, que define como e onde as pessoas devem gastar seu tempo e dinheiro, reforçando a lógica de produtividade também no tempo de descanso.
Por fim, o capitalismo trouxe uma nova percepção de espaço, marcado pela expansão e pelo desejo de controle e domínio sobre territórios e mercados. As navegações e, posteriormente, as indústrias, passaram a modificar os limites e usos dos espaços naturais e urbanos, onde a acumulação de capital e propriedade privada estruturaram as relações sociais e moldaram as regras de convivência e propriedade