Curso: A Formação Humana com Mediação Tecnológica: Dialogando com Lévy e Castells - TURMA 1

APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA

Contrair tudo Expandir tudo

DOCENTE

Conheça o professor responsável por esta disciplina.
Marcelo Camacho - Cientista Social e Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana. Professor universitário com experiência de 15 anos em instituições públicas e privadas.
Olá Estudante!

Seja bem-vindo(a) à disciplina "A formação humana com mediação tecnológica: dialogando com Lévy e Castells"!

Nesta primeira aula, vamos conhecer os principais aspectos do curso e discutir estratégias para que você aproveite ao máximo os estudos mediados por tecnologia.

Objetivos da Disciplina

Ao longo deste curso, exploraremos os impactos da sociedade do conhecimento e da aprendizagem em rede na formação humana. Aprofundaremos o pensamento de Pierre Lévy, analisando conceitos como cibercultura, ciberespaço e inteligência coletiva, diferenciando as relações entre o real e o virtual. Também estudaremos as contribuições de Manuel Castells, refletindo sobre a sociedade em rede, a galáxia da Internet e o poder da identidade no mundo digital. Além disso, discutiremos as dinâmicas entre a cultura tecnomeritocrática e a cultura hacker, avaliando suas implicações para a construção do conhecimento e da inovação.
Cronograma da Disciplina
Avaliação da Disciplina
Agora que já conhecemos a estrutura da disciplina, é fundamental que vocês compreendam como serão avaliados ao longo do curso. Nossa avaliação será composta por trabalhos escritos e uma autoavaliação, totalizando 10 pontos.
📌 Distribuição da Nota:
✅ Trabalhos escritos – 9,0 pontos
●        Série de exercícios (4,0 pontos): Ao longo das aulas, vocês realizarão atividades que ajudarão a fixar os conteúdos estudados. Esses exercícios serão distribuídos ao longo do curso e somarão 4,0 pontos.
●        Fóruns (2,0 pontos): Haverá alguns fóruns pontuados ao longo da disciplina. Fiquem atentos aos fóruns obrigatórios. Serão quatro fóruns pontuados, cada um valendo 0,5 ponto.
●        Trabalho final (3,0 pontos): No final da disciplina, haverá um trabalho mais elaborado, onde vocês poderão demonstrar o que aprenderam de forma mais aprofundada.
✅ Autoavaliação – 1,0 ponto
Além dos trabalhos escritos, haverá um momento de reflexão sobre seu próprio processo de aprendizagem. Essa atividade valerá até 1,0 ponto e permitirá que vocês avaliem sua participação e desempenho ao longo do curso.
🚨 Prazos e Importante Aviso!
Em cada aula haverá questões a serem respondidas relativas ao conteúdo de cada unidade. Cada questão valerá 0,2 e haverá 20 questões ao longo de toda a disciplina, perfazendo assim 4,0 pontos. Haverá prazo específico para a realização das questões em cada disciplina. Fique atento ao prazo em cada unidade, sempre divulgado no enunciado das questões nas unidades. Não perca os prazos!
O trabalho final deverá ser realizado e postado no ambiente da disciplina até o dia 30/06. Não haverá prorrogação do prazo, então é essencial que vocês se organizem para evitar imprevistos.
📌 Aferição da frequência

Será computada a sua frequência às aulas síncronas, a participação nos fóruns e a presença no ambiente virtual de aprendizagem.

Mas atenção, o mais valioso é a participação nas atividades quando elas acontecem.

🚨 As aulas virtuais

As aulas virtuais são dez e cada uma é composta da Introdução, ou apresentação do tema; do Desenvolvimento da aula, onde é trazida a maior parte do conteúdo; e da terceira parte que é Encerrando a nossa aula.

Você terá links que permitirão o acesso a vídeos, filmes e textos, além de várias ilustrações. Todo esse material objetiva tornar o conteúdo mais leve e a sua aprendizagem mais significativa e divertida.

Ela corresponderá a 75 horas de atividades docentes e discentes, valendo para você 03 créditos. Foi preparada com carinho pelo professor do Instituto Multidisciplinar de Formação Humana com Tecnologias (IFHT / UERJ).

A Educação mudou muito com a inclusão das Tecnologias de Informação e Comunicação, abrindo a possibilidade de que não seja mais necessário estudar presencialmente, em uma sala de aula física, o tempo todo.

Mas o assunto é polêmico...

Vamos apresentar, logo de início, algumas questões que vêm alimentando os acalorados debates sobre o tema.

Educação a Distância significa Educação de qualidade inferior?

Estudar a distância é mais fácil, sendo indicado para alunos que têm dificuldades para alcançar um bom rendimento acadêmico?

A Educação a Distância é menos dispendiosa, por isso uma solução para países em desenvolvimento, como o Brasil?

Para estudar à distância é necessário saber muito sobre tecnologias?

Educação a Distância é modismo, como muitos que já aconteceram na Educação no nosso país?

Na EAD o professor fica em segundo plano, podendo ser dispensado?

Esperamos que você consiga respondê-las, formando opinião sobre a Educação a Distância (EAD) de maneira fundamentada pelos estudos que desenvolverá durante o semestre.

As aulas síncronas são realizadas em tempo real, no horário das aulas (terça-feira, de 09h às 10h 30min), na sala virtual cujo link está disponibilizado em cada uma das aulas.

Horário das aulas síncronas – terça-feira (9h às 10h30)

As aulas virtuais (ou assíncronas) são realizadas no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVA) do IFHT.

📢 Dúvidas? Vamos conversar!
Se surgir qualquer dúvida sobre as atividades, prazos ou critérios de avaliação, não hesitem em perguntar! O fórum da disciplina está aberto para que possamos trocar ideias e esclarecer qualquer questão.
Fique à vontade para explorar o conteúdo e tirar suas dúvidas. Bons estudos!
Conto com vocês para um semestre produtivo e participativo! Vamos juntos? 🚀
Fórum de Dúvidas - Apresentação da Disciplina

Vencimento: terça-feira, 11 mar. 2025, 17:34
Avisos Fórum

AULA INAUGURAL DO CURSO

Clique no Link abaixo para acessar a sala de aula virtual para a aula inaugural da disciplina no dia 11/03, das 9h às 10h30. Espero vocês!
Fórum de Apresentação

Vencimento: terça-feira, 11 mar. 2025, 10:54

DICAS DE ESTUDO ONLINE E FÓRUM DE APRESENTAÇÃO

🚀 Como estudar em um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)?
A Educação à distância (EaD) é uma modalidade de ensino diferente da educação presencial. Portanto, requer estratégias de estudo também diferentes por parte dos alunos. O estudo com mediação tecnológica exige autonomia e disciplina. Para um melhor aproveitamento da disciplina, siga algumas orientações. Vamos juntos aprender algumas dicas para potencializar sua aprendizagem? 🚀
🕒 Organize sua rotina de estudos

✅ Estabeleça horários regulares para acessar o ambiente virtual.

✅ Consulte o cronograma e os prazos das atividades.

💬 Interaja com os materiais e participe das discussões

📖 Leia os textos e assista aos vídeos com atenção, anotando reflexões e dúvidas. 💻 Participe dos fóruns e interaja com os colegas, trocando ideias sobre os temas estudados.

🔗 Relacione teoria e prática

📌 Procure conectar os conceitos de Lévy e Castells com sua experiência cotidiana no ambiente digital.

🔍 Reflita sobre como a sociedade em rede influencia sua própria formação e aprendizado.

📩 Mantenha contato com o professor/tutor

✉️ Sempre que necessário, envie suas dúvidas pelos canais de comunicação disponíveis no AVA.

📢 Fique atento(a) aos avisos e materiais complementares postados na plataforma.

🎯 Evite distrações e mantenha o foco

📍 Escolha um local tranquilo para estudar.
🔕 Desative notificações de redes sociais para melhorar a concentração
🌟 Algumas sugestões que podem tornar a sua participação na disciplina mais fácil e agradável:

📝 Sobre a autoria e o plágio:

📌 Sempre cite o autor e a fonte ao utilizar ideias de outras pessoas.

⚠️ O plágio é uma transgressão das regras de propriedade intelectual e pode ter consequências graves.

📢 Sobre a comunicação e interação:
💡 Tenha a mente aberta para novas experiências educativas.

✍️ Comunique-se por meio da escrita e desenvolva sua capacidade de expressão.
⏳ Seja automotivado e autodisciplinado para manter o ritmo dos estudos.
🧠 Pratique o pensamento crítico e a tomada de decisão.

💬 Sobre a participação nos debates:

🤔 Pense antes de responder para garantir uma contribuição significativa.

🏫 Acredite que a aprendizagem de alta qualidade pode acontecer fora da sala de aula tradicional.

🌐 Netiqueta: Regras para uma boa convivência no AVA

🖋️ Sobre a formatação da escrita:

🔠 Utilize maiúsculas e minúsculas corretamente (escrever só em maiúsculas significa gritar na internet!).

🔎 Para destacar palavras, prefira negrito ou sublinhado em vez de maiúsculas. 😀 Use emoticons com moderação para não poluir a mensagem.

🎨 Se usar cores, escolha tons suaves para facilitar a leitura.

✍️ Sobre a escrita:

📝 Prefira frases curtas e objetivas.

🔄 Releia seus textos para corrigir erros e ajustar o tom.

📌 Utilize tópicos para organizar melhor textos longos.

🤝 Sobre as atitudes em um ambiente colaborativo:

👀 Leia atentamente as discussões para evitar repetições desnecessárias.

📢 Sempre indique a quem você está respondendo. ⏳ Tenha paciência ao aguardar respostas.

🗣️ Evite gírias ou expressões regionais que possam ser mal interpretadas.

⚠️ Em caso de desentendimento, evite discussões públicas e resolva a questão diretamente.
Leia o material Êxito: guia para otimização da rotina de estudos a distância, elaborado pelas professoras Maria das Graças da Silva Costa Coelho e Roberta Pereira Matos no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica do Instituto Federal Norte de Minas Gerais -IFNMG
Êxito: guia para otimização da rotina de estudos a distância Arquivo
🎥 Assista ao vídeo a seguir e reflita sobre como estudar em uma disciplina EaD:
📌 Encerrando a nossa primeira aula...

📅 Não deixe o conteúdo acumular para a última hora. Isso pode gerar ansiedade e cansaço.

📚 Respeite a programação proposta, estudando no seu ritmo, mas com disciplina.

🎯 A chave do sucesso na EaD é "aprender a aprender" de forma autônoma e criativa.

🙌 Conto com vocês para um semestre produtivo e participativo! Vamos juntos? 🚀
🎵 Finalizamos com um vídeo que sintetiza alguns pontos importantes sobre EaD. A trilha sonora é uma música do Gilberto Gil – Banda Larga Cordel. Aproveitem e bom curso para todos nós! 🎓✨
Atividade de Verificação de Aprendizagem Questionário

Fechado: domingo, 25 mai. 2025, 08:02

O CIBERESPAÇO E SEUS PRINCÍPIOS

📌 Introdução - Quem é Pierre Lévy

Olá Pessoal!
Vamos começar a aula falando um pouco da biografia de Pierre Lévy. Conhecer a história da vida de um teórico nos ajuda a compreender melhor o contexto histórico, social e político em que suas ideias foram construídas.

📅 Origens e Formação
Pierre Lévy nasceu na Tunísia, país do norte da África, em 2 de julho de 1956, no seio de uma família de judeus. Nesta época, sua terra natal era colônia da França. Não se sabe praticamente nada sobre sua existência até 1980, quando ele terminou seu Mestrado em História da Ciência, na Universidade de Sorbonne, em Paris, a não ser que se graduou em História.

🎓 Influências e Primeiras Pesquisas
Sua vocação para a pesquisa lhe foi revelada durante um curso com o filósofo francês Michel Serres, na Sorbonne. Três anos após a conclusão do mestrado, Pierre defendeu a tese em Sociologia e Ciências da Informação e da Comunicação, igualmente na capital francesa, discorrendo sobre a ideia da liberdade na Antiguidade.

💡 Estudos sobre Cibernética e Inteligência Artificial
As pesquisas de Lévy se concentraram especialmente na área da cibernética e da inteligência artificial. Nos anos 80, ele passou a lecionar na Universidade de Quebec, em Montreal, no Canadá. Suas aulas giravam em torno da função dos computadores no mecanismo da comunicação.

🏛️ Atuação Acadêmica e Pesquisa
Nesta mesma instituição, ele cuidou da gestão do departamento de comunicação do campus, de 1987 a 1989. Ao retornar à França, o filósofo da informação, que se especializou em investigar as relações entre a Internet e a esfera social, ocupou o cargo de professor de Ciências Educacionais na Universidade de Paris-Nanterre, aí permanecendo de 1990 a 1992.

🔬 Criação do Laboratório Neurope e Produção Intelectual
Instituiu em Genebra, na Suíça, um instituto conhecido como Laboratório Neurope, onde atua como pesquisador. Lançou em 1987 seu primeiro livro, A Máquina Universo - criação, cognição e cultura informática.

📚 Principais Obras e Contribuições
Lévy se tornou particularmente famoso em 1994, quando difundiu sua tese sobre a árvore de conhecimento, um mecanismo criado junto com Michel Authier. Este sistema é composto por um software de cartografia e pelo intercâmbio de conhecimentos entre comunidades, gerando uma ampla enciclopédia virtual em constante transformação.

🌍 Reconhecimento Internacional
A teoria foi exposta na obra A Árvore do Conhecimento, lançada em 1992. Antes disso, porém, ele publicou seu livro mais popular no Brasil, As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática, de 1990.

🎯 Atuação Atual
A partir de 1993, passou a atuar como professor no Departamento de Hipermídia da Universidade de Paris-8, em St-Denis. Em 2002, assumiu a titularidade da cadeira de pesquisa em inteligência coletiva na Universidade de Ottawa, no Canadá, tornando-se integrante da Academia Canadense de Ciências e Humanidades.

📌 Fonte
http://www.infoescola.com/biografias/pierre-levy/
📌 Desenvolvimento: A polêmica questão do real X virtual

📢 A oposição equivocada entre real e virtual
Pierre Lévy se opõe à atribuição do significado de "virtual" como sinônimo de algo que não existe ou que é ilusório. Segundo ele, essa ideia é equivocada, pois o virtual não significa ausência de existência, mas sim algo que está em potencial.

📖 O conceito filosófico de virtualidade
“Consideremos, para começar, a oposição fácil e enganosa entre real e virtual. No uso corrente, a palavra virtual é empregada com frequência para significar a pura e simples ausência de existência, a ‘realidade’ supondo uma efetuação material, uma presença tangível. O real seria da ordem do ‘tenho’, enquanto o virtual seria da ordem do ‘terás’, ou da ilusão.” (Lévy, 1996, p.15).

🔍 A origem do termo "virtual"
“A palavra virtual vem do latim medieval virtualis, derivado por sua vez de virtus, força, potência. Na filosofia escolástica, é virtual o que existe em potência e não em ato. O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado, no entanto, à concretização efetiva ou formal. A árvore está virtualmente na semente.” (Lévy, 1996, p.16).

💡 Os múltiplos significados do virtual
O autor discute as diversas interpretações da palavra “virtual”, que vão desde o sentido comum (falso, irreal, ilusório, imaginário) até o conceito de mundo virtual na esfera tecnológica, relacionado à interação com modelos computacionais.

🌐 Mundos virtuais e inteligência coletiva
“Um mundo virtual, no sentido amplo, é um universo de possíveis, calculáveis a partir de um modelo digital. Ao interagir com o mundo virtual, os usuários o exploram e o atualizam simultaneamente. Quando as interações podem enriquecer ou modificar o modelo, o mundo virtual torna-se um vetor de inteligência e criação coletivas. Computadores e redes de computadores surgem, então, como a infraestrutura física do novo universo informacional da virtualidade. Quanto mais se disseminam, quanto maior sua potência de cálculo, capacidade de memória e de transmissão, mais os mundos virtuais irão multiplicar-se em quantidade e desenvolver-se em variedade.” (Lévy,1999, p.75).
📌 As principais virtualizações segundo Lévy

🧠 As três virtualizações essenciais na história da humanidade
Segundo Pierre Lévy, há três processos fundamentais de virtualização que moldaram a sociedade:

🗣️ Linguagem – Abstrai o presente, permitindo ao ser humano contar histórias e planejar o futuro.

🛠️ Técnica – Materializa ações e movimentos, como na criação de ferramentas e tecnologia.

📜 Contrato – Virtualiza a violência, normatizando a sociedade por meio de leis que regulam as relações humanas.

🎬 A ficção científica e a ideia de um “mundo virtual”
A ficção científica tem explorado amplamente o conceito de mundos virtuais paralelos ao real. Um dos exemplos mais marcantes é a trilogia Matrix, que se tornou um fenômeno cultural.

📖 Sinopse de Matrix (1999)
No futuro próximo, Neo (Keanu Reeves), um programador de sistemas, tem pesadelos recorrentes em que é perseguido por agentes sinistros de uma organização secreta. Ele descobre que sua realidade é uma simulação controlada por máquinas que usam os corpos humanos como fonte de energia, enquanto suas mentes vivem em uma ilusão virtual. Neo se une a um grupo rebelde liderado por Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss) para desafiar o sistema e libertar a humanidade. O filme se destaca pelos efeitos especiais inovadores e cenas de luta coreografadas.

📚 Referência filosófica em Matrix
A importância de Matrix é tão grande que a filósofa Marilena Chauí o utilizou como referência em Convite à Filosofia (2000). Ela destaca a cena em que Neo encontra o oráculo, que lhe apresenta a frase em latim Nosce te ipsum (Conhece-te a ti mesmo). O oráculo explica que somente Neo pode descobrir se é ou não o escolhido, pois a resposta está no autoconhecimento.

🎞️ O impacto cultural de Matrix
O sucesso da franquia levou ao lançamento de um novo filme, Matrix Resurrections, em dezembro de 2021, dando continuidade à jornada de Neo na busca pela libertação das mentes aprisionadas pelas máquinas.
📌 O que é ciberespaço?

🌍 A origem do termo
O conceito de ciberespaço foi criado pelo escritor William Gibson em sua obra Neuromancer (1984). No prefácio à edição brasileira, o tradutor Alex Antunes define o termo como:

“[...] uma representação física e multidimensional do universo abstrato da 'informação'. Um lugar para onde se vai com a mente, catapultada pela tecnologia, enquanto o corpo fica para trás.” (Gibson, 2003, p. 5-6).

No próprio texto da obra, Gibson descreve o ciberespaço como:

“Uma alucinação consensual vivida diariamente por bilhões de operadores autorizados [...]. Uma representação gráfica de dados abstraídos dos bancos de dados de todos os computadores do sistema humano.” (Gibson, 2003, p. 67).

🖥️ O ciberespaço para Pierre Lévy
Pierre Lévy considera o ciberespaço um conceito fundamental e o define da seguinte forma:

🌐 Espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial de computadores.

📡 Conjunto de sistemas de comunicação eletrônicos que transmitem e digitalizam informações.

📊 Infraestrutura da comunicação digital e o vasto universo de informações e interações que abriga.

🔎 Os princípios do ciberespaço segundo Lévy (1999, p.127-132)

1️⃣ Interconexão generalizada – O crescimento do ciberespaço se dá por meio da interligação universal, conectando pessoas e comunidades, possibilitando a troca de mensagens e informações sem barreiras físicas.

2️⃣ Criação de comunidades virtuais – As comunidades virtuais permitem a formação de laços sociais baseados em interesses comuns, colaboração e aprendizado cooperativo, sem depender de territórios, instituições ou relações de poder.

3️⃣ Inteligência coletiva – A informação e o conhecimento são distribuídos por toda parte e coordenados em tempo real, permitindo o uso eficaz das competências individuais em um ambiente colaborativo.
📌 Encerrando a Nossa Aula - Aprofundando o Conceito de Ciberespaço

🎓 Hoje exploramos o conceito de ciberespaço, fundamental para compreender a obra de Pierre Lévy.

📽️ Para reforçar os principais pontos discutidos, sugerimos um vídeo do professor Paolo Totaro, especialista no tema.

📖 Sobre o professor Paolo Totaro:
🔹 Doutor em Ciências Sociais pela UNISINOS/RS.
🔹 Pós-doutor pela UNISALENTO (Itália), com financiamento da Capes.
🔹 Professor Adjunto e membro do Programa de Pós-graduação em Sociologia no ICS/UFAL.
🔹 Atua nas áreas de estudos críticos sobre algoritmos, cultura do consumidor, epistemologia e metodologia quantitativa das ciências sociais.

📌 Assista ao vídeo e aprofunde seus conhecimentos! 🎥

📚 Esperamos que tenha gostado da aula! Até a próxima! 🚀
Atividade de Verificação de Aprendizagem Questionário

Fechado: domingo, 25 mai. 2025, 08:03
Fórum Pontuado

Vencimento: domingo, 25 mai. 2025, 23:48

CIBERCULTURA: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS

📌 Introdução

👋 Olá, querido aluno!

Hoje vamos explorar um conceito fundamental da teoria de Pierre Lévy: a cibercultura. Para iniciar, assistiremos a um vídeo em que o próprio Lévy comenta sobre o impacto do dilúvio de informações no mundo atual.

📖 Em sua participação no Programa Roda Viva (2001), Lévy faz uma analogia com a Arca de Noé, explicando que, diferentemente do passado, hoje é impossível resumir o todo, pois a informação tornou-se infinita.

📽️ Assista à entrevista no vídeo a seguir:

🚀 Vamos começar nossa aula!
📌 Desenvolvimento da Aula - Desdobrando o Conceito de Cibercultura

Agora, vamos aprofundar o conceito de cibercultura, explorando seus aspectos essenciais para melhor compreendê-lo.

📖 O que é Cibercultura?

Etimologicamente, o termo é formado pela junção de:
🔹 "Ciber" (de cibernética) + "Cultura" (conjunto de ideias, conhecimentos, técnicas e padrões de comportamento de uma sociedade).

📢 Pierre Lévy (1999) destaca que a cibercultura surgiu a partir de um movimento internacional de jovens interessados em experimentar novas formas de comunicação, diferentes das mídias tradicionais. Ele aponta que o ciberespaço representa um novo território de comunicação, cabendo à sociedade explorar seu potencial econômico, político, cultural e humano.

🎓 André Lemos e a Cibercultura

O pesquisador André Lemos (UFBA) é uma referência no estudo da cibercultura no Brasil. Para compreender melhor suas ideias, assista ao trecho do debate "O que é Cibercultura", realizado no evento "Educar na Cultura Digital" (São Paulo, 2010).

📽️ Assista ao vídeo:

🚀 Vamos seguir aprofundando nosso estudo!
📌 Encerrando a Nossa Aula - Aprofundando o Tema com um Texto de André Lemos

Para finalizar nossa aula, vamos nos aprofundar ainda mais na cibercultura por meio da leitura de um ensaio de André Lemos, publicado em 2003.

📖 Sobre o texto:
🔹 Faz parte de um livro organizado pelo autor.
🔹 Está listado nas Referências Bibliográficas da aula.
🔹 É dividido em tópicos, facilitando a leitura ao longo da semana.

❓ Dúvidas? Você pode consultar o professor ou o tutor.

📚 Boa leitura e até a próxima aula! 🚀
📌 Acesse o ensaio aqui:
Cibercultura Arquivo
Atividade de verificação da Aprendizagem Questionário

Aberto: quinta-feira, 15 mai. 2025, 08:33

Fechado: domingo, 25 mai. 2025, 23:33
Fórum de Dúvidas

ATIVIDADE PRESENCIAL

📌 Aviso Importante

Olá pessoal! No dia 06/05, das 9h às 11h30, temos um encontro presencial no IFHT - UERJ. Nesta data, iremos realizar discussões e atividades relacionadas aos tópicos estudados nas Unidades 1 a 4. Espero vocês lá!

📅 Anote na sua agenda:

Data: 06/05

Horário: 9h às 11h30

Local: IFHT - UERJ

Atividade: Encontro presencial

📖 O que faremos?

✅ Discussões sobre os tópicos estudados
✅ Atividades interativas
✅ Revisão das Unidades 1 a 4

📢 Não faltem! Espero vocês lá! 🚀

TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA E ECONOMIA DA INFORMAÇÃO

👋 Introdução
Olá,
Bem-vindo à nossa quinta aula: Tecnologias da inteligência e economia da informação. Trata-se de conceitos importantes na obra de Pierre Lévy, um dos autores que estudamos nesse semestre.
📚 Sobre a obra de Pierre Lévy
O termo “tecnologias da inteligência” dá título a uma obra do autor, publicada em português em 1992 (inicialmente em Portugal e depois no Brasil).
Recomendo a leitura do livro, disponibilizado a seguir.
AS TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA - O Futuro do Pensamento na Era da Informática Arquivo
🎥 Abertura da aula
Abrimos o nosso encontro virtual de hoje com um vídeo sobre o tema, uma entrevista com Pierre Lévy:
🧠 Desenvolvimento da aula - Alguns conceitos importantes

🔹 O conceito de tecnologias da inteligência

Para Lévy, as diferentes tecnologias da inteligência têm se sucedido na História da Humanidade, e a cada uma correspondem mudanças profundas na vida cotidiana e na subjetividade humana.

Houve, por exemplo, a época do predomínio da oralidade, que foi superada pela invenção da escrita.

Com o advento da informática, tudo foi alterado de forma radical, pois ela potencializa inteligências, instituições, sistemas cognitivos.

📌 Características das tecnologias da inteligência

Representadas especialmente pelas linguagens, os sistemas de signos, recursos lógicos e pelos instrumentos dos quais nos servimos.

Constituem-se em instrumento poderoso de democratização do acesso ao conhecimento, abalando o binômio poder – conhecimento.

Ainda vivenciamos formas de exclusão digital (normalmente associada à exclusão social).

💡 Visão de Lévy
Lévy, com seu proverbial otimismo, postula a apropriação da técnica e das tecnologias de forma emancipatória para o homem, com o compartilhamento do conhecimento de maneira solidária e generosa entre os seres humanos.

🔹 A inteligência coletiva

Segundo Lévy, a inteligência coletiva é caracterizada por uma nova forma de pensamento sustentável através de conexões sociais que se tornam viáveis pela utilização das redes abertas de computação da internet.

📌 Características da inteligência coletiva

Forma de o homem pensar e compartilhar conhecimentos com outras pessoas, utilizando recursos como a internet.

Os próprios usuários geram o conteúdo através da interatividade com outros indivíduos.

🔎 Tipos de inteligência coletiva (segundo Lévy)

🧰 Inteligência técnica – Lida com o mundo concreto e dos objetos (ex.: engenharia – coisa).

📚 Inteligência conceitual – Relaciona-se ao conhecimento abstrato (ex.: artes, matemática – signo).

❤️ Inteligência emocional – Representa a relação entre os seres humanos (ex.: direito, ética, moral – cognição).

🔹 Economia da informação

Segundo o autor, no mundo atual as ideias são o capital mais importante, e só podem ser adquiridas quando as pessoas pensam em conjunto.

📌 Três capitais necessários

🏗️ Capital técnico – Suporte estrutural (ex.: estradas, prédios, meios de comunicação – coisa).

📖 Capital cultural – Conhecimento registrado (ex.: livros, enciclopédias, internet – signo).

🤝 Capital social – Vínculo entre pessoas (ex.: cooperação, confiança – cognição).

💡 O papel do capital intelectual

O capital técnico gera condições para a disseminação dos capitais cultural e social.

Eles, por sua vez, criam o capital intelectual (ideias inventadas e compartilhadas publicamente).

Esse capital é o núcleo da inteligência coletiva.

🌍 Perspectiva de Lévy sobre o futuro

Estamos apenas no início de uma nova etapa da evolução cultural.

A internet é fundamental para a ecologia das ideias (relação bidirecional entre população e conhecimento). Há uma relação bidirecional – e algo darwiniana – entre a população e as ideias. Se as pessoas (não) ajudam a reprodução de conhecimento, este lhe será totalmente (des) favorável. De outro modo, se as ideias (des) favoráveis são mantidas e disseminadas, a população (não) se reproduz. O papel da internet é fundamental para o funcionamento desse sistema.

“O ciberespaço é a principal fonte para a criação coletiva de ideias, de forma que elas sejam usadas para o bem de todos.”
🎬 Encerrando a nossa aula
Vamos encerrar a aula com um vídeo em que Pierre Lévy fala sobre inteligência coletiva.

📹 Palestra recomendada
“Diálogos sobre Inteligência Coletiva” (Pierre Lévy, 2014, SENAC-SP).
📚 Referências Bibliográficas
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Ed 34, 1993.

Fonte complementar:
🔗 Webinsider - A inteligência coletiva segundo Pierre Lévy
Atividade de Verificação de Aprendizagem Questionário

Aberto: segunda-feira, 21 abr. 2025, 14:50

Fechado: sexta-feira, 30 mai. 2025, 14:50
Fórum Pontuado 2

Vencimento: domingo, 25 mai. 2025, 14:56

A MÁQUINA UNIVERSO: CONEXÕES PLANETÁRIAS

🌌 A máquina universo: conexões planetárias

🚀 Introdução da aula

Olá,
Bem-vindo à nossa sexta aula - A máquina universo: conexões planetárias ✨, a última que traz como tema Pierre Lévy e tem como título a primeira obra do autor (1998), citada nas Referências Bibliográficas.

📌 No livro, Lévy aborda as implicações culturais da informatização e suas raízes na história do Ocidente.
💡 Levanta questões pertinentes ao movimento sócio-tecno-cultural em que a sociedade está inserida, já que culturas nacionais fundem-se a uma cultura globalizada e cibernética, envoltas no ciberespaço e orientadas por três princípios:

✅ interconexão
✅ comunidades virtuais
✅ inteligência coletiva

Lévy afirma:

🖥️ "Computadores controlam o tráfego aéreo, as redes ferroviárias, os voos espaciais, pilotam uma multidão de máquinas variadas. Controlam a distribuição da eletricidade, do calor, da água, comandam o funcionamento dos robôs, das máquinas-ferramentas e das linhas de produção. Programas organizam o trânsito urbano e regem as comutações das redes telefônicas. Desde a vigilância interna dos prédios até a condução do funcionamento das centrais nucleares, por toda a parte os computadores coordenam, harmonizam, guiam, regulam e administram as redes, os processos e complexos técnicos sobre os quais o tecnocosmo se apoia. O acesso direto às coisas se afasta em mais um grau."
(LÉVY, 1998, p.17)
💡 Desenvolvimento da aula - Alguns conceitos importantes

🔧 A Máquina Universo

Perguntado em uma entrevista por que chama o computador de "máquina universo", assim respondeu Pierre Lévy:

🌐 "Porque ele materializa um sonho matemático de criar uma máquina capaz de calcular tudo. Havia na França, no fim da década de 1970, um sistema chamado Minitel, uma espécie de internet desenvolvida pela companhia de telecomunicações e mantida pelo Estado com propósitos estratégicos. Naquela época, eu li pela primeira vez textos e livros que falavam da possibilidade de integrar os computadores numa rede e logo compreendi que aquela seria uma grande revolução."

🧠 A informática como tecnologia da inteligência

📌 No livro LÉVY (1998, p. 15) diz que informática deve ser analisada como tecnologia intelectual, assim como a escrita, pois contribui para determinar o modo de percepção e cognição pelo qual conhecemos os objetos e o mundo.

💡 Quanto ao fato de não ser acessível a todos, argumenta que uma tecnologia intelectual não precisa ser necessariamente utilizada pela maioria para ser considerada dominante. No início do século XIX a maioria dos franceses não sabia ler, mas mesmo assim a escrita era considerada a tecnologia intelectual da época. A imprensa possibilitou o livre exame dos textos, livrou as mentes da memorização decorrente da transmissão oral e liberou o caminho para a observação da natureza.

📚 "A mediação digital remodela certas atividades cognitivas fundamentais que envolvem a linguagem, a sensibilidade, o conhecimento e a imaginação intelectiva. A escrita, a leitura, a escuta, o jogo e a composição musical, a visão e a elaboração das imagens, a concepção, a perícia, o ensino e a aprendizagem, reestruturados por dispositivos técnicos inéditos, estão ingressando em novas configurações sociais."
(LÉVY, 1998, p.17)

🔄 "A informática (...) Ao redefinir a maioria das atividades cognitivas, modifica nossa apreensão no mundo, instituindo uma nova era antropológica, assim como a escrita instaura a história" levando a uma cultura universal, "(...) estamos entrando na era pós-histórica. Uma forma cultural inédita está emergindo da indefinida reversão de um tipo novo de comunicação e processamento simbólico."
(LÉVY, 1998. p. 35 e 37)

🌍 A conexão planetária

📌 Trata-se de outra obra do autor (2001), que faz uma síntese do desenvolvimento da humanidade, combinando conceitos alicerçados na filosofia budista, na internet, nas teorias econômicas e na ciência médica.

Ele inicia com um Manifesto dos Planetários, partindo do entendimento de que, na atualidade, os indivíduos em sua grande maioria, independente da nacionalidade que possuam, compartilham dos mesmos gostos, experiências e modos de vida.

💡 Para Lévy ser planetário é:
✅ Ser consumidor do mundo, das novas tecnologias
✅ Estar atualizado com as novas tecnologias
✅ Ter fome de conhecimento
✅ Ser indivíduo que busca compreender a necessidade das autonomias individuais, interligadas às participações comunitárias e à consciência de pertencer à espécie humana

💫 "O verdadeiro destino do homem é ser um planetário, participando ativamente da inteligência coletiva de sua espécie."
(LEVY, 2001)

📌 A essência do processo de planetarização vem com o crescimento das redes de transportes e comunicação, que implica numa aproximação cada vez mais das pessoas, onde se limitam as fronteiras e os espaços interligam-se.
🔗 Leia a resenha do livro aqui👉 Arquivo
🎬 Assista ao vídeo a seguir em que Pierre Lévy fala sobre o processo de criação através dos computadores 💻✨
Atividade de Verificação de Aprendizagem Questionário

Aberto: quinta-feira, 15 mai. 2025, 08:28

Fechado: terça-feira, 1 jul. 2025, 08:28

A SOCIEDADE EM REDE E SEUS PRINCÍPIOS

📡 A SOCIEDADE EM REDE E SEUS PRINCÍPIOS
🎯 OBJETIVO DA AULA
Compreender como a lógica das redes reconfigurou:
A economia,
As relações sociais,
E o exercício do poder no século XXI.

🌐 Introdução – Quem é Manuel Castells?
📌 PERFIL ACADÊMICO

Manuel Castells Oliván nasceu em Hellín (Albacete), em 9 de fevereiro de 1942. É um dos principais pensadores da influência da Tecnologia da Informação na sociedade. Atualmente é:
Professor da Universidade Aberta da Catalunha, em Barcelona;
Professor emérito de Sociologia e Planejamento Urbano na Universidade de Berkeley, Califórnia;
Titular da Escola de Comunicação Annenberg, da Universidade do Sul da Califórnia;
Professor ilustre do MIT.
📚 TRAJETÓRIA INTELECTUAL
🔹 Década de 1970: Estudou a influência de conflitos sociais na paisagem urbana.
🔹 Década de 1980: Passou a se dedicar ao papel das novas tecnologias de informação e comunicação nas transformações econômicas, políticas e sociais do mundo.
📖 OBRA PRINCIPAL

A trilogia Sociedade em Rede – A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura é um marco nessa área. A série inclui:
A Sociedade em Rede
O Poder da Identidade
Fim de Milênio
Esses livros descrevem o desenvolvimento tecnológico desde os anos 1970 e como ele transformou a sociedade a partir dos anos 1990.
💡 TEORIA: "A CULTURA DA VIRTUALIDADE REAL"

Segundo Castells:
"Culturas são processos de comunicação. A separação entre 'realidade' e 'representação simbólica' diminui continuamente, fazendo com que as relações humanas se desenvolvam cada vez mais em ambientes virtuais."
🔍 QUER SABER MAIS?
Acesse o site oficial de Castells:
🌐 http://www.manuelcastells.info/en/
🔍 CONHEÇA MANUEL CASTELLS
Assista ao vídeo a seguir

1️⃣ DEFINIÇÃO DA SOCIEDADE EM REDE

🔍 O Que é uma "Sociedade em Rede"?

Manuel Castells define a Sociedade em Rede como uma nova estrutura social em que as relações de poder, produção e experiência são organizadas em redes digitais, substituindo as hierarquias tradicionais (Estado, empresas verticalizadas, meios de comunicação centralizados).

📊 Transformação Histórica:

Era Industrial 🏭	Era da Informação 💻
Economia baseada em fábricas e produção material.	Economia baseada em dados, conhecimento e redes.
Comunicação lenta (jornal, rádio, TV).	Comunicação instantânea (internet, redes sociais).
Poder centralizado (governos, grandes corporações).	Poder distribuído (redes descentralizadas, como blockchain).

💡 Características Principais:

✅ Globalização em Tempo Real (ex.: transações financeiras globais em segundos).
✅ Descentralização do Poder (ex.: criptomoedas desafiam bancos tradicionais).
✅ Cultura da Virtualidade Real (ex.: identidades digitais influenciam relações sociais).

❓ Pergunta para Reflexão:
"Se o poder está nas redes, quem controla essas redes hoje?"

🧠 2️⃣ OS TRÊS PILARES DA SOCIEDADE EM REDE

A chamada Sociedade em Rede é um conceito desenvolvido pelo sociólogo espanhol Manuel Castells para descrever as profundas transformações sociais, econômicas e culturais provocadas pelo avanço das tecnologias digitais a partir do final do século XX. Para entender essa nova configuração social, precisamos analisar três pilares interdependentes que estruturam essa sociedade.

📱 1. A Revolução Tecnológica

A infraestrutura material e digital da sociedade em rede

A base dessa transformação é tecnológica. A ascensão da internet e das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) reconfigurou profundamente a maneira como vivemos, trabalhamos, consumimos e nos relacionamos.

🔍 Exemplos Concretos:

🤖 Inteligência Artificial: Ferramentas como o ChatGPT e os algoritmos de recomendação da Netflix e do YouTube moldam decisões, preferências e comportamentos.
🌐 Internet das Coisas (IoT): Casas inteligentes, relógios que monitoram a saúde, cidades conectadas e semáforos inteligentes mostram como objetos agora “conversam” entre si.
⚡ 5G e Hiperconectividade: Essa nova geração de internet permite velocidade ultra rápida, baixa latência e a conexão de milhões de dispositivos ao mesmo tempo.

📌 Caso de Estudo

Uber: A plataforma utiliza geolocalização, algoritmos e redes digitais para conectar motoristas e passageiros, desafiando modelos tradicionais de transporte. A empresa não possui carros próprios, mas se tornou uma das maiores do setor, evidenciando o poder das redes e da informação.

💼 2. A Economia Informacional Global

O Capitalismo em Rede

Neste novo modelo, a informação é o principal insumo da economia. A produção, o consumo e os lucros se baseiam em fluxos digitais que transcendem fronteiras físicas.

🧩 Componentes-chave:

💹 Mercados financeiros digitais: As bolsas de valores operam em alta velocidade; ativos como Bitcoin circulam globalmente sem regulação centralizada.
👩‍💻 Trabalho em Plataformas: Profissionais independentes trabalham remotamente para clientes do mundo todo. Exemplos incluem freelancers na Upwork, motoristas de aplicativo, entregadores por apps etc.
🧨 Desmaterialização da economia: Produtos e serviços são substituídos por bens digitais – como streaming de filmes, jogos em nuvem ou NFTs (arte digital com valor de mercado).

📉 Dado Estatístico

📊 Segundo o FMI, em 2023, cerca de 60% do PIB global estava direta ou indiretamente ligado à economia digital.

🧠 Reflexão:

Como as transformações econômicas afetam as relações de trabalho? Há maior liberdade ou precarização?

🎭 3. A Cultura da Virtualidade Real

As novas formas de viver, pensar e interagir no mundo digital

O terceiro pilar diz respeito à cultura e às novas formas de sociabilidade. Castells chama isso de “virtualidade real”: as relações digitais se tornam reais, moldando emoções, crenças, identidade e política.

🌐 Exemplos de Transformação:

📸 Redes sociais como espaços de identidade: Instagram, TikTok e outras redes não são apenas plataformas de entretenimento; são palcos onde indivíduos constroem suas imagens e narrativas pessoais.
👥 Comunidades Online: Grupos de WhatsApp, fóruns como Reddit e outras redes criam novas formas de pertencimento, conectando pessoas por afinidades, mesmo sem contato físico.
🧠 Fake News e Pós-Verdade: A circulação rápida de desinformação, aliada a algoritmos que reforçam crenças pré-existentes, tem impactado eleições, saúde pública e o debate democrático.

🧭 Pergunta para Reflexão:

Como distinguir realidade e manipulação num ambiente onde tudo parece “real”?

Os três pilares da sociedade em rede estão interligados:

Pilar	Descrição	Exemplos
📱 Revolução Tecnológica	Infraestrutura e ferramentas digitais	IoT, IA, 5G
💼 Economia Informacional Global	Capitalismo em rede, novos modelos de trabalho	Criptoativos, apps, freelancers
🎭 Cultura da Virtualidade Real	Sociabilidade digital, construção da identidade	Redes sociais, fake news

✅ A sociedade em rede é mais do que um conjunto de ferramentas digitais – ela representa uma nova lógica de organização social baseada em conexões, fluxos de informação e novas formas de viver. Compreender seus pilares é essencial para interpretar o presente e construir o futuro.

3️⃣ IMPACTOS SOCIAIS DA SOCIEDADE EM REDE

Vivemos em uma sociedade cada vez mais conectada, onde as tecnologias digitais moldam relações econômicas, políticas, culturais e subjetivas. A seguir, exploramos os principais impactos sociais dessa nova configuração.

💼 No Mundo do Trabalho

A digitalização da economia e o avanço das plataformas modificaram profundamente a relação entre empregadores, trabalhadores e o próprio conceito de trabalho.

Novas Profissões
O surgimento de áreas como:

Criadores de conteúdo (YouTubers, TikTokers, streamers);
Analistas de dados;
Especialistas em marketing digital e em cibersegurança.
👉 Essas profissões refletem a transição para uma economia orientada por dados e visibilidade online.

Precarização do Trabalho
Plataformas como iFood, Rappi e Uber geram novas formas de ocupação, porém:

Não há garantias trabalhistas tradicionais;
O trabalhador é tratado como “parceiro”, e não empregado;
O algoritmo define rotinas, preços e produtividade.

📌 Reflexão: Liberdade ou vulnerabilidade? O trabalho sob demanda oferece flexibilidade, mas pode aumentar a insegurança econômica e social.

🏛️ Na Política

As redes digitais transformaram radicalmente o modo como a política é feita, comunicada e percebida.

Ativismo Digital
Exemplo de movimentos sociais globais:

Primavera Árabe (2011): articulação de protestos via redes sociais.
#BlackLivesMatter (EUA): mobilização contra o racismo e a violência policial.
👉 As redes tornam-se ferramentas de denúncia, organização e pressão social.

Desintermediação Política

Políticos utilizam diretamente as redes (ex.: Twitter/X) para se comunicar com eleitores, sem depender da mídia tradicional.
Isso pode democratizar o acesso, mas também gerar populismos digitais e desinformação.

📌 Exemplo prático: O ex-presidente Donald Trump usava o Twitter como sua principal ferramenta de governo e campanha.

🎨 Na Cultura

A cultura digital é marcada por uma profunda transformação na forma como expressamos identidades e produzimos significados coletivos.

Fragmentação de Identidades

Um mesmo indivíduo pode manter diferentes “eus” digitais: profissional (LinkedIn), pessoal (Instagram), humorístico (TikTok).
A identidade torna-se fluida, múltipla e adaptável a cada contexto de rede.

Memes como Forma de Discurso

Os memes tornaram-se linguagem simbólica poderosa:

Circulam rapidamente;
Transmitem críticas sociais e políticas com humor;
Criam narrativas alternativas à mídia tradicional.
📌 Exemplo: Memes políticos que viralizam durante eleições ou crises, moldando o debate público.

4️⃣ CRÍTICAS E DESAFIOS DA SOCIEDADE EM REDE

Apesar de suas promessas de conexão, acesso e inovação, a sociedade em rede apresenta sérios desafios éticos, sociais e políticos.

⚠️ Exclusão Digital

Mais de 3 bilhões de pessoas ainda estão fora da internet (ONU, 2023).
Existe uma clara desigualdade geográfica:

Países ricos têm infraestrutura avançada;
Regiões periféricas enfrentam acesso precário ou inexistente.
📌 Consequência: A exclusão digital aprofunda outras formas de exclusão social: educação, saúde, mercado de trabalho e participação política.

👁️ Vigilância e Controle

Big Techs como Google, Meta e Amazon coletam dados de usuários:

Geolocalização, preferências de consumo, contatos, hábitos de navegação.
Esses dados são monetizados por meio da publicidade direcionada e da venda de perfis comportamentais.

Governos também monitoram:

O caso da China é emblemático: o Sistema de Crédito Social utiliza dados digitais para classificar cidadãos e regular comportamentos.
📌 Discussão: Liberdade ou controle? Até que ponto estamos dispostos a abrir mão da privacidade?

📢 Desinformação

Fake News e conteúdos manipulados têm impactos reais:

Podem alterar decisões eleitorais (EUA 2016, Brasil 2018);
Afetam a saúde pública (ex.: campanhas antivacina);
Espalham preconceitos e discursos de ódio.

Tecnologias como Deepfake dificultam a distinção entre o verdadeiro e o falso, gerando uma crise de confiança na informação.

📌 Conceito central: Pós-verdade – quando fatos objetivos têm menos influência sobre a opinião pública do que emoções e crenças pessoais.

A Sociedade em Rede e a Cibercultura Arquivo

Leia o artigo "A Sociedade em Rede e a Cibercultura: dialogando com o pensamento de Manuel Castells e de Pierre Lévy na era das novas tecnologias de comunicação "
Atividade de Verificação de Aprendizagem Questionário

Fechado: segunda-feira, 30 jun. 2025, 23:52
Fórum Pontuado 3
Vencimento: segunda-feira, 30 jun. 2025, 23:56
📌 EXERCÍCIO PRÁTICO
Escolha uma fake news famosa (ex: "kit gay", "vacina causa autismo", etc.) e:
Investigue sua origem;
Analise os canais de circulação;
Identifique os efeitos sociais e políticos causados;
Proponha estratégias de combate à desinformação.

GLOBALIZAÇÃO E INFORMACIONALIMO

🌍 Globalização e Informacionalismo

📌 Introdução – O conhecimento como força produtiva

Caro aluno,

O tema desta aula é o informacionalismo, conceito importante na teoria de Manuel Castells. Assim fala o autor:

📌 Citação de Castells:
*“A crise dos modelos de desenvolvimento econômico tanto do capitalismo como do estatismo motivaram sua reestruturação paralela a partir de meados dos anos 70. Nas economias capitalistas, empresas e governos estabeleceram várias medidas e políticas que, em conjunto, levaram a uma nova forma de capitalismo. Suas características são a globalização das principais atividades econômicas, flexibilidade organizacional e maior poder para o patronato em suas relações com os trabalhadores. Pressões competitivas, flexibilidade de trabalho e enfraquecimento de mão-de-obra sindicalizada levaram à redução de despesas com o Estado do bem-estar social, alicerce do contrato social na era industrial. As novas tecnologias da informação desempenharam papel decisivo ao facilitarem o surgimento desse capitalismo flexível e rejuvenescido, proporcionando ferramentas para a formação de redes, comunicação à distância, armazenamento/processamento de informação, individualização coordenada do trabalho e concentração e descentralização simultâneas do processo decisório.”*
(CASTELLS, 2000, p.411)

🔄 Transformações nos anos 1990

Na década de 1990, assistiu-se a um esforço em favor da:
🔹 Desregulamentação;
🔹 Privatizações;
🔹 Desmantelamento do contrato entre capital e trabalho.

✅ Essas reformas visam os seguintes objetivos:
✔ Aprofundar a lógica capitalista de busca de lucro nas relações capital/trabalho;
✔ Aumentar a produtividade do trabalho e do capital;
✔ Globalizar a produção para a realização de lucros em todos os lugares;
✔ Direcionar o apoio do Estado para os ganhos de produtividade e competitividade das economias nacionais, em detrimento da proteção social.

💡 Informacionalismo e reestruturação capitalista

A inovação tecnológica e a transformação organizacional foram cruciais para garantir essa nova fase do capitalismo.

🔹 ➡ O informacionalismo está diretamente relacionado ao rejuvenescimento do capitalismo e à sua expansão global.
🔹 ➡ Essa reestruturação impôs uma derrota política às organizações de trabalhadores nos principais países capitalistas.
🔹 ➡ Houve também a aceitação de uma disciplina econômica comum pelos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

🌐 O Conhecimento como Força Produtiva

🕰️ 1. Contextualização Histórica

📌 O papel do conhecimento nas diferentes fases do desenvolvimento econômico:

🔹 Revolução Industrial (século XVIII-XIX): Neste período, o crescimento econômico estava vinculado à força física dos trabalhadores e à mecanização dos processos produtivos. A base da produtividade era a energia mecânica, inicialmente a vapor, posteriormente elétrica. O conhecimento técnico era restrito a engenheiros e inventores, e a maioria da força de trabalho não precisava de qualificação avançada.

🔹 Revolução Informacional (a partir do final do século XX): Com o avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), o conhecimento passa a desempenhar um papel central nos processos produtivos. A inovação tecnológica torna-se constante, e a capacidade de processar, interpretar e aplicar informações ganha destaque.

🔹 Sociedade do Conhecimento: Trata-se de uma nova configuração social e econômica, na qual o saber e a informação tornam-se os principais ativos estratégicos. A produção, a riqueza e o poder são cada vez mais definidos pela capacidade de gerar, disseminar e aplicar conhecimento em larga escala.

💡 Essa transição marca uma mudança estrutural: o valor econômico passa da força física para a capacidade cognitiva e intelectual das pessoas.

⚙️ 2. Conhecimento e Transformações nas Relações de Produção

📌 Como o conhecimento reconfigura o trabalho e as profissões:

🔹 A automatização de tarefas repetitivas eliminou muitos postos de trabalho tradicionais, ao mesmo tempo em que criou novas demandas por profissionais qualificados em áreas como ciência de dados, inteligência artificial, biotecnologia e economia digital.

🔹 O conhecimento não apenas é necessário para operar tecnologias avançadas, mas também para desenvolver soluções inovadoras, adaptar-se rapidamente a mudanças de mercado e aprender continuamente.

🔹 Os trabalhadores passam a ser avaliados não apenas por sua força física ou tempo de serviço, mas por sua capacidade criativa, analítica e comunicativa.

💻 Exemplo: No setor de tecnologia, o capital humano – ou seja, os conhecimentos e habilidades dos profissionais – é mais importante do que as máquinas ou instalações físicas. A inovação constante depende do talento criativo de equipes multidisciplinares.

🌐 3. Informacionalismo e Nova Economia

📌 Conceito central: Informacionalismo, segundo Manuel Castells.

🔹 Informacionalismo é um novo paradigma técnico-econômico em que os processos de criação de valor são mediados e impulsionados pelas tecnologias da informação. É uma economia baseada em redes globais, flexíveis e interativas.

🔹 No capitalismo informacional, os fluxos de informação são contínuos, globais e multidirecionais. Empresas, governos e indivíduos operam em redes digitais altamente dinâmicas, o que exige estruturas mais descentralizadas e adaptáveis.

🔹 O conhecimento, nesse modelo, assume dois papéis centrais: como insumo, pois é necessário para projetar e gerir sistemas complexos; e como produto, já que muitas vezes o que se vende é justamente informação (como softwares, dados, análises, algoritmos).

🧠 A economia informacional se diferencia por depender mais da capacidade de inovação e conectividade do que de matéria-prima ou força de trabalho convencional.

💻 4. O Conhecimento na Era Digital

📌 As tecnologias da informação reorganizam o capitalismo contemporâneo:

🔹 A digitalização permite maior automação dos processos produtivos, reorganizando as cadeias globais de valor. Softwares, robôs e plataformas digitais substituem funções antes executadas por humanos.

🔹 O teletrabalho (home office), o trabalho sob demanda (via aplicativos) e os contratos flexíveis se tornam formas comuns de emprego, alterando as relações laborais tradicionais e promovendo a individualização do trabalho.

🔹 O poder decisório não está mais concentrado apenas em grandes chefias ou instâncias hierárquicas, mas circula por redes interconectadas. Contudo, esse modelo também permite uma nova concentração de poder nas grandes corporações de tecnologia.

📲 A era digital traz inegáveis avanços em produtividade e comunicação, mas também levanta questões sobre vigilância, segurança de dados e desigualdades de acesso.

🏛️ 5. Crise do Estado de Bem-Estar e Reestruturação Capitalista

📌 Mudanças na função do Estado frente à economia do conhecimento:

🔹 Desde os anos 1980, muitos países passaram a adotar políticas neoliberais que enfraqueceram o Estado de Bem-Estar Social, sob o argumento de aumentar a eficiência e a competitividade no mercado global.

🔹 O papel do Estado se desloca de provedor de direitos sociais para facilitador de mercados e impulsionador da inovação. Reduz-se o investimento em políticas sociais e amplia-se o apoio a empresas inovadoras.

🔹 Esse processo resultou em desregulamentação do mercado de trabalho, flexibilização de contratos, enfraquecimento de sindicatos e retirada de garantias trabalhistas.

🚨 Essa reestruturação aprofunda desigualdades, especialmente entre os que têm acesso ao conhecimento e tecnologia e os que ficam à margem desse processo.

🎓 6. Educação e Qualificação na Sociedade do Conhecimento

📌 A formação permanente torna-se uma exigência:

🔹 A rápida obsolescência do conhecimento técnico exige que trabalhadores atualizem constantemente suas competências. Surge o conceito de aprendizado ao longo da vida (lifelong learning).

🔹 A educação deixa de ser apenas um momento da juventude e passa a ser um processo contínuo. Isso exige novos formatos educacionais, como ensino a distância, cursos híbridos, formação corporativa, etc.

🔹 No entanto, o acesso desigual à educação de qualidade e à infraestrutura digital cria uma nova clivagem social: a exclusão cognitiva e digital, que afasta milhões de pessoas das oportunidades geradas pela economia do conhecimento.

📉 A educação se torna o principal vetor de mobilidade social, mas também um espelho das desigualdades estruturais da sociedade.

⚠️ 7. Críticas e Desafios do Informacionalismo

📌 Contradições do modelo baseado na informação:

🔹 📵 Exclusão digital: Cerca de 1/3 da população mundial ainda não tem acesso confiável à internet. Sem conectividade, o indivíduo é excluído da formação, do trabalho e da participação cívica.

🔹 👷‍♂️ Precarização do trabalho: A flexibilização e a informalidade crescem. Plataformas digitais empregam milhões de pessoas sem garantias trabalhistas, previdenciárias ou direitos sindicais.

🔹 🧩 Concentração de poder: As grandes corporações de tecnologia (como Google, Amazon, Meta, Apple, Microsoft) acumulam imensa influência econômica, política e cultural, o que pode ameaçar a soberania nacional e a democracia.

🛑 A governança do conhecimento requer regulação pública, ética digital e políticas inclusivas que garantam justiça informacional.
🎬 Assista ao Vídeo: "Sociedade da Informação: Benefícios, Angústias e Possibilidades", com o Prof. Leonardo Soares

Você já parou para pensar em como a era digital está transformando nossa vida, nosso trabalho e até mesmo nossas relações? 🌐💡

No vídeo "Sociedade da Informação: Benefícios, Angústias e Possibilidades", vamos explorar:
✅ Os benefícios – Como a tecnologia impulsiona a comunicação, o conhecimento e a economia.
⚠️ As angústias – Os desafios da privacidade, do excesso de informação e da desigualdade digital.
🚀 As possibilidades – O que o futuro nos reserva em um mundo cada vez mais conectado.
Artigo : “Informação e Mudanças Sociais no Capitalismo Informacional” Arquivo

📘 Leia o Artigo : “Informação e Mudanças Sociais no Capitalismo Informacional”, de Marco Antônio de Almeida e Christian Carvalho Ganzer.
Atividade Verificadora de Aprendizagem Questionário

Aberto: domingo, 25 mai. 2025, 13:57

Fechado: segunda-feira, 30 jun. 2025, 23:57
📚 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ✍️R
CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. (A sociedade em rede, Vol. 1). São Paulo: Paz e Terra, 1999.
______. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. (Fim de milênio, Vol. 3). São Paulo: Paz e Terra, 2000

AULA SÍNCRONA: PIERRE LÉVY, O POETA DO CIBERESPAÇO

Clique no Link abaixo para acessar a sala de aula virtual para a aula síncrona da disciplina no dia 27/05, das 9h às 10h30. Espero vocês!

A GALÁXIA DA INTERNET E O LIMIAR DO ETERNO

📌 Introdução da aula

🎯 Olá, bem-vindo à nossa aula de número 09.

Ela tem como foco um dos livros mais conhecidos de Manuel Castells: 📖 A Galáxia da Internet.

🔍 O título do livro faz referência ao livro “A Galáxia de Gutemberg”, escrito pelo canadense Marshall McLuhan¹.

A obra fala sobre o impacto que a invenção da prensa móvel de Gutenberg teve na civilização Ocidental e de como o surgimento dos livros fomentou o surgimento do nacionalismo.

💡 Segundo Castells (2003, p.8):
“A internet é um meio de comunicação que permite, pela primeira vez, a comunicação de muitos com muitos, num momento escolhido, em escala global. Assim como a difusão da máquina impressora no ocidente criou o que McLuhan chamou de a ‘galáxia de Gutenberg’, ingressamos agora num novo mundo de comunicação: a ‘galáxia da internet’. O uso da internet como sistema de comunicação e forma de organização explodiu nos últimos anos do segundo milênio. (...) A influência das redes baseadas na internet vai além do número de seus usuários: diz respeito também à qualidade do uso. Atividades econômicas, sociais, políticas e culturais essenciais por todo o planeta estão sendo estruturadas pela internet e em torno dela, como por outras redes de computadores. De fato, ser excluído dessas redes é sofrer uma das formas mais danosas de exclusão em nossa economia e em nossa cultura”.

📌 Nota 1:
O livro A Galáxia de Gutemberg foi publicado em 1962 e nele McLuhan apresentou a conhecida expressão “aldeia global”, referindo-se ao mundo afetado pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC). O autor diz que, até o surgimento da televisão, vivíamos na "Galáxia de Gutenberg", em que o conhecimento era entendido apenas em sua dimensão visual. Com a invenção da imprensa, o conhecimento passou a ser difundido de maneira mais rápida e extensa. Para ele, as TIC afetam profundamente a sociedade e até mesmo a cognição dos indivíduos.
❓ Curiosidade: A primeira edição do livro em português foi prefaciada pelo conhecido educador Anísio Teixeira. Quer conhecer esse prefácio? Acesse: http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/apresentacao2.html
🚀 Desenvolvimento da aula - Alguns aspectos da obra

🌐 O surgimento da Internet

Castells (2003) inicia a obra relembrando seis eventos importantes na criação da internet:

✔ Cooperação entre pesquisadores (décadas de 60 e 70) – a cooperação característica do comportamento estabelecido entre pesquisadores, estudantes e profissionais da computação no fim da década de 60 e início da década de 70, que foi a base do que hoje permite a comunicação global, a qualquer tempo e em qualquer espaço

✔ Combinação entre ciência, pesquisa militar e cultura libertária.
✔ Inovação tecnológica nos campi universitários o desenvolvimento da inovação tecnológica nos campi universitários impulsionada pelo simples prazer do descobrimento

✔ Arquitetura aberta dos protocolos de comunicação.
✔ Evolução autônoma da Rede – a evolução autônoma da Rede a partir da produção e do uso das ferramentas não só por técnicos, mas pelos próprios usuários
✔ Governo da Internet – nem controlado pelos EUA, nem totalmente descentralizado, mas uma criação cultural. O governo da Internet, que não se deixou sucumbir ao governo americano nem a uma estrutura descentralizada, mas a uma estabilidade que a caracteriza, acima de tudo, como uma criação cultural

💬 Uma questão polêmica: Internet e isolamento social

A comunicação via internet ainda gera debates sobre isolamento social. Castells (2003) questiona:

📢 Segundo Castells (2003, p.98):
“A emergência da internet, como um novo meio de comunicação esteve associada a afirmações conflitantes sobre a ascensão de novos padrões de interação social. Por um lado, a formação de comunidades virtuais (...) foi interpretada como a culminação de um processo histórico de desvinculação entre localidade e sociabilidade na formação da comunidade (...). Por outro lado, críticos da internet (...) sustentam que a difusão da internet está conduzindo ao isolamento social, a um colapso da comunicação social e da vida familiar (...).”

🔢 As quatro camadas da cultura da internet

💡 Segundo de Castells (2003, p.83):
"A cultura da Internet é uma cultura construída sobre a crença tecnocrática no progresso humano através da tecnologia (...), praticada por comunidades de hackers (...), assente em redes virtuais (...), e materializada por empreendedores capitalistas."

Essa cultura resulta da combinação de:
1️⃣ Tecnomeritocrática
2️⃣ Hacker
3️⃣ Comunitária virtual
4️⃣ Empresarial

📌 Voltaremos a esse assunto na Aula 10!
📚 LEIA A RESENHA DO LIVRO

🔗 Acesse o link abaixo para conferir a resenha completa:
👉 https://www.bonslivrosparaler.com.br/livros/resenhas/a-galaxia-da-internet-reflexoes-sobre-a-internet-os-negocios-e-a-sociedade/5388
📌 Destaques da Resenha (Análise Prévia)

✔ Resumo da obra de Manuel Castells e sua relevância.
✔ Principais temas abordados: impacto da internet na sociedade, economia e cultura.
✔ Crítica e avaliação do conteúdo do livro.
✔ Indicação para quem deseja entender o papel da tecnologia no mundo moderno.

📢 Não deixe de conferir! Uma ótima maneira de se aprofundar no tema antes ou depois da aula.

🏁 Encerrando a nossa aula – A nova Economia

Reflexão sobre a economia digital:

📊 Segundo ARAÚJO (2009):
*“Sobre a nova economia, Castells (2003) discorre sobre as mudanças que a Internet imprime nas empresas (...). O uso da Rede pelas empresas altera o capital e o trabalho, que fazem parte do que Castells chama de ‘empresa de rede’ (...). A inovação torna-se uma função do trabalho especializado (...). Os internautas possuem um papel decisivo nesse processo.”*

📚 Referências Bibliográficas

ARAÚJO, Maria Clara. Resenha - A galáxia da Internet de Manuel Castells. Revista Eletrônica Portas, v.3, n.3, p.48-53, dez.2009. Disponível em: http://www.acicate.com.br/portas/galaxia.pdf.

CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
Atividade Verificadora de Aprendizagem Questionário

Fechado: segunda-feira, 30 jun. 2025, 23:59

CULTURA HACKER E DEMAIS CULTURAS NO ESPAÇO DE FLUXOS

📌 Cultura hacker e demais culturas no espaço de fluxos

🌟 Introdução da aula – O espaço de fluxos

Olá, esta é a nossa última aula do semestre.
Para encerrar a brevíssima abordagem que fizemos da obra de Manuel Castells vamos falar das culturas estabelecidas na era da informação que vivemos.

Um axioma fundamental da minha investigação é que o tempo e o espaço não podem ser entendidos independentemente da ação social. Dessa forma, temos de definir, em nível geral, o que é espaço do ponto de vista das práticas sociais; depois, deveremos identificar a especificidade histórica das práticas sociais, por exemplo, as da sociedade informacional que é a base do surgimento e consolidação de novas formas e processos espaciais.(...) proponho a ideia de que há uma nova forma espacial característica das práticas sociais que dominam e moldam a sociedade em rede: o espaço de fluxos. O espaço de fluxos é a organização material das práticas sociais de tempo compartilhado que funcionam por meio de fluxos. Por fluxos, entendo as sequências intencionais, repetitivas e programáveis de intercâmbio e interação entre posições fisicamente desarticuladas, mantidas por atores sociais nas estruturas econômica, política e simbólica da sociedade. (CASTELLS, 1999, p. 500-501).

🚀 Desenvolvimento da aula - A sociedade em rede e a cultura da internet

🔹 A sociedade em rede
Como já vimos, a sociedade em rede surge como resultado:
• das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC);
• da crise econômica a que sobreviveu o Capitalismo pela integração do espírito e das práticas do informacionalismo;
• das novas formas de produção, que trazem inovação;
• da competitividade estimulada pela globalização;
• do aparecimento de novos movimentos sócio-culturais.

Ela é caracterizada por:
• Uma nova estrutura social – em rede (Network Society)
• Uma nova economia – Informacional, Global
• Uma nova cultura – Virtualidade Real.

🔹 A cultura da Internet
Para Castells “A cultura da internet é a cultura dos criadores da internet” Surgiu da interação entre ciência, pesquisa universitária, pesquisa militar e contracultura libertária.

Diz o autor:
A cultura da internet é uma cultura feita de uma crença tecnocrática no progresso dos seres humanos através da tecnologia, levado a cabo por comunidades de hackers que prosperam na criatividade tecnológica livre e aberta, incrustada em redes virtuais que pretendem reinventar a sociedade, e materializada por empresários movidos a dinheiro na nova economia (CASTELLS, 2003, p.59).

😄 Um pouco de humor...

📚 Desenvolvimento da aula - As “quatro culturas” da Internet

No segundo capítulo do livro “A Galáxia da Internet” Castells apresenta e discute quatro culturas fundadoras da Internet: cultura tecnomeritocrática (acadêmica), cultura empresarial, cultura hacker e contracultura libertária.

Hoje em dia é fácil identificar características dessas culturas nas práticas vinculadas à Internet e também nos discursos que circulam socialmente e ajudam a construir o imaginário e a visão sobre a tecnologia no mundo atual.

🔸 Cultura tecnomeritocrática
Engloba as descobertas científicas voltadas para a tecnologia e, portanto, para a Internet.

Algumas características:
• Tem o desenvolvimento científico e tecnológico como progresso.
• Cria tecnoelites, em que o mérito decorre da contribuição para o avanço de uma dada tecnologia.
• Tem como missão construir e desenvolver um sistema de comunicação global.
• Vê a descoberta tecnológica como valor supremo.
• O conhecimento orientado para a solução de problemas definidos pela comunidade.
• A coordenação de tarefas é feita por figuras de autoridade.

🔸 Cultura empresarial
Engloba grupos cujos membros se beneficiam com avanços tecnológicos. Constitui a cultura do lucro, já que há interesses financeiros por trás dos progressos tecnológicos propiciados pela cultura tecnomeritocrática.

🔸 Cultura hacker
A origem da ética hacker data da década de 60 e se desenvolveu nas dependências da universidade norte-americana do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Num momento em que os computadores eram monstros de algumas toneladas e vários milhões de dólares e seu acesso era limitado há algumas horas previamente agendadas, a cultura do livre acesso, compartilhamento e senso de comunidade aflorou. Já naquela época, os jovens que utilizavam estes computadores desenvolviam programas para quebrar restrições de acesso impostas pelos administradores do MIT, sempre no sentido de que quanto mais pessoas os utilizassem, melhor seria. Numa época em que as redes inexistiam, se o programa fosse bom, seu código fonte[4] era exposto em painéis próximos aos computadores para que qualquer um pudesse pegar e melhorá-lo, numa lógica de evolução contínua dos códigos (LEVY, 1984). A própria palavra "hack" vem de um vocabulário interno do MIT que significava atividades em grupo elaboradas por e para os colegas. Transpondo para a relação com os computadores, um "hack" significava uma atividade divertida, um programa legal para usar e mostrar aos amigos.

De acordo com Steven Levy (LEVY, 1984), os princípios da ética hacker são:
✔ A informação deve ser livre;
✔ Desconfie das autoridades e promova descentralização;
✔ Julgue as pessoas pelo que elas criam e não por suas credenciais;
✔ O acesso aos computadores deve ser ilimitado;
✔ As pessoas podem criar arte e beleza com os computadores;
✔ Os computadores podem mudar a vida e o mundo para melhor.

(FONTE: http://www.arcos.org.br/artigos/internet-e-sua-normatividade-no-contexto-da-cultura-hacker/).

Para diferenciar os hackers das pessoas que invadem sistemas computacionais e cometem crimes na Internet Castells utiliza o termo cracker.

Os dois termos servem para conotar pessoas que têm habilidades com computadores, porém, cada um dos "grupos" usa essas habilidades de formas bem diferentes. Os hackers utilizam o conhecimento para melhorar softwares de forma legal e nunca invadem um sistema com o intuito de causar danos. Os crackers, ao contrário, têm como prática a quebra da segurança de um software e usam seu conhecimento de forma ilegal, portanto, são vistos como criminosos.

🔸 Contracultura libertária
É a cultura dos movimentos libertários, deu origem ao surgimento das redes sociais e dos movimentos sociais organizados em redes digitais.
📖 Leia o artigo
🔗 “Cultura Hacker e Controle de Informações na Internet”
Cultura Hacker e Controle de Informações na Internet Arquivo
🎬 Encerrando nossa aula

Para concluir sugerimos um vídeo sobre cultura hacker.

Conheça o que é a cultura hacker e acompanhe a expedição de um barco que é veículo de cidadania e produção de conhecimento coletivo para as comunidades ribeirinhas da região de Belém, no estado do Pará. Uma equipe multidisciplinar atravessa os rios desta região amazônica a bordo de uma embarcação especial batizada de "Barco Hacker", desenvolvendo projetos de educação, de cidadania digital e ambiental e promovendo intercâmbio entre lideranças da região.
O vídeo está dividido em duas partes:
🎥 Na Proa do Barco Hacker | parte 1:

🎥 Na Proa do Barco Hacker | parte 2
📚 Referências Bibliográficas
CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. (A sociedade em rede, Vol. 1). São Paulo: Paz e Terra, 1999.
______. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
Atividade Verificadora de Aprendizagem Questionário

Fechado: segunda-feira, 30 jun. 2025, 23:59
Fórum Pontuado 4

Vencimento: segunda-feira, 30 jun. 2025, 23:59

MANUEL CASTELLS E AS REDES DE INDIGNAÇÃO E ESPERANÇA

Não disponível

ENTREGA DO TRABALHO FINAL

Minha Jornada no Ciberespaço: Uma Autorreflexão Crítica sobre Tecnologia e Formação Humana Tarefa

Aberto: quarta-feira, 11 jun. 2025, 00:00

Vencimento: segunda-feira, 30 jun. 2025, 23:59

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