Ir para o conteúdo principal
Fórum

Fórum 1 - Atividade de participação obrigatória para avaliação (02 a 13/09)

Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo - Número de respostas: 14

Olá, pessoal

Este é o espaço para postarem as respostas às questões propostas para a reflexão, a partir da leitura e estudo do conteúdo das nossas aulas.

Bom trabalho!


Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Monica Cristina Riccio Ribeiro -
1. Relações de Poder e o Sujeito como Consumidor Passivo de Informação
O primeiro aspecto a ser considerado é a posição do sujeito na sociedade contemporânea, onde ele é frequentemente visto como um consumidor passivo de informação. Com a expansão das tecnologias digitais, a informação é disseminada em grande escala e velocidade, sem que o usuário tenha a capacidade ou o tempo necessário para processá-la criticamente.
O filme "Tempos Modernos" de Charlie Chaplin toca em questões fundamentais sobre o papel das tecnologias na sociedade contemporânea, especialmente em relação à informação, ao conhecimento e às relações de poder.
Na perspectiva de Umberto Eco, o perigo da passividade na recepção de informações está no risco de uma massa de consumidores aceitar e disseminar informações sem questionamento, o que pode reforçar sistemas de poder existentes. Isso serve aos interesses daqueles que controlam as plataformas de disseminação de informação, como grandes corporações tecnológicas e elites políticas, que se beneficiam da reprodução acrítica de narrativas. Assim, o sujeito, ao se tornar um simples retransmissor de informação, contribui para a manutenção de um status quo que favorece esses grupos.
Castells, por sua vez, aponta que as redes de comunicação são fundamentais na construção do poder na sociedade contemporânea. Ele argumenta que o poder é exercido pela capacidade de controlar a comunicação e a disseminação de informações. Nesse contexto, o sujeito que não desenvolve uma postura crítica e não verifica as informações que recebe acaba por perpetuar as desigualdades de poder, tornando-se um peão nas mãos daqueles que detêm o controle dos meios de comunicação.

2. Rompendo com o “Efeito Manada” e Produzindo Conhecimento
O segundo ponto de reflexão é sobre como o sujeito pode romper com o chamado "efeito manada" e passar de mero consumidor de informação a produtor de conhecimento. Esse processo exige uma postura ativa e crítica frente à informação recebida.
O filme "Tempos Modernos" de Chaplin, mesmo sendo uma obra do início do século XX, ainda ecoa na contemporaneidade ao ilustrar a alienação do trabalhador frente às tecnologias de produção. Hoje, essa alienação se manifesta no campo da informação, onde o indivíduo é submerso em um mar de dados que muitas vezes apenas reproduz sem compreender. Para romper com essa alienação, é necessário um esforço consciente de transformação, onde a tecnologia é utilizada não apenas para consumir, mas para criar, questionar e, finalmente, transformar a sociedade.
Para nos tornarmos agentes de transformação, devemos desenvolver habilidades de filtragem, checagem e verificação da informação. Isso significa adotar uma abordagem mais reflexiva, questionando a origem, a intenção e a veracidade das informações que chegam até nós. Na era das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs), onde somos constantemente bombardeados com dados, a seleção criteriosa daquilo que realmente importa é fundamental.
Umberto Eco já alertava para a necessidade de uma "alfabetização midiática", onde os indivíduos são treinados para lidar criticamente com as mídias. Esse tipo de educação poderia ajudar a combater o efeito manada, incentivando a produção de conhecimento em vez de mera reprodução. Castells complementa essa visão ao destacar a importância das redes sociais como espaços potenciais de resistência e criação de contra-narrativas, mas somente se os indivíduos forem capazes de utilizar essas plataformas de maneira crítica e inovadora.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Gabriel Santos Collares -
1. O sujeito que consome e dissemina informações sem verificação, conforme analisado por Manuel Castells e no filme Tempos Modernos, serve a interesses maiores sem perceber. Ele reforça o poder de plataformas digitais, agendas políticas e sistemas de controle social ao agir como um agente passivo, propagando narrativas sem filtro. Assim como o trabalhador em Tempos Modernos, o indivíduo se torna parte de uma "engrenagem", contribuindo para a amplificação de conteúdos que beneficiam elites e desinformam a sociedade, enquanto perde sua autonomia e criticidade.

2. Para romper com o "efeito manada", inspirado pelas ideias de Castells e o filme Tempos Modernos, é essencial que o sujeito assuma uma postura crítica frente à avalanche de informações digitais; torne-se um produtor de conhecimento, e não apenas um consumidor automático; use o poder das redes para criar e disseminar contra narrativas verificadas; retome sua agência, fugindo da alienação informacional, da mesma forma que Chaplin resistiu à mecanização de sua vida industrial.
Esses passos possibilitam que o indivíduo se torne um agente de transformação, utilizando a tecnologia para construir conhecimento em vez de apenas reproduzir passivamente informações.
Em resposta à Gabriel Santos Collares

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Pedro Henrique Cordeiro da Silva -
1 - O indivíduo passivo que absorve e compartilha informações sem verificação, segundo as análises feitas no filme Tempos Modernos e pelo Manuel Castells, serve muitas vezes, a interesses comerciais, políticos ou ideológicos que se beneficiam da disseminação rápida e massiva de informações, sem que haja uma verificação crítica. Essa passividade reforça e sustenta estruturas de poder, limitando a capacidade do indivíduo de agir de forma crítica e autônoma na sociedade contemporânea. E comparando ao filme Tempos Modernos, o sujeito faz parte de algo tão cotidiano que ele já faz parte de uma bolha, e com isso ele acaba ajudando a perpetuar desigualdades, manipular opiniões e aumentar a polarização social, em vez de promover um ambiente informacional mais saudável e equilibrado.

2 - Para romper com o "efeito manada", é necessário não estar mais na posição de consumidor passivo, assim como o personagem de Chaplin precisa parar de ser uma engrenagem da máquina para recuperar sua humanidade, o usuário das redes deve reapropriar-se do tempo e espaço que dedica ao consumo de informações, e passar a usar a rede de forma consciente e estratégica. Castells também tem boas contribuições para que possamos romper com o "efeito manada", ele sugere que as redes digitais oferecem a oportunidade de sermos criadores e não apenas consumidores. Assim, uma maneira de romper com o "efeito manada" é começar a produzir e compartilhar informações que reflitam uma análise crítica, investigação, ou experiências próprias. É sobre transformar a tecnologia em uma aliada para a produção crítica de conhecimento, promovendo uma cultura de reflexão e colaboração, em vez de perpetuar narrativas dominantes ou manipulativas.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Daniel Santos Marcos dos Anjos -
1 - Consumidores passivos de informação são dependentes da dinâmica de poder que envolve o fluxo de informação sendo controlado por grandes corporações e plataformas digitais. Eles são capazes de moldar opiniões e comportamentos por meio da visibilidade ou invisibilidade de conteúdo selecionado e, portanto, neste contexto, os consumidores trabalham para servir aos interesses dessas corporações, pois lucram com a atenção e os dados dos usuários. Passar informações em uma sequência sem verificá-las pode funcionar em vantagem daqueles que controlam a narrativa (já que os ajudará a impulsionar qualquer agenda que desejarem), mas prejudica a qualidade do conhecimento disseminado.

2- Para quebrar o "efeito manada" e começar a produzir conhecimento, é preciso assumir uma posição crítica e ativa em relação às informações consumidas. Aqui estão algumas estratégias como: aprimorar as habilidades de alfabetização midiática para avaliar criticamente as fontes de informação e detectar desinformação; escolher fontes de informação ativamente confiáveis ​​e variadas, sem depender de um único canal ou plataforma; promover a produção, mas mais ainda de conteúdo original bem pesquisado, tanto quanto possível para adicionar diferentes perspectivas e informações; participar abertamente de qualquer discurso online, fazendo perguntas relevantes e verificando as informações antes que elas possam ser compartilhadas;
Ao adotar essas práticas, somos os agentes de mudança que contribuem para um ambiente de informação saudável e equilibrado.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Vitor Brigante Rinaldi Caruso -
1. quais são as relações de poder que se estabelecem quando olhamos o sujeito como consumidor passivo da informação disponibilizada na rede, amplamente e assume a responsabilidade da sua disseminação sequencial, sem verificação, filtro ou checagem? A que ou a quem ele serve, neste papel? R: O sujeito que assume um papel passivo na disseminação de informações serve, muitas vezes, aos interesses das plataformas digitais, dos criadores de conteúdo, e dos manipuladores de informação. A falta de verificação e a propagação sem crítica contribuem para um ciclo de influência e controle que pode moldar a opinião pública e fortalecer certas agendas e estruturas de poder. Segundo Castells, a ampliação do acesso à informação, disseminada na internet, considerada um “território livre” para o seu fluxo, tem permitido que as pessoas interessadas busquem outras faces, outras versões do que é veiculado nos meios de comunicação de massa, por exemplo. Essa possibilidade, por si só, abre espaço para o questionamento das relações de poder, uma vez que as “versões oficiais” divulgadas sobre os fatos não serão mais as únicas disponíveis. A democratização do acesso não garante sozinha a transformação das relações de poder, mas pode representar um primeiro passo para que isso aconteça.

2.como romper com o “efeito manada” produzido pela rede e passar a produzir conhecimento com a informação, ao invés de apenas consumir? Como se tornar agente de transformação neste mesmo contexto da utilização da tecnologia, no qual somos atropelados por um volume de informação que não nos permite sempre filtrar, checar ou verificar, para decidir o que faremos com o que nos chega? R: Desenvolver pensamento crítico, questione a fonte antes de aceitar ou compartilhar uma informação, pergunte-se sobre a fonte. É confiável? Tem uma agenda? Qual é o histórico da fonte? Verifique fatos, utilize ferramentas e sites de verificação de fatos para confirmar a veracidade das informações. Exemplos incluem Snopes, FactCheck.org e similares. Analise as evidências, avalie se a informação é respaldada por dados concretos ou se é apenas uma opinião ou boato. Castells no texto da Aula 3, comenta sobre fomentar a Participação Cidadã, engaje-se em movimentos sociais: Participe de movimentos e iniciativas que busquem promover a transparência e a responsabilidade na disseminação de informações. Castells destaca o papel das redes na mobilização social, o que pode ser uma forma poderosa de fomentar mudanças. Apoie iniciativas de mídia independente: Incentive e apoie a mídia independente e organizações que promovem a qualidade da informação e a alfabetização midiática.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Luan Soares Sant`Anna -
No período da Segunda Revolução Industrial, vimos uma tendência de como a tecnologia seria aplicada na sociedade. O uso visaria o lucro e tempo de produção em grandes fábricas, sendo introduzido máquinas que otimizam tempo e acelerassem o processo produtivo.
Segundo Manuel Castells, “Antes da chegada das tecnologias digitais, da transmissão via satélite, o acesso à informação era difícil, caro, disperso e lento.” Com isso podemos concluir que o avanço do tempo a tecnologia não se limitou em somente máquina, com a chegada da Terceira Revolução Industrial vemos o avanço na rapidez da disseminação de informações. Nos dias atuais, temos um turbilhão de informações disponibilizadas na rede e com isso temos informações verdadeiras e falsas. O consumidor passivo, que somente vê a notícia e não procura investigar a origem da fonte e outras informações similares, pode ser um perigo para propagar ainda mais as notícias falsas, servindo apenas para os emissores dessas “notícias”.
Uma forma de romper esse “efeito manada" nas redes seria a realização de debates, onde seria fomentado o pensamento crítico de cada leitor e estimularia a dúvida em relação às informações propagadas nas redes.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Italo Candido Araujo Silva -
Conforme base no filme "Tempos Modernos" e nas análises feitas por Manuel Castells, quando o sujeito se posiciona como um consumidor passivo de informação na rede e dissemina conteúdo sem verificar, ele se torna parte de um sistema que fortalece interesses que nem sempre são visíveis, que serve a propósitos políticos, comerciais ou ideológicos. As plataformas digitais se beneficiam em trazer informações em grande escala sendo ela positiva ou negativa, gerando lucro pela publicidade. Quem assume papel de passividade, favorece quem distorce a informação seja em qual âmbito for. As desinformações que correm geralmente reforçam hierarquias e estruturas de poder já existentes e dominantes. Outro fator também é a criação de uma bolha digital, onde o sujeito só consome aquilo que a plataforma já filtrou com base nas suas buscas. o que limita o acesso a outras informações.

Como romper o "efeito manada" e produzir conhecimento:

Através do filme "Tempos Modernos" de Charlie Chaplin, apesar de ser bem antigo, nos revela problemas e soluções bem atuais e que estão de acordo com o que vivemos hoje. Algumas formas de romper o "efeito manada" baseado no que o
filme nos ensina, podemos destacar:

Desenvolver um pensamento mais crítico com relação ao que é passado para nós através das plataformas digitais, questionar a veracidade da informação. Reduzir o consumo em grande escala de informação e investir mais na qualidade. Selecionar fontes confiáveis e com repertório seguro nas informações que são passadas. Produzir conteúdos que sejam responsáveis, baseados em estudos reflexivos e verdadeiros que podem ser utilizados por outras pessoas. Quando se buscar entender o contexto da informação e, acima de tudo, verificar a veracidade, você começa a entender melhor a dinâmica do que é passado e investigar diferentes perspectivas, passando assim de consumidor passivo para um consumidor mais ativo, contribuindo na construção de conhecimento.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Rebeca de Macedo Cypreste -
Olá, Professora!

1: As relações de poder que se estabelecem quando o sujeito assume um papel passivo na rede, consumindo e disseminando informações sem verificação, são complexas. Ao não filtrar o conteúdo que recebe, ele se torna parte de um ciclo que serve aos interesses de grandes corporações e elites dominantes, como aponta Castells. O compartilhamento indiscriminado de dados, sem análise crítica, acaba reforçando estruturas de controle e manipulação, onde a informação é usada para manter as coisas como são, seja no campo econômico, político ou social. Nesse cenário, o sujeito se torna um disseminador involuntário de ideologias e fake news, ajudando a perpetuar um sistema que se aproveita dessa passividade.

2: Para romper com esse “efeito manada” nas redes, é necessário adotar uma postura ativa e crítica diante da avalanche de informações. Pierre Levy sugere que o ciberespaço e a cibercultura trazem novas formas de interação com o conhecimento, e cabe a nós aprendermos a utilizá-las de maneira mais consciente. Isso envolve desenvolver habilidades de pensamento hipertextual e complexo, como proposto por Edgar Morin, permitindo que façamos conexões mais profundas entre os dados que recebemos. Em vez de simplesmente consumir, devemos nos tornar produtores de conhecimento, filtrando, checando e contextualizando a informação.

Nesse contexto, a chave para se tornar um agente de transformação esta em aprender a navegar de maneira crítica e consciente, questionando o que recebemos e buscando fontes confiáveis. Apenas assim é possível transformar a informação em conhecimento útil e relevante, contribuindo para uma sociedade mais informada e menos manipulável
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Wanderson Albuquerque da Silva -
Olá professora,

A nossa relação com a informação na era digital, estabelece um paralelo com a história da evolução tecnológica e a sociedade contemporânea. Ao comparar as transformações sociais promovidas pelas tecnologias de comunicação ao longo do tempo, questiona-se qual seria nosso papel como consumidores passivos de informação e a necessidade de nos tornarmos produtores ativos de conhecimento.
Esse questionamento revela dois aspectos cruciais: as relações de poder que se estabelecem na sociedade da informação e a necessidade de romper com o papel de consumidores passivos para nos tornarmos agentes de transformação. Ao nos posicionarmos como meros consumidores de informação, estamos sujeitos a diversas formas de manipulação e controle, como a propagação de desinformação, a vigilância constante e a lógica do capitalismo, que impulsiona a produção e o consumo em massa de informações.
Para romper com essa dinâmica, é fundamental desenvolver o pensamento crítico, questionar as informações que recebemos e verificar sua credibilidade. A educação para a mídia se torna essencial nesse contexto, pois nos equipa com as ferramentas necessárias para navegar de forma segura e crítica no mundo digital. Além disso, a colaboração e a produção de conhecimento de forma coletiva são atitudes que podem contribuir para a construção de um espaço digital mais democrático e participativo.
Ao longo da história, as tecnologias da comunicação sempre impulsionaram mudanças significativas na organização social. Atualmente, a velocidade com que as novas tecnologias da informação e comunicação se desenvolvem nos coloca diante de um volume de informação que ultrapassa nossa capacidade de processamento. Essa sobrecarga de informações nos torna vulneráveis à manipulação e à formação de bolhas de filtro, que limitam nossa visão de mundo e dificultam o diálogo entre diferentes perspectivas.
O filme "Tempos Modernos" de Charlie Chaplin, que retrata a alienação e a desumanização do trabalho na era industrial, serve como uma metáfora para a nossa relação com a tecnologia na sociedade contemporânea. A figura do operário preso à máquina, repetindo tarefas mecânicas, pode ser comparada ao indivíduo que se torna refém da informação, consumindo passivamente conteúdo sem questioná-los.
Em suma, a sociedade da informação nos coloca diante de grandes desafios e oportunidades. Ao compreender as relações de poder que se estabelecem nesse contexto e ao desenvolver habilidades críticas e colaborativas, podemos nos tornar agentes de transformação e construir um futuro mais consciente e crítico. A educação para a mídia, a colaboração online e a participação ativa na construção do conhecimento são elementos essenciais para que possamos navegar nesse novo cenário de forma mais autônoma e consciente.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Arian Carvalho de Alcantara -
Primeiro ponto: Poder e a passividade na disseminação de informações

As novas tecnologias da informação e comunicação (NTICs) transformaram o acesso à informação, mas também condicionaram as relações de poder na sociedade. De acordo com Castells, o poder nas sociedades contemporâneas está intimamente ligado ao controle das informações que circulam pelas redes digitais. O indivíduo que age como consumidor passivo de informações, compartilhando-as sem reflexão, muitas vezes reproduz interesses que não são os seus. A facilidade de disseminação sem filtro serve aos interesses de grandes corporações e plataformas que, em última instância, lucram com a atenção e os dados dos usuários. Assim, o usuário acaba perpetuando um ciclo de consumo informacional que reforça estruturas de poder capitalistas e informacionais.

Nesse contexto, o papel do sujeito não é apenas o de um consumidor, mas também o de um “amplificador” daquilo que já está disponível nas redes, muitas vezes sem uma reflexão crítica ou verificação. Isso perpetua a lógica da desinformação e favorece um ambiente de controle por meio da sobrecarga de dados, onde a qualidade da informação é secundária em relação ao seu volume e à velocidade de disseminação.

Segundo ponto: Romper o "efeito manada" e tornar-se agente de conhecimento

Romper com o efeito manada envolve uma mudança na forma como nos relacionamos com a informação e com a tecnologia. Pierre Levy, por exemplo, fala sobre a necessidade de novas competências para navegar no ciberespaço e participar ativamente da cibercultura. Ao invés de apenas consumir informações, é preciso que o sujeito se aproprie da tecnologia de maneira crítica, desenvolvendo habilidades de curadoria e análise que permitam a produção de conhecimento novo. Isso implica em abandonar uma postura passiva e assumir a responsabilidade pelo processo de seleção, verificação e aplicação do conhecimento.

Para ser agente de transformação, é necessário adotar uma postura de reflexão crítica, utilizando as ferramentas tecnológicas não apenas para coletar informações, mas para analisá-las e gerar insights que possam contribuir para a sociedade. A transição de consumidor para produtor de conhecimento exige o desenvolvimento de um pensamento complexo, como sugerido por autores como Edgar Morin, que defende que a tecnologia pode ser um instrumento para desenvolver habilidades cognitivas que ampliam nossa capacidade de entender o mundo de maneira não-linear.
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Isabela de Oliveira da Silva -
Boa noite Professora,
1. Primeiro aspecto:
Quando o sujeito assume um papel de consumidor passivo da informação disponibilizada na rede, ele se encontra em uma posição de subordinação dentro de um sistema em que as grandes corporações e plataformas tecnológicas detêm o controle sobre o fluxo e o acesso à informação. Esse cenário pode ser comparado ao filme Tempos Modernos de Charlie Chaplin, em que os trabalhadores da fábrica são reduzidos a meras engrenagens de uma máquina, repetindo mecanicamente suas tarefas sem questionamento ou autonomia. Da mesma forma, no contexto contemporâneo, o usuário da internet consome informações de maneira superficial, muitas vezes repassando-as sem critério ou verificação, contribuindo para a disseminação de dados imprecisos ou falsos.
Aqui, as relações de poder se manifestam de forma clara. As grandes plataformas tecnológicas, como as redes sociais, beneficiam-se desse fluxo contínuo de dados, pois a circulação incessante de informações gera lucro por meio de publicidade, coleta de dados e engajamento. Nesse sentido, o consumidor passivo serve a esses interesses, perpetuando um ciclo de desinformação e superficialidade que atende aos objetivos do mercado capitalista. A responsabilidade de verificar e checar informações é deslocada para o usuário, mas sem que ele tenha o devido preparo ou tempo para realizar essa tarefa de forma eficiente. O resultado é a perpetuação de narrativas que podem ser distorcidas ou manipuladas, beneficiando aqueles que têm poder sobre a infraestrutura informacional.
2. Segundo aspecto:
Romper com o efeito manada, que é amplificado pelas redes sociais e pela velocidade com que a informação circula, exige uma mudança de postura e uma educação crítica em relação ao uso das tecnologias. Para que o indivíduo deixe de ser apenas consumidor e se torne um produtor de conhecimento, é necessário desenvolver habilidades de filtragem, análise e verificação das informações. Esse processo pode ser comparado à visão de Manuel Castells, que argumenta que os sistemas dos países mudam por necessidade, e não por escolha. Da mesma forma, o rompimento com o consumo passivo de informação precisa ser impulsionado pela necessidade de adaptação às novas exigências de uma sociedade baseada no conhecimento.
Para se tornar agente de transformação nesse contexto, é fundamental adotar uma postura ativa frente à informação, o que implica em práticas de curadoria de conteúdo, verificação de fontes e a busca pela diversificação de perspectivas. Isso pode ser feito por meio de uma alfabetização digital crítica, que permita ao sujeito questionar a veracidade das informações e tomar decisões informadas sobre o que consumir e disseminar. Além disso, o uso de tecnologias de maneira criativa e colaborativa pode transformar o indivíduo em produtor de conhecimento, ao invés de mero reprodutor. A participação em comunidades de aprendizagem, a criação de conteúdo autoral e o engajamento em discussões que promovam o pensamento crítico são formas de escapar do efeito manada.
Em resposta à Isabela de Oliveira da Silva

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Tiago Luiz Guimaraes -
Boa noite professora,
1: Quando analisamos as relações de poder, é possível observar que o consumidor passivo frequentemente se torna um alvo mais vulnerável a estratégias direcionadas por interesses comerciais, políticos ou ideológicos. Isso ocorre porque o consumidor passivo adota uma postura em que não realiza uma análise crítica ou Uma verificação aprofundada das informações recebidas. Dessa forma, imerso em um fluxo constante de dados e conteúdos, o consumidor passivo se torna um alvo para grandes corporações na era digital, desempenhando um papel crucial na manipulação de massas e atividades como peça-chave em um complexo mecanismo de influência e manipulação.

2: Para romper com o efeito manada, é essencial adotar uma postura proativa e crítica em relação ao consumo de informações. É necessário desenvolver a capacidade de avaliar e interpretar dados de maneira eficaz, além de aprimorar habilidades analíticas. Em um ambiente saturado de informações, isso exige a competência de questionar e analisar dados de forma aprofundada. Para se tornar um agente de transformação, devemos cultivar o pensamento crítico e a habilidade de examinar informações de maneira detalhada, considerando diversas perspectivas antes de divulgar as informações recebidas, é necessário também fomentar uma atitude de questionamento contínuo e não aceitar informações como verdades absolutas sem uma verificação adequada.
Em resposta à Tiago Luiz Guimaraes

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Jésse Lucas de Lima Pereira dos Santos -
1
A era digital, marcada pela abundância de informação e pela velocidade com que ela se propaga, transformou profundamente a forma como nos relacionamos com o conhecimento. A facilidade de acesso à informação, por um lado, democratiza o saber e amplia as possibilidades de aprendizado. Por outro, torna o indivíduo vulnerável à manipulação e à desinformação. Ao assumir um papel passivo na recepção e disseminação de informações, o sujeito se torna um elemento fundamental nas engrenagens de um sistema que visa moldar a opinião pública e garantir o poder de determinados grupos.
Como aponta Castells, a sociedade da informação é marcada por novas relações de poder, nas quais a capacidade de controlar o fluxo de informações é fundamental. As grandes corporações detentoras das plataformas digitais, como Google e Facebook, detêm um poder considerável, coletando dados sobre nossos hábitos, interesses e comportamentos para direcionar a publicidade e moldar nossas experiências online. Ao nos transformar em consumidores passivos, essas empresas nos tornam dependentes de seus serviços e nos expõem a uma bolha de informações que confirma nossos preconceitos e dificulta o acesso a diferentes perspectivas.


2
Para romper com o "efeito manada" e se tornar um agente ativo na construção do conhecimento, é preciso desenvolver um pensamento crítico e uma postura proativa em relação à informação. Como vimos na Aula 2, a velocidade com que a informação se propaga na era digital exige que desenvolvamos habilidades para selecionar, avaliar e produzir conhecimento.
É fundamental questionar as informações que recebemos, verificar suas fontes e buscar diferentes perspectivas sobre um mesmo tema. A alfabetização digital, que engloba habilidades como busca de informações, avaliação de fontes e produção de conteúdo, é essencial para navegar nesse mar de dados de forma consciente. Ao participar de comunidades online e produzir conteúdo relevante, podemos contribuir para a construção de um conhecimento coletivo e desafiar as narrativas dominantes.
No entanto, é preciso estar atento aos perigos da polarização e da formação de "bolhas de filtro", que podem limitar nossa visão de mundo. Como afirma Umberto Eco, a passividade na recepção de informações pode levar à formação de uma massa de consumidores que aceitam e disseminam informações sem questionamento, o que reforça sistemas de poder existentes.
Para se tornar um agente de transformação, é preciso ir além do consumo passivo de informação e se engajar em práticas que promovam a cidadania digital. Isso inclui participar de debates públicos, apoiar iniciativas que visam combater a desinformação e produzir conteúdo
Em resposta à Marta Cardoso de Lima da Costa Rêgo

Re: Respostas às questões propostas para a reflexão no fórum

por Thayna Figueiredo da Silva -
1ª questão:

A análise da evolução tecnológica, principalmente a partir dos textos das aulas, mas em foco o texto 1 juntamente ao filme Tempos Modernos, revela que o poder nas sociedades contemporâneas está amplamente ligado ao controle e ao acesso à informação. No contexto atual, as tecnologias digitais, ao trazerem consigo facilidades a disseminação de dados em grande escala, acabam por posicionar o indivíduo como um consumidor passivo, que sempre recebe, reproduz e dissemina informações sem um filtro adequado se há ou não veracidade nos fatos recebidos que serão repassados. Segundo Chaplin, o acesso à modernidade nos tem engessado, com o avanço tecnológico e de fato isso vem acontecendo, obviamente com contextos um pouco diferentes, mas a essência ainda se mantém, o fato da modernidade impactar na nossa humanidade, tornando tudo automático e dinâmico, práticas que beneficiam ao capitalismo, pois sempre estamos consumindo, o que faz com que sua engrenagem gire, de acordo com o pensamento de Chaplin em: "Na lógica do modelo capitalista, o sujeito não detém os meios de produção nem com o uso da tecnologia, nem produz conhecimento novo a partir dela, necessariamente, como condição."
Esse modelo reflete uma estrutura de poder em que aqueles que possuem os meios para filtrar e selecionar a informação têm mais influência sobre a sociedade, enquanto os usuários comuns assumem um papel passivo, muitas vezes replicando informações sem a devida verificação. No filme Tempos Modernos que mostra a visão de Chaplin já criticava o sistema produtivo que reduzia o indivíduo a uma peça no mecanismo industrial. Atualmente, essa crítica se aplica ao contexto da informação, onde o sujeito consome um volume gigantesco de dados sem necessariamente compreender sua origem ou impacto, perpetuando o poder daqueles que controlam as plataformas tecnológicas e os meios de comunicação.

2ª questão:

Agora para romper com o “efeito manada” nos tem exigido uma postura mais crítica e ativa em relação ao consumo de informações que temos. Conforme apontado nos textos que estudanos até agora nas aulas, a rapidez com que a informação circula, facilitada pelas novas tecnologias de informação e comunicação, tornam necessário que o indivíduo desenvolva novas competências e habilidades para lidar com esse fluxo. Pierre Levy sugere que, para superar a passividade, o sujeito precisa aprender a navegar na internet de forma hipertextual, o que envolve selecionar, categorizar e verificar informações, transformando-as em conhecimento útil quando ele fala que:

novas competências serão necessárias para nos relacionarmos com o saber no ciberespaço e na cibercultura. A forma como nos relacionamos com a tecnologia determinará, também, uma nova forma de pensamento.

Então neste sentido, a educação desempenha um papel central, ao preparar os indivíduos para lidarem de forma crítica com a informação. Essa postura pode ser entendida como uma forma de resistência ao modelo dominante, em que o sujeito passa de um mero consumidor para produtor de conteúdo e conhecimento. Além disso, a perspectiva de Castells sugere que as mudanças sociais não ocorrem por escolha, mas sim por necessidade. Assim, em um mundo onde a tecnologia desempenha um papel central tendo em vista que tudo está sob alcance na internet, a capacidade de transformar informação em conhecimento é uma necessidade para a autonomia individual e para a participação efetiva na sociedade informacional segundo Levy, e de fato é, pois para utilizarmos desses meios, é necessário que a gente “estude” o funcionamento, para conseguirmos através do seu manuseio.