1ª questão:
A análise da evolução tecnológica, principalmente a partir dos textos das aulas, mas em foco o texto 1 juntamente ao filme Tempos Modernos, revela que o poder nas sociedades contemporâneas está amplamente ligado ao controle e ao acesso à informação. No contexto atual, as tecnologias digitais, ao trazerem consigo facilidades a disseminação de dados em grande escala, acabam por posicionar o indivíduo como um consumidor passivo, que sempre recebe, reproduz e dissemina informações sem um filtro adequado se há ou não veracidade nos fatos recebidos que serão repassados. Segundo Chaplin, o acesso à modernidade nos tem engessado, com o avanço tecnológico e de fato isso vem acontecendo, obviamente com contextos um pouco diferentes, mas a essência ainda se mantém, o fato da modernidade impactar na nossa humanidade, tornando tudo automático e dinâmico, práticas que beneficiam ao capitalismo, pois sempre estamos consumindo, o que faz com que sua engrenagem gire, de acordo com o pensamento de Chaplin em: "Na lógica do modelo capitalista, o sujeito não detém os meios de produção nem com o uso da tecnologia, nem produz conhecimento novo a partir dela, necessariamente, como condição."
Esse modelo reflete uma estrutura de poder em que aqueles que possuem os meios para filtrar e selecionar a informação têm mais influência sobre a sociedade, enquanto os usuários comuns assumem um papel passivo, muitas vezes replicando informações sem a devida verificação. No filme Tempos Modernos que mostra a visão de Chaplin já criticava o sistema produtivo que reduzia o indivíduo a uma peça no mecanismo industrial. Atualmente, essa crítica se aplica ao contexto da informação, onde o sujeito consome um volume gigantesco de dados sem necessariamente compreender sua origem ou impacto, perpetuando o poder daqueles que controlam as plataformas tecnológicas e os meios de comunicação.
2ª questão:
Agora para romper com o “efeito manada” nos tem exigido uma postura mais crítica e ativa em relação ao consumo de informações que temos. Conforme apontado nos textos que estudanos até agora nas aulas, a rapidez com que a informação circula, facilitada pelas novas tecnologias de informação e comunicação, tornam necessário que o indivíduo desenvolva novas competências e habilidades para lidar com esse fluxo. Pierre Levy sugere que, para superar a passividade, o sujeito precisa aprender a navegar na internet de forma hipertextual, o que envolve selecionar, categorizar e verificar informações, transformando-as em conhecimento útil quando ele fala que:
novas competências serão necessárias para nos relacionarmos com o saber no ciberespaço e na cibercultura. A forma como nos relacionamos com a tecnologia determinará, também, uma nova forma de pensamento.
Então neste sentido, a educação desempenha um papel central, ao preparar os indivíduos para lidarem de forma crítica com a informação. Essa postura pode ser entendida como uma forma de resistência ao modelo dominante, em que o sujeito passa de um mero consumidor para produtor de conteúdo e conhecimento. Além disso, a perspectiva de Castells sugere que as mudanças sociais não ocorrem por escolha, mas sim por necessidade. Assim, em um mundo onde a tecnologia desempenha um papel central tendo em vista que tudo está sob alcance na internet, a capacidade de transformar informação em conhecimento é uma necessidade para a autonomia individual e para a participação efetiva na sociedade informacional segundo Levy, e de fato é, pois para utilizarmos desses meios, é necessário que a gente “estude” o funcionamento, para conseguirmos através do seu manuseio.