Será que as características e aplicações dos ambientes de aprendizagem pessoal (PLE) podem gerar situações inovadoras para a educação a distância, rompendo com essa centralização pensada por George Siemens?
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Maria Fernanda Moreira do Nascimento -Re: E você, o que pensa a respeito?
por Layana Louise Carneiro Canuto -Re: E você, o que pensa a respeito?
por Wania Clemente -Abraços, prof. Wânia Clemente
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Wania Clemente -Olá, Maria Fernanda, correlação pertinente. Creio que podemos dizer que possíveis cenários de aprendizagem - ora plataforma Moodle ora PLE - são ‘espaços’ de criação de conteúdo, tanto individual quanto em grupo, e de 'conexão' com pessoas (professores, companheiros de classe e outras pessoas). Isto posto, não são excludentes, mas se concentram em uma nova cultura de aprendizado onde o aluno transita entre ambos os ambientes, seja Moodle (AVA) ou PLE, atravessando fronteiras digitais num ciclo recursivo de ações em busca de informações, compartilhamento de saberes e também na construção de uma inteligência coletiva e cognitiva.
Enfatizo que por ser pessoal, o PLE tem como objetivo principal facilitar o aprendizado de uma maneira' informal' não dirigida. A sua construção começa na relação com os outros e se aperfeiçoa na medida em que o indivíduo se torna mais consciente de suas necessidades e interesses de aprender alguma coisa, “ aproximando mais aqueles que aprendem daqueles que ensinam; porque, no final das contas, o sucesso dessas plataformas se dá, majoritariamente, quando o professor conhece seus alunos e vice-versa.” (Maria Fernanda).
A respeito da participação docente na “implementação de um PLE”, vejo como uma oportunidade de inovação na forma de atuar do profissional de ensino, desde que ambos construam e mantenham cada um o próprio ambiente pessoal de aprendizagem (APA/PLE). Acredito que tal experiência será bem maior do que uma 'orientação', mas disparadora de novos conceitos, pesquisas, informações até então desconhecidos por ambos (docente e estudante).
Por fim, creio que podemos dizer que esses cenários de aprendizagem (REAs | Moodle| PLE) são espaços e processos de criação de conteúdo, tanto individual quanto em grupo, e de conexão com outras pessoas como foi proposto aqui nessa aula, no fórum Crowdlearning.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Layana Louise Carneiro Canuto -Re: E você, o que pensa a respeito?
por Wania Clemente -A meu ver os ambientes virtuais (Moodle | PLE) não são excludentes, transitam entre a fronteira do formal e informal, e podem ser complementares.
Para Siemens, um PLE é uma "ferramenta conceitual", um instrumento de reflexão que permite ao indivíduo tomar consciência da gestão da informação pessoal e do próprio processo de aprendizagem. Ele argumenta que as pessoas com quem mais aprendemos são, na maioria das vezes, com quem nos relacionamos de outras formas, ou seja, não necessariamente daqueles que estão mais próximos. Isto é, costumamos aprender mais com nossas redes de contatos do que, por exemplo, com nossos colegas de sala de aula presencial. Dessa forma, o local físico (plataforma) não seria decisivo para a aprendizagem.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Olá, Melca. Precisamos passar a explorar outros territórios de aprendizagem informal e autodidata, transitando fora das rotas dos recursos educativos formais, sejam em sala de aula ou por meio de uma plataforma como AVA.
Abs, prof. Wânia Clemente
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Andr Luiz Brito Silva Ferreira -A quebra dessa centralidade permite ao aluno demonstrar que não é somente uma tábula rasa, mas que ele também possui conhecimentos e processos de aprendizagem que já vêm anteriores ao ambiente formal escolar. Numa educação mais centralizadora, esses saberes prévios podem acabar sendo limitados, já que muitas vezes não se encaixam na lógica do saber escolar; no entanto, através dos PLEs, os saberes práticos e os saberes escolares podem ser relacionados, gerando uma expansão do limite e da forma de aprendizado.
Consequentemente, como já foi dito neste fórum, isto cria uma maior autonomia pra o estudante, onde ele se pode vir a se tornar o principal protagonista de sua própria aprendizagem, o que permite uma maior troca de conhecimentos com seus professores e colegas de classe.
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Wania Clemente -Esses ‘entornos pessoais de aprendizagem’ permitem que o sujeito seja 'agente' do próprio conhecimento e trazem uma palavra muito importante para os estudos de ensino-aprendizagem hoje em dia: "agenciamento", que está ligada diretamente com "autonomia" do indivíduo perante o seu processo de ensino-aprendizagem.
Cada aluno “age” de forma autônoma e ao interagir constitui conhecimentos e valores, ora Moodle ora PLE, e dessa maneira vai modelando, de forma plástica, o ambiente de aprendizagem de acordo com as interações recorrentes: ação-reação-interação-ação.
Estou convencida de que precisamos passar a 'explorar e descobrir' outros territórios de aprendizagem informal, transitando fora das rotas dos recursos educativos formais. Decisivamente, o espaço formal de ensino universitário precisa ser repensado e ressignificado, com o intuito de proporcionar, por exemplo, novas possibilidades a um curso de graduação mais aberto, dinâmico, flexível e com acesso à tecnologia de última geração, que resulte em experiências acadêmicas inovadoras para os estudantes, seja em salas de aulas presencial, à distância ou remota.
Pensando bem, a questão do PLE é um ponto de virada e pode ser um nó de confluência de práticas relacionadas ao ‘aprendizado com a tecnologia’, acho que essa é a perspectiva, não é mesmo?
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Ana Carolina Longo Alves da Costa -Re: E você, o que pensa a respeito?
por Wania Clemente -Enfim, considero que o PLE é como um andaime, que o indivíduo constrói para ampliar sua aprendizagem. A gestão e o desenvolvimento do Ambiente Pessoal de Aprendizagem (PLE) pode ser uma resposta ao desafio de novas aprendizagens ao longo da vida, "democratizando e estreitando os laços entre professor e aluno." (Ana).
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Na educação a distância, os PLE podem trazer as interações parecidas como se fossem presencialmente.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Essa abordagem permite que o estudante busque, selecione e organize conteúdos relevantes em diferentes fontes e formatos, integrando experiências formais e informais de aprendizado. No tocante à diversidade de fontes de obtenção de conhecimento, considero isso muito importante, pois torna a experiência de aprendizado mais dinâmica e menos "maçante". Se estivermos cansado de ler um texto, podemos ver um vídeo. Se não estivermos afim de ver um vídeo, podemos acessar um fórum, ou um jogo educativo.
Além disso, o PLE facilita a criação de redes de aprendizado e comunidades colaborativas, onde nós, estudantes, compartilhamos descobertas, produzimos conteúdos e construímos ideias juntos, expandindo o conhecimento de maneira natural, orgânica e dinâmica. Em um mundo onde o conhecimento está em constante mudança, o PLE é uma resposta à necessidade de ambientes de aprendizado mais abertos, ágeis e adaptáveis às demandas individuais, rompendo com as limitações de modelos educativos centralizados, como previa Siemens.
Olá, Matheus. Como disse a Maria Fernanda, cenários de aprendizagem - ora plataforma Moodle ora PLE - são ‘espaços’ de criação de conteúdo, tanto individual quanto em grupo, e de 'conexão' com pessoas (professores, companheiros de classe e outras pessoas). Por isso, não são excludentes, mas focam em uma nova cultura de aprendizagem na qual o estudante transita por ambos espaços, ora Moodle, ora PLE rompendo fronteiras digitais num ‘leva e traz’ recursivo de ações por informações e troca de conhecimentos.
Diferentemente das plataformas digitais (Moodle, por exemplo), onde o conteúdo é hospedado pelo docente (ou pela instituição) e consumido, de forma compulsória, pelos alunos, os PLEs permitem que esses conteúdos possam ser cocriados por alunos e professores, em um processo de construção do conhecimento de forma colaborativa.
Enquanto o aluno é obrigado a seguir trilhas de aprendizagem, por mais interativas que sejam, no PLE o estudante segue seu próprio fluxo de aprendizagem com base no que armazena/salva em suas pastas na nuvem. Ao finalizar uma disciplina/um curso o estudante não terá mais acesso ao conteúdo disponível na plataforma, mas por outro lado, no PLE, como as informações pertencem aos estudantes, eles as levam consigo para qualquer outra experiência. É neste sentido que George Siemens considera a plataforma de ensino aprendizagem online limitada. Para ele nossa capacidade de aprender o que precisamos para amanhã é mais importante do que aquilo que conhecemos hoje. “Em um mundo conectado em rede o foco também está no valor do que está sendo aprendido e não somente no processo de aprendizagem, pois agora a quantidade de informações disponíveis são infinitas e aumentam todos os dias, esmagando nossa capacidade de lidar com todas elas e filtrar o que for relevante.”.
O ponto central do conceito de PLE é a ideia de ambiente digital de aprendizagem informal, o que nos facilita e nos permite aprender com os outros a qualquer hora. Logo, é fundamental compreender o conceito de PLE como um novo paradigma de ‘organização da aprendizagem’, uma organização que faz uso ‘intencional’ de processos de aprendizagem em nível individual e de grupo em igual medida, pois “em um mundo onde o conhecimento está em constante mudança, o PLE é uma resposta à necessidade de ambientes de aprendizado mais abertos, ágeis e adaptáveis às demandas individuais, rompendo com as limitações de modelos educativos centralizados, como previa Siemens.” (Matheus Prado).
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Olá, Patrícia. Esclareço que o mais importante de um PLE são as ‘pessoas’ com quem interagimos e nos comunicamos regularmente e, portanto, as ‘ferramentas’ que nos facilitam pesquisar, encontrar e ‘conectar’ com essas pessoas. É uma outra forma de estudar ‘junto virtualmente’: sem matriz curricular ou limitação física ou geográfica.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Aproveito a chance para enfatizar que o PLE provocará uma ruptura e o surgimento de um novo paradigma de ensino e trabalho a distância. O ponto central do conceito de PLE é a ideia de ambiente digital informal, o que nos facilita e nos permite aprender com os outros a qualquer hora. Logo, é fundamental compreender o conceito de PLE como um novo paradigma de ‘organização da aprendizagem’, uma organização que faz uso intencional de processos de aprendizagem em nível individual e de grupo.
O PLE é algo mais, é aquilo que o indivíduo constrói para ampliar sua aprendizagem. O estudante está no centro da sua rede pessoal de aprendizagem, gerenciando e direcionando a melhor forma como constrói know-how e expertise.
A Internet/Rede de computadores é a descentralização das conexões e talvez tenha chegado o momento de ‘quebrar o estigma’ de que o trabalho/ensino à distância é de ‘qualidade inferior’ quando comparado ao modelo presencial, você não acha?
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Aprender na/pela Internet é uma atividade tão desafiante quanto aprender em outros contextos e, portanto, também é possível estabelecer conexões para conversar, trocar informações, constituir conhecimentos com outras pessoas que tenham interesses semelhantes, em qualquer lugar e a qualquer momento.
O ponto-chave do conceito de PLE é a ideia de ambiente, contexto, lugar, o que nos facilita e nos permite aprender com os outros e hoje esse ambiente ou lugar - talvez seja 100% - digital, por meio do PLE.
Nesta direção, é possível dizer que pode haver tantos PLE quanto pessoas, e as redes sociais desempenham um papel importante nesse desenvolvimento, pois determinam nós e conexões que nos permitem continuar aprendendo. De mais a mais, “é uma excelente maneira de atender às necessidades de alunos com acesso limitado à internet”, (...) ao mesmo tempo em que cria um ambiente mais inclusivo e acessível. “(Felipe).
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Olá, Gustavo! Para mim o PLE- Personal Learning Environment – (Entorno Pessoal de Aprendizagem) pode acabar proporcionando os mesmos objetivos de aprendizagem, porém com maior liberdade. Podemos continuar desfrutando de nossa estrutura e planejamento, mas agora viajando fora das rotas de recursos educacionais formais para a partir do PLE - o PLE do estudante e o PLE do docente - explorar outros territórios de aprendizado informal e autodidata.
Graças à ‘conectividade’ das tecnologias digitais é possível construir e compartilhar socialmente o conhecimento por meio de ambientes mais dinâmicos que transcendem o limite/o espaço.
A construção do PLE passa por todo um conjunto de situações de todos os tipos, leva em consideração experiências e habilidades e se aperfeiçoa à medida que o indivíduo se torna mais consciente de suas necessidades, seus interesses e desejos. Estou certa que você construiu o próprio PLE no decorrer do semestre.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Oi, Gabryella! Compreendo o contexto e estou de acordo com a sua abordagem. Na verdade, os Ambientes de Aprendizagem Pessoal (PLEs) podem, de fato, ser muito úteis para alunos com dificuldades de concentração, atenção e foco.
Os PLEs oferecem uma personalização e flexibilidade que podem ser adaptadas para atender às necessidades específicas de aprendizagem desses estudantes, favorecendo um ambiente didático mais individualizado e adaptativo.
Uma das principais características dos PLEs é a possibilidade de o aluno controlar o ritmo do seu aprendizado. Isso é particularmente benéfico para alunos com dificuldades de concentração, já que eles podem pausar, revisar conteúdos conforme necessário, sem a pressão de seguir um cronograma rígido. Assim como estabelecer um ritmo de estudo mais lento ou mais rápido de acordo com suas capacidades de atenção em diferentes momentos ou até optar por dividir a aprendizagem em sessões mais curtas, com intervalos mais frequentes.
Por outra perspectiva, os ambientes virtuais de aprendizagem, quando bem projetados, também são capazes de minimizar distrações do ambiente físico, proporcionando um espaço mais controlado e focado para o aluno com dificuldades de concentração. Podem incluir também ferramentas de feedback imediato e monitoramento contínuo que ajudam a guiar o aluno no caminho adequado, o que pode ser crucial para alunos com problemas de atenção. E você, Gabryella, o que pensa a respeito?
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Além disso, os PLEs incentivam a aprendizagem conectiva, onde os estudantes podem se conectar com diversas fontes de informação e comunidades de prática, promovendo uma aprendizagem mais rica e diversificada. Dessa forma, essa abordagem pode, de fato, gerar situações inovadoras na educação a distância, rompendo com a centralização e permitindo uma aprendizagem mais personalizada e exploratória.
Isso quebra a centralização tradicional do conhecimento e do controle por parte de instituições ou plataformas, pois coloca o aluno no centro do processo, permitindo maior autonomia, personalização e flexibilidade. Dessa forma, as PLEs podem promover inovações como:
1. Aprendizagem auto-direcionada: O aluno é o principal agente do seu processo de aprendizagem, escolhendo recursos e criando suas próprias redes de conhecimento.
2. Integração de diversas ferramentas: Em vez de depender de uma plataforma única, o aluno pode combinar diferentes ferramentas e fontes de aprendizagem, como redes sociais, blogs, fóruns, vídeos e cursos online.
3. Colaboração em rede: Os PLEs facilitam a formação de redes de aprendizagem colaborativas, onde os alunos podem compartilhar conhecimento e experiências com outros, criando um ambiente mais dinâmico e descentralizado.
Esses fatores contribuem para uma abordagem mais inovadora e flexível da educação a distância, onde o controle é compartilhado entre aluno e sistema, o que pode resultar em novas formas de aprender e ensinar.
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Laura Beatriz Oliveira Balbueno -Em meu entendimento, de fato, os PLEs podem inovar e dar mais autonomia aos alunos, pois oferecem a possibilidade de personalização de todo o processo e isso favorece uma educação colaborativa e, sobretudo no pós pandemia, precisamos passar a explorar outros territórios que dão a possibilidade de ensino e aprendizagem aos educandos.
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Gabriel Sabino de Almeida Fagundes -Re: E você, o que pensa a respeito?
por Maria Vitoria Moreira Frauches -Ao invés de seguir um caminho fixo imposto por uma instituição ou plataforma, o aluno pode construir seu próprio ambiente de aprendizagem, utilizando redes sociais, blogs, podcasts, e diversas outras fontes de conhecimento. Isso acaba gerando uma experiência mais dinâmica, onde o aprendizado é contínuo e ocorre em diferentes contextos. Acho que essa liberdade pode incentivar mais inovação na EAD, porque o aluno se torna o centro do processo, em vez de ser apenas um receptor de conteúdo.
Assim, a educação a distância pode se tornar mais colaborativa e menos dependente de um formato rígido e centralizado, o que, na minha opinião, transforma a forma como aprendemos e nos conectamos com o conhecimento.
Por exemplo, um aprendiz de idiomas pode utilizar aplicativos como Duolingo, participar de grupos em redes sociais e assistir a vídeos online. Assim, os PLEs promovem um aprendizado mais flexível e personalizado, adaptado às necessidades e interesses individuais, tornando a educação a distância mais dinâmica e interativa.
Oi, Laura! Estou convencida de que precisamos passar a 'explorar e descobrir' outros territórios de aprendizagem informal e autodidata, transitando fora das rotas dos recursos de ensino-aprendizagem formais.
No contexto formal, os ambientes virtuais também são frequentemente utilizados como extensões do ensino tradicional. Por exemplo, muitos docentes de ensino superior usam ambientes virtuais para estender a prática de sala de aula e complementar as aulas presenciais, disponibilizando materiais de leitura, fóruns de discussão, atividades e avaliações.
Os ambientes digitais (blogs, Apps, Insta, TIKtok, entre outros) são amplamente utilizados para aprendizagem informal, onde o aluno tem maior liberdade para explorar conteúdos fora de uma estrutura formal de ensino.
Os PLEs permitem que o estudante busque conteúdos alinhados aos seus próprios interesses, exatamente como exemplificado por você: “abrir o Google para procurar”, buscar outras informações a partir da curiosidade, da utilidade, da relevância e/ou do seu interesse. O sujeito da aprendizagem tem mais liberdade para explorar temas que são relevantes para sua vida acadêmica, profissional ou pessoal, criando uma experiência mais engajante e motivadora. Enfim, os ambientes digitais não são excludentes, transitam entre a fronteira do formal e informal.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Olá, Suelen! Você apresentou argumentos válidos. Penso que essas plataformas não tendem a limitar a aprendizagem construtiva do estudante, muito pelo contrário, “(...) quando bem utilizadas pelos docentes e bem exploradas pelos estudantes, essas ferramentas podem agregar um valor significativo no processo de ensino-aprendizagem.” (Suelen).
Mas sob outra perspectiva, “as redes sociais também podem exercer um papel importante para a disseminação de conteúdos acadêmicos tendo em vista que elas fazem parte do cotidiano das pessoas”. (Suelen). Limitar o espaço de aprendizagem a este tipo de plataforma é deixar de explorar ambientes que permitem uma junção de informações de interesse e relevância para os estudantes com o aprendizado, é inviabilizar que cada aluno faça a sua própria organização, que é ‘diferente’, única’, ‘pessoal’ e com ‘significado exclusivo’ para ele.
Você está absolutamente certa em perceber que, mesmo com a crescente influência da tecnologia e a multiplicação das fontes e formas de aprendizado, ainda há uma resistência significativa por parte de muitos profissionais da educação. Esse fenômeno pode ser atribuído a uma série de fatores históricos, culturais, e pedagógicos, e compreendê-los é fundamental para pensar em como podemos superar essas barreiras.
Embora o cenário esteja mudando, a resistência fora dos ambientes formais de ensino, a transição completa para um modelo de aprendizagem mais flexível e autônoma requer uma mudança gradual nas práticas pedagógicas, na formação/capacitação dos professores.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Olá, Luiza! Os PLEs são precisamente aqueles que procuram responder a estas necessidades e interesses de construção conjunta de aprendizagem ao longo da vida.
Um ambiente de aprendizagem colaborativa responde a um contexto social e cultural em que se definem “como aprendemos” e “onde aprendemos”. Nesta direção, podemos afirmar também que a aprendizagem - em ambientes colaborativos e cooperativos - busca promover o desenvolvimento de competências individuais e grupais baseadas na interação e comunicação entre os estudantes e também docentes.
Eu me pergunto: como então podemos nos envolver com a aprendizagem de nossos alunos? Penso que um caminho possível seria pensar em ambientes de aprendizagem colaborativa, em que o professor esteja a uma “distância certa”, justa, nem demasiado perto para lhe tirar a autonomia, nem demasiado longe para lhe tirar o apoio.
Um abraço, pro. Wânia Clemente
Achei bem interessante o uso do conceito de "crowd" durante a aula da semana, pois no curso de história eu tive a oportunidade de aprender sobre o conceito de "multidão", onde a multidão estaria formada por diversos indivíduos com características singulares, mas que em conjunto produziriam o conhecimento - que seria aberto e não patenteado -, o comum, a partir da relação entre as suas subjetividades. E esse rompimento da centralização, a partir dos ambientes de aprendizagem pessoal (PLE), pensada por Siemens, favoreceria o agir dessa multidão, dessa chamada "crowd".
Olá, Thiago! Que sacada interessante: ruptura da centralização.
Em contraste, os PLEs desafiam essa centralização ao permitir que o aluno tenha um controle maior sobre o que, como e com quem ele aprende e constrói conhecimentos e valores.
Excelente correspondência a respeito do conceito de “multidão”, principalmente se focarmos nos PLEs para o desenvolvimento de práticas colaborativas de produção de conhecimento “aberto e não patenteado”. (Thiago).
Um aluno com um PLE desenvolvido e enriquecido tem a possibilidade não só de aprender com os outros, mas também de outros aprenderem com ele, e isso implica uma série de competências e estratégias que devem ser postas em ação. Para um aluno, tornar explícito, desenvolver e gerir eficientemente o seu PLE não é apenas uma imensa possibilidade, mas um profundo compromisso com a sua própria aprendizagem e com a de outras pessoas com quem interage através do seu PLE.
Ao utilizar ativa e intensamente os seus PLEs, os alunos devem compreender que hoje não só consomem informação, mas também podem criá-la e refletir sobre ela em comunidade (como ocorreu no fórum crowdlearning).
Siemens propõe a ‘conectividade’ como aspecto fundamental na constituição de conhecimentos. Para ele, o conhecimento pessoal é composto por uma rede alimentada pela interação com outros (instituições, outras redes, organizações, outros indivíduos...), que precisamente se retroalimentam dessa rede, produzindo novas aprendizagens, em um processo infinito de ação-interação-ação.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Assim, PLEs promovem um ensino mais centrado no aluno, adaptável e dinâmico, o que é particularmente útil em contextos de ensino a distância, onde a personalização e o engajamento são essenciais.
Oi, Aloyse! Eu também acredito que os PLEs impactam o ensino na modalidade à distância e, sobretudo, na presencial. O termo PLE entrou na moda há aproximadamente 10 anos, coincidindo com a generalização das redes sociais e a expansão dos serviços sociais na web. Também, claro, pela explosão de dados, informações e conhecimento provocada pela Internet e pela transformação digital. Inicialmente estavam relacionados a temas como Gestão do Conhecimento Pessoal. Atualmente, ligados ao conceito de PLE, encontramos temas como a integração da aprendizagem formal, não formal e informal; a utilização da Internet e das redes sociais para aprender ou para trabalhar.
Em resumo, estamos sujeitos a processos de mudanças importantes e é preciso nos adaptar. Ainda que os PLEs possam promover um ensino mais centrado no aluno, para desenvolver um ‘sistema de aprendizagem pessoal’ devemos compreender que embora partamos da nossa construção, esta depende totalmente das relações com todas as pessoas que de uma forma ou de outra influenciam o nosso desenvolvimento e não apenas dos meios e recursos. O PLE é uma nova forma de aprender; uma nova abordagem sobre como podemos aprender em várias situações e múltiplos contextos.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Vanessa Alves Pedro Marcelino -Já George Siemens se direciona por uma vertente contrária, onde o ambiente de aprendizagem possui um instrutor ou alguém responsável pela liderança desse processo, onde também seria necessário a distribuição de conhecimento através das redes.
Eu acredito que os ambientes de aprendizagem pessoal (PLE) estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia, devido a sua flexibilidade e praticidade que o estudante tem ao seu alcance do momento de aprendizagem, isso sem dúvidas auxilia os indivíduos em meio a uma rotina atarefada.
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Wania Clemente -Olá, Vanessa! Simplificando bastante, podemos dizer que construir o nosso PLE é decidir o contexto a partir do qual queremos mobilizar a rede de pessoas e o conjunto de conhecimentos que precisamos para aprender e trabalhar na sociedade digital.
Quer o utilizemos para aprendizagem ou para trabalho (alguns diriam que a distinção entre trabalho e aprendizagem tende a confundir-se), quer se trate de uma moda passageira ou de algo relevante, “devido a sua flexibilidade e praticidade que o estudante tem ao seu alcance do momento de aprendizagem” (Vanessa), a força do conceito PLE reside na sua poderosa ‘simplicidade’. “Aplicado” por cada um de nós permite controlar e desenvolver processos críticos na atual sociedade digital do conhecimento. Processos como gestão da informação, comunicação digital e aprendizagem contínua. Habilidades que são mais importantes e necessárias para todos nós a cada dia. E você, o que pensa sobre essas habilidades?
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Re: E você, o que pensa a respeito?
por Raissa Maria da Silva de Souza -Re: E você, o que pensa a respeito?
por Wania Clemente -Olá, Raíssa! Acredito que se possa ter uma conexão entre esses dois ambientes: plataformas de aprendizagem online (viabiliza o ensino formal ainda que por meio da internet) e PLE (articulações de aprendizagem informal de forma livre). É uma “ferramenta conceptual”, um mapa, um instrumento de reflexão que nos permite tomar consciência dos nossos processos de gestão de informação pessoal e de aprendizagem. É também um processo, uma forma de fazer algo e, portanto, algo prático.
As possibilidades do PLE de apagar a linha divisória entre o aprendizado formal e informal nos levam a modelos focados na ‘diligência’ do aprendiz, na autogestão do processo de aprendizagem, no modelo de aprendizado autônomo e independente. Um grande desafio para os estudantes, você não acha?
Um abraço, Wânia Clemente
Olá, Yasmin. Não existe uma receita única, nem o sabor é igual para todos. Cada um dá o seu toque. Cada PLE é diferente. Você e eu não temos o mesmo. É algo pessoal (ou seja, particular de cada pessoa) e personalizado (adaptado às necessidades de cada pessoa).
Aproveito para esclarecer que o conectivíssimo de Siemens não mantém uma estrutura mais focada em plataformas institucionais. George Siemens, apenas esclarece que a sala de aula em uma plataforma digital é um ambiente que permite algumas tarefas e impede outras, é um espaço limitado fisicamente ainda que esteja na internet, já que o ciberespaço é "uma ecologia de aprendizagem com diferentes potencialidades. A Internet é um centro de caos criativo" (G. Siemens).
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Além disso, os PLEs promovem a interconexão entre diversas fontes de informação, como blogs e redes sociais, enriquecendo o aprendizado. A colaboração é incentivada por meio de interações entre colegas, professores e especialistas, ampliando as oportunidades de troca de ideias. Isso faz com que os alunos se tornem mais proativos na busca por conhecimento, aumentando sua motivação e engajamento.
Isso não apenas aumenta a motivação, mas também desenvolve habilidades essenciais atualmente. Assim, os PLEs transformam a educação a distância em uma experiência mais dinâmica e centrada no aluno, proporcionando um aprendizado significativo e personalizado.
Um Ambiente Pessoal de Aprendizagem (PLE) não é uma tecnologia e nem um aplicativo. Na verdade, não é nada concreto. Não é um produto industrial e por isso é difícil definir e delimitar, não é mesmo?
Olá, Mariana, Lara, Gabriel, Juliana, Maria Vitória, Isabella, Fernanda, Jorge e Daniel!!! Vocês abordaram, em suas publicações, dois aspectos inter-relacionados: ‘autonomia’ e ‘personalização’ do processo ensino-aprendizagem.
Concordo, os Ambientes de Aprendizagem Pessoal (PLEs) oferecem um alto grau de personalização porque permitem que os estudantes ‘escolham’ e ‘organizem’ seus próprios meios, ferramentas e redes de aprendizagem de acordo com suas necessidades, interesses, desejos e estilos de aprendizagem. Esse nível de personalização é uma característica chave dos PLEs. Isso permite ao estudante criar um ambiente de aprendizagem original que reflete sua maneira única de aprender.
A personalização nos PLEs ocorre porque eles colocam o sujeito da aprendizagem no centro do processo, dando-lhe autonomia para escolher suas ferramentas, interações e ritmos de aprendizagem. Isso promove uma experiência mais facilmente moldável e adaptada às necessidades e desejos individuais, contrastando com modelos de aprendizagem mais centralizados e padronizados, como os sistemas tradicionais de educação formal, presencial e à distância. Ao oferecer esse grau de personalização, os PLEs tornam a aprendizagem mais relevante, motivadora e eficaz, especialmente em contextos de educação a distância.
Já a autonomia, dá ao aluno o poder de modelar sua própria trajetória de aprendizagem, o que naturalmente leva à personalização do processo. Quando os estudantes têm autonomia, eles não são mais passivos receptores de conhecimento, mas sim atores ativos que escolhem seus próprios caminhos e meios de aprendizagem.
Por outro lado, a personalização do ensino também pode fomentar a autonomia. Quando o processo de ensino é adaptado às necessidades e preferências individuais do aluno, ele se sente mais engajado e motivado a se envolver ativamente na aprendizagem. Esse engajamento, por sua vez, leva ao desenvolvimento da autonomia, pois o aluno começa a tomar mais decisões sobre o que, como e quando aprender.
Enfim, a personalização do processo de ensino-aprendizagem é, de fato, uma consequência da autonomia do aluno, e vice-versa.
Autonomia e personalização estão intimamente imbricados.
Um abraço, prof. Wânia Clemente