Ir para o conteúdo principal
Fórum

Fórum de debate temático

Fórum de debate temático

Fórum de debate temático

Número de respostas: 6

A partir das leituras propostas, levanta-se as seguintes questões: o planejamento ambiental deve, então, ser um processo estratégico despersonalizado? Realizado “em gabinetes”? Ou deve estar ligado a realidade social? Porquê? 

Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum de debate temático

por Renan Lima de Oliveira da Silva -
O planejamento ambiental não deve ser um processo ou gestão especial, mas um esforço intimamente relacionado à realidade social, pois os problemas ambientais estão diretamente relacionados à saúde humana e ao uso dos recursos naturais. Os métodos técnicos e técnicos, que são utilizados apenas por especialistas num ambiente controlado, podem ignorar as dificuldades e diferenças encontradas nas comunidades afetadas pelas políticas e ações do meio ambiente. A participação ativa das comunidades afetadas é essencial para um planeamento ambiental eficaz. As decisões devem ter em conta fatores práticos, conhecimentos tradicionais, bem-estar económico e social e os interesses das diferentes pessoas que vivem numa determinada área. Por exemplo, as comunidades indígenas, rurais ou vizinhas têm uma relação estreita com o meio ambiente e a sua perspectiva pode contribuir para soluções sustentáveis ​​e equitativas. Ignorar estes fatores pode resultar em políticas que, em vez de promoverem o desenvolvimento, reforçam a desigualdade social e económica, aumentando o seu impacto no ambiente. Além disso, a relação entre ambiente, economia e sociedade requer abordagens diferentes. Técnicos, economistas, sociólogos e outros especialistas devem trabalhar em conjunto, olhando para o ambiente e para o desenvolvimento das pessoas. É necessário coordenar a proteção dos recursos naturais e da justiça para que todas as categorias de pessoas, especialmente as mais vulneráveis, possam beneficiar de soluções ambientais. Em suma, o planejamento ambiental deve estar vinculado à realidade e à sociedade, porque não é apenas a proteção do meio ambiente, mas a busca de um futuro bom e sustentável para as pessoas que dele dependem. Um planejamento eficaz não pode ser imposto de cima, mas deve ser desenvolvido de forma participativa e inclusiva, tendo em conta as características de cada comunidade e região. Só assim será possível obter uma solução sustentável que responda às necessidades do ambiente e às necessidades sociais e económicas da população.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum de debate temático

por Pedro Rdua Soares Pinto -
Boa tarde, pessoal. Na minha avaliação, o planejamento ambiental deve, sem dúvida, estar vinculado à realidade social e não ser apenas um processo "em gabinetes". O artigo do professor Luís, traz essa critica ao modelo clássico de planejamento, que enxerga o espaço como um recipiente estático e o tempo como algo linear e previsível. Esse paradigma tradicional, enraizado na ciência newtoniana e cartesiana, não contempla a complexidade e a imprevisibilidade das dinâmicas espaciais e sociais. Essa perspectiva pode ser traduzida na frase de Milton Santos: "Para se compreender o espaço social em qualquer tempo, é fundamental tomar em conjunto a forma, a função e a estrutura, como se se tratasse de um conceito único."

A abordagem clássica tende a impor soluções externas que frequentemente se tornam obsoletas e ineficazes, ignorando as especificidades locais e as necessidades reais da população. Em contrapartida, o modelo de planejamento não-euclidiano traz a integração entre espaço e tempo e a participação social, permitindo que o planejamento seja adaptativo e atento às mudanças constantes do ambiente.

Portanto, na minha perspectiva, o planejamento ambiental deve ser uma prática participativa e conectada à realidade das comunidades, garantindo que ele seja relevante e eficaz diante das incertezas e complexidades da sociedade atualmente.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum de debate temático

por Luana Rodrigues Papalardo -
A partir das leituras, podemos concluir que o planejamento ambiental não deve ser um processo estratégico despersonalizado, realizado em "gabinetes". Ao contrário, ele deve estar ligado à realidade social. Isto porque, como afirma o professor Luís Henrique Ramos, em seu texto "Planejamento e gestão não euclidiana do espaço-tempo: para além da leitura clássica, o ambiente e o território são dinâmicos, imprevisíveis e moldados pela interação entre a sociedade e a natureza. Essa perspectiva - que foge da clássica - exige, portanto, um modelo de planejamento que considere o espaço-tempo como uma totalidade em constante transformação, em que as ações humanas têm efeitos diretos e indiretos nas dinâmicas territoriais. Assim, o planejamento ambiental eficaz deve ser sensível às necessidades e especificidades das comunidades locais, promovendo a participação social e permitindo que as decisões sejam adaptadas às realidades complexas e às demandas de cada território.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum de debate temático

por Ederlania Santos do Rosario -
O planejamento ambiental tem que levar em consideração a realidade social com a participação da população, valorizando o conhecimento local, pois os moradores convivem com a realidade ao qual o ambiente se encontra, por esse motivo é importante sua participação. Isso ajuda a promover a equidade e a justiça social, ou seja, o planejamento ambiental não pode se limitar a um espaço “inadequado”, é preciso ir além, os técnicos e os gestores precisam ir a campo, conversar com a comunidade e construir soluções para aquele ambiente de acordo com sua realidade e limitações.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum de debate temático

por Vanessa Fernandes Corr�a -
Boa noite a todas, todos e todes. Partindo da perspectiva das leituras indicadas, entendo que o planejamento ambiental deve ser vinculado à realidade social e de nenhuma maneira limitado a um processo técnico ou realizado exclusivamente em gabinetes. Essa integração é necessária porque os problemas ambientais impactam diretamente a saúde e o bem-estar das comunidades, que possuem conhecimentos específicos sobre o território, pois ela o vivencia. Quando as características e demandas locais da população não são consideradas, inevitavelmente, pode levar à implementação políticas ineficazes no combate à expressão da Questão Social, reforçando desigualdades. A abordagem clássica, que vê o espaço de forma estática, falha em captar a complexidade e imprevisibilidade das relações ambientais e sociais, pois não há contextualização. Nesse sentido, um planejamento eficaz deve considerar o saber local, no que tange a adaptabilidade e atenção às especificidades de cada região, deve ser participativo, deve promover soluções reais, sustentáveis e justas para todos.

Obs: Professor me desculpe o envio tardio, mas não me atentei ao e-mail, inclusive achei que a matéria seria trancada automaticamente, hoje que visualizei o e-mail.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum de debate temático

por Ana Carolina Ferreira Pereira -
Após da leitura dos textos propostos, fica claro que o planejamento ambiental deve ser feito de uma maneira personalizada e em sintonia com a realidade socioeconômica de determinado local, visto que para que haja um planejamento ambiental bem sucedido é necessário que harmonia entre o bem-estar humano e os recursos naturais, e em casos onde a realidade social é ignorada e coloca como segundo-plano, e as decisões são são tomadas por gabinetes exteriores ao espaço em discussão, há maiores chances desse planejamento ambiental falhar. Cada área tem suas características singulares, demandas e modo de viver que quando desconsiderados na implementação de alguma prática ambiental, pode torná-la ineficaz e gerar prejuízo financeiro e ainda mais estresse para a população local. A perspectiva clássica falha em querer construir um padrão de ação para todos os espaços e ao não considerar a multiplicidade de fatores que interferem na elaboração de um planejamento, um planejamento ambiental efetivo, como dito nos textos , é um que valoriza a comunidade local e que em conjunto dela atua para que práticas sustentáveis viáveis sejam implementadas com eficacidade.