Olá pessoal,
Dando continuidade às nossas discussões sobre o comércio eletrônico, nesta aula 8 irei deter-me no panorama desta modalidade no cenário brasileiro. Veremos que a cada ano que passa este canal de comercialização de produtos e serviços vem crescendo em escala vertiginosa, apesar da crise econômica no início desse ano e a instabilidade política em nosso país.
O e-commerce brasileiro vem sendo auditado sistematicamente pela consultoria E-bit desde o ano 2000, por intermédio do relatório WebShoppers. Realizado semestralmente, esta auditagem tem como objetivo apresentar o estado atual do segmento, bem como estabelecer perfis e preferências dos consumidores brasileiros além de proporcionar estimativas e tendências.
Antes de adentramos nos dados desse levantamento, assistam o vídeo abaixo sobre o crescimento do comércio eletrônico no país:
Vejam os principais resultados da 48o. edição do WebShoppers, que abrange o período do 1o. semestre de 2023:
O cenário do e-commerce no primeiro semestre de 2023 foi desafiador, com uma queda de aproximadamente 7,3% nas vendas, totalizando 119, bilhões de reais. No entanto, uma análise a curto prazo revela sinais de desaceleração dessa retração.
Um dos principais fatores que contribuíram para esse resultado negativo foi a redução na quantidade de pedidos. No entanto, é importante ressaltar que mesmo com essa queda, não foi observada uma redução na quantidade de shoppers ativos no canal online. Pelo contrário, houve um crescimento significativo de 6% em comparação ao mesmo período do semestre anterior, alcançando 53 milhões de consumidores.
No universo do comércio eletrônico, as três categorias principais em importância GMV ou “volume bruto de mercadorias”- eletrodomésticos, telefonia e casa e decoração-, que juntas compõem quase metade das vendas totais, estão experimentando um aumento significativo no valor médio por compra.
Neste cenário de retração, a categoria de telefonia teve aumento de 5,4% no ticket-médio e segue liderando em número de vendas. Outro destaque ficou para a categoria de Alimentos e Bebidas que, apesar de registrar o menor ticket-médio entre todas as analisadas, obteve um aumento de 50,4% no seu valor médio.
As compras realizadas por meio de aplicativos estão ganhando destaque, ultrapassando significativamente outras formas de compra. Com uma fatia impressionante de 15% da preferência dos compradores, os aplicativos estão mudando a forma como as pessoas compram e interagem com as marcas. É hora de explorar o potencial dessas plataformas para se manter relevante no mercado moderno.
Em resumo, no primeiro semestre de 2023, o e-commerce brasileiro viu queda nas vendas, mas houve uma desaceleração desse declínio e um aumento de 6% em compradores ativos online.
Produtos de giro rápido, como Perfumaria e Cosméticos, cresceram 5,8%. A preferência por compras via aplicativos foi de 15%, ressaltando a relevância destas plataformas. Frete grátis, promoções e a conveniência do lar são os principais motivadores de compra desses canais.
A personalização de ofertas já foi tendência em 2022, indicando a busca por experiências mais relevantes ao consumidor. Além disso, com os avanços da inteligência artificial e a logística aprimorada, o e-commerce persiste em evolução, sendo essencial adaptar-se e investir nesse setor.
Na continuação desta aula, mais dados do relatório.
Abraços a todos,