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Desenvolvimento da Aula...

O corpo e o controle na universidade e na escola

 A partir desse contexto, provavelmente instala-se no cotidiano universitário e escolar a frágil equação para encontrar o equilíbrio entre a imposição de limites e as transgressões culturais e naturais que os jovens vivenciam socialmente. As construções do conhecimento e das relações entre os participantes dessas instituições impõem tensões que necessitam ser superadas em busca de uma educação crítica que possibilite transformações tanto de uma repressão sem significados, quanto da total falta de limites que desemboca no consumo e no imediatismo dos desejos dos alunos vivenciados na sociedade contemporânea. 

Nesse sentido, as instituições educacionais enfrentam alguns desafios...

O primeiro deles vem em forma de questionamento: como cercear as capacidades individuais que devem ser desenvolvidas, sem desrespeitar os limites da convivência coletiva do bem comum?

Outro desafio parte do fato de que a cultura construída nessas bases imprime modelos sociais em que o adulto, como produtor e receptor do meio em que vive, tende a reproduzir os valores e controles instalados na sociedade. Portanto, os professores tendem a limitar os movimentos e expressões dos alunos, pois avaliam que essas atitudes são desrespeitosas e desobedientes para com a “harmonia” escolar ou universitária e com o planejamento que precisa ser cumprido à risca, sem atentar para o fato de que a construção de um planejamento deve se remeter às relações com uma educação que tenha significado com a realidade cultural das pessoas e da localidade na qual as instituições educacionais se inserem. 

Um fato geralmente negligenciado na cultura educacional é a construção do conhecimento sem a percepção da importância do vínculo afetivo, das construções de cooperação entre os grupos e do reforço da autoestima. Todos esses fatores auxiliam no processo de ensino e aprendizagem, do qual o corpo e suas possibilidades participam intensa e diretamente
 

Para ampliar as suas reflexões, convido a assistir um trecho do filme “The Wall”: