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Wania Clemente

Wania Clemente

Mensagem enviada por Wania Clemente

Olá, Gustavo! Para mim o PLE- Personal Learning Environment – (Entorno Pessoal de Aprendizagem) pode acabar proporcionando os mesmos objetivos de aprendizagem, porém com maior liberdade. Podemos continuar desfrutando de nossa estrutura e planejamento, mas agora viajando fora das rotas de recursos educacionais formais para a partir do PLE - o PLE do estudante e o PLE do docente - explorar outros territórios de aprendizado informal e autodidata.

Graças à ‘conectividade’ das tecnologias digitais é possível construir e compartilhar socialmente o conhecimento por meio de ambientes mais dinâmicos que transcendem o limite/o espaço.

A construção do PLE passa por todo um conjunto de situações de todos os tipos, leva em consideração experiências e habilidades e se aperfeiçoa à medida que o indivíduo se torna mais consciente de suas necessidades, seus interesses e desejos.  Estou certa que você construiu o próprio PLE no decorrer do semestre.

Um abraço, prof. Wânia Clemente

Olá, Thiago! Que sacada interessante: ruptura da centralização.

Em contraste, os PLEs desafiam essa centralização ao permitir que o aluno tenha um controle maior sobre o quecomo e com quem ele aprende e constrói conhecimentos e valores.

Excelente correspondência a respeito do conceito de “multidão”, principalmente se focarmos nos PLEs para o desenvolvimento de práticas colaborativas de produção de conhecimento “aberto e não patenteado”. (Thiago).  

Um aluno com um PLE desenvolvido e enriquecido tem a possibilidade não só de aprender com os outros, mas também de outros aprenderem com ele, e isso implica uma série de competências e estratégias que devem ser postas em ação. Para um aluno, tornar explícito, desenvolver e gerir eficientemente o seu PLE não é apenas uma imensa possibilidade, mas um profundo compromisso com a sua própria aprendizagem e com a de outras pessoas com quem interage através do seu PLE.

Ao utilizar ativa e intensamente os seus PLEs, os alunos devem compreender que hoje não só consomem informação, mas também podem criá-la e refletir sobre ela em comunidade (como ocorreu no fórum crowdlearning).

Siemens propõe a ‘conectividade’ como aspecto fundamental na constituição de conhecimentos. Para ele, o conhecimento pessoal é composto por uma rede alimentada pela interação com outros (instituições, outras redes, organizações, outros indivíduos...), que precisamente se retroalimentam dessa rede, produzindo novas aprendizagens, em um processo infinito de ação-interação-ação.

Um abraço, prof. Wânia Clemente

Oi, Gabryella! Compreendo o contexto e estou de acordo com a sua abordagem.  Na verdade, os Ambientes de Aprendizagem Pessoal (PLEs) podem, de fato, ser muito úteis para alunos com dificuldades de concentração, atenção e foco.

Os PLEs oferecem uma personalização e flexibilidade que podem ser adaptadas para atender às necessidades específicas de aprendizagem desses estudantes, favorecendo um ambiente didático mais individualizado e adaptativo.

Uma das principais características dos PLEs é a possibilidade de o aluno controlar o ritmo do seu aprendizado. Isso é particularmente benéfico para alunos com dificuldades de concentração, já que eles podem pausar, revisar conteúdos conforme necessário, sem a pressão de seguir um cronograma rígido. Assim como estabelecer um ritmo de estudo mais lento ou mais rápido de acordo com suas capacidades de atenção em diferentes momentos ou até optar por dividir a aprendizagem em sessões mais curtas, com intervalos mais frequentes.

Por outra perspectiva, os ambientes virtuais de aprendizagem, quando bem projetados, também são capazes de minimizar distrações do ambiente físico, proporcionando um espaço mais controlado e focado para o aluno com dificuldades de concentração. Podem incluir também ferramentas de feedback imediato e monitoramento contínuo que ajudam a guiar o aluno no caminho adequado, o que pode ser crucial para alunos com problemas de atenção. E você, Gabryella, o que pensa a respeito?

Um abraço, prof. Wânia Clemente

Oi, Laura! Estou convencida de que precisamos passar a 'explorar e descobrir' outros territórios de aprendizagem informal e autodidata, transitando fora das rotas dos recursos de ensino-aprendizagem formais.

No contexto formal, os ambientes virtuais também são frequentemente utilizados como extensões do ensino tradicional. Por exemplo, muitos docentes de ensino superior usam ambientes virtuais para estender a prática de sala de aula e complementar as aulas presenciais, disponibilizando materiais de leitura, fóruns de discussão, atividades e avaliações.

Os ambientes digitais (blogs, Apps, Insta, TIKtok, entre outros) são amplamente utilizados para aprendizagem informal, onde o aluno tem maior liberdade para explorar conteúdos fora de uma estrutura formal de ensino.

Os PLEs permitem que o estudante busque conteúdos alinhados aos seus próprios interesses, exatamente como exemplificado por você: “abrir o Google para procurar”, buscar outras informações a partir da curiosidade, da utilidade, da relevância e/ou do seu interesse. O sujeito da aprendizagem tem mais liberdade para explorar temas que são relevantes para sua vida acadêmica, profissional ou pessoal, criando uma experiência mais engajante e motivadora. Enfim, os ambientes digitais não são excludentes, transitam entre a fronteira do formal e informal.

Um abraço, prof. Wânia Clemente

Olá, Suelen! Você apresentou argumentos válidos. Penso que essas plataformas não tendem a limitar a aprendizagem construtiva do estudante, muito pelo contrário, “(...) quando bem utilizadas pelos docentes e bem exploradas pelos estudantes, essas ferramentas podem agregar um valor significativo no processo de ensino-aprendizagem.”  (Suelen).

Mas sob outra perspectiva, “as redes sociais também podem exercer um papel importante para a disseminação de conteúdos acadêmicos tendo em vista que elas fazem parte do cotidiano das pessoas”. (Suelen). Limitar o espaço de aprendizagem a este tipo de plataforma é deixar de explorar ambientes que permitem uma junção de informações de interesse e relevância para os estudantes com o aprendizado, é inviabilizar que cada aluno faça a sua própria organização, que é ‘diferente’, única’, ‘pessoal’ e com ‘significado exclusivo’ para ele.

Você está absolutamente certa em perceber que, mesmo com a crescente influência da tecnologia e a multiplicação das fontes e formas de aprendizado, ainda há uma resistência significativa por parte de muitos profissionais da educação. Esse fenômeno pode ser atribuído a uma série de fatores históricos, culturais, e pedagógicos, e compreendê-los é fundamental para pensar em como podemos superar essas barreiras.

Embora o cenário esteja mudando, a resistência fora dos ambientes formais de ensino, a transição completa para um modelo de aprendizagem mais flexível e autônoma requer uma mudança gradual nas práticas pedagógicas, na formação/capacitação dos professores.

Um abraço, prof. Wânia Clemente