Os meios de comunicação de massa, como a televisão, o rádio, a Internet e as redes sociais, desempenham um papel crucial na evolução da linguagem. Estas plataformas contribuem para as nossas expressões, girias e estruturas linguísticas que, quando utilizadas e reproduzidas, acaba que utilizamos no nosso cotidiano. Por exemplo, expressões populares de novelas, memes virais ou linguagens específicas de aplicativos de mensagens influenciam a forma como as pessoas se comunicam, muitas vezes simplificando estruturas ou favorecendo o uso de abreviaturas. Além disso, os meios de comunicação contribuem para a padronização das normas linguísticas, permitindo a difusão da variedade regional ou cultural. Esta interação constante entre norma e diversidade leva a mudanças constantes na linguagem.
Já José Saramago, afirma que a escrita “ilumina o nosso discurso”, e fala que a linguagem impacta a escrita na construção e organização dos nossos pensamento. Além disse, ele aborda que escrever não é apenas um reflexo da fala, mas também uma ferramenta que molda a forma como estruturamos ideias, raciocínios e histórias. Com isso, ao escrever, devemos organizar o discurso de forma lógica e coerente, pensando na escolha das palavras, nas construções gramaticais e na clareza da mensagem. Essa prática, também afeta a nossa oralidade, à medida que internalizamos essas estruturas e passamos a aplicá-las, mesmo que inconscientemente, em nossas interações verbais.
Para Saramago, escrever não é apenas uma forma de comunicação, mas um processo que transforma a nossa forma de pensar e de expressar o mundo, ampliando a complexidade e profundidade do nosso discurso.