Olá, Laura e Yasmin! Com o advento da Internet, nossas vidas mudaram radicalmente. O uso das redes sociais representa para o ser humano um vínculo virtual com a sociedade, alterando a forma como nos relacionamos e nos comunicamos com os outros.
“Redes sociais promovem interações superficiais, focando em curtidas e comentários que não aprofundam o entendimento entre as pessoas.” (Yasmin). De fato, algumas pessoas interagem mais com seus pares neste meio, do que na forma física; situação que impacta direta ou indiretamente suas emoções por envolver elementos como sentimento de pertencimento, aceitação ou reconhecimento
“A grande armadilha, ao meu ver, é entrar nessa dinâmica sem manter os pés no chão no senso crítico.” (Laura). Exatamente, uma das primeiras consequências é a perda de informações de qualidade. Dada a impossibilidade de processar toda essa informação, deixamos que nossos vieses cognitivos decidam em que devemos prestar atenção. Esses atalhos mentais influenciam as informações que buscamos, entendemos, lembramos e repetimos de maneira prejudicial.
A qualidade da informação é ainda mais afetada pelos robôs, que podem explorar todas as nossas lacunas cognitivas. Os mecanismos de busca e as plataformas de mídia social fornecem recomendações personalizadas com base na grande quantidade de dados que possuem.
A maioria de nós não acredita que segue o rebanho. Mas nosso viés de confirmação nos leva a seguir outros que são como nós, uma dinâmica às vezes conhecida como homofilia, uma tendência de pessoas com ideias semelhantes se conectarem umas com as outras. As redes sociais amplificam a homofilia ao permitir que os usuários alterem suas estruturas de rede social por meio de seguir, cancelar amigos, compartilhar etc. O resultado é que as pessoas se segregam em comunidades grandes, densas e cada vez mais desinformadas, comumente descritas como ‘câmaras de eco’ (bolhas).
Enfim, compreender nossos vieses cognitivos e como os algoritmos e bots os exploram nos permite proteger-nos melhor contra a manipulação. A necessidade de entender essas vulnerabilidades cognitivas e como os algoritmos as usam ou manipulam tornou-se urgente.
Por fim, vocês já assistiram o curta de animação que ilustra a música “Are You Lost In The World Like Me?” (“Você está perdido no mundo como eu?), do compositor Moby? O Videoclipe, produzido em 2016, descreve como as pessoas se isolam na tecnologia e esquecem uma das melhores coisas da vida: a convivência humana. Vale conferir!
Um abraço, prof. Wânia Clemente