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Wania Clemente

Wania Clemente

Mensagem enviada por Wania Clemente

Oi, Ana, bom dia! A sua postagem apresenta uma reflexão muito pertinente sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) na educação. O destaque para o ponto de que "a IA pode ser uma oportunidade de transformar o ensino, oferecendo maior personalização no aprendizado e adaptando conteúdos às necessidades individuais de cada aluno" é uma sacada interessante.

Na última década, os recursos de aprendizagem imersiva se multiplicaram, enriquecendo o processo educacional ao fornecer uma dimensão audiovisual e interativa que fortalece a retenção e a compreensão do conhecimento. Entre os avanços mais inovadores nesse campo está a implementação de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial (IA), em colaboração com tecnologias como a Realidade Aumentada (RA) (assunto abordado na nossa Aula 2). 

A meu ver, essa combinação tem o potencial de envolver os alunos em experiências de aprendizagem mais significativas e abre espaço para refletirmos sobre como a integração entre IA e RA pode gerar experiências de aprendizagem ainda mais significativas. Por um lado, a IA permite uma personalização sem precedentes do conteúdo educacional, ajustando-se às necessidades e habilidades específicas de cada aluno. Por outro, a RA adiciona uma camada interativa e visualmente envolvente à apresentação desse conteúdo.
 
Claro, a implementação de IA e RA na educação traz desafios, como questões relacionadas à privacidade de dados, à necessidade de infraestrutura tecnológica avançada e segura, além da constante atualização e capacitação dos professores para integrar essas novas ferramentas em suas práticas pedagógicas. Isso demanda tempo, formação contínua e, muitas vezes, políticas públicas bem estruturadas.

No entanto, apesar desses desafios, acredito que a fusão dessas duas tecnologias – IA e RA – possa proporcionar experiências educacionais não apenas personalizáveis, mas também transformadoras, redefinindo os paradigmas tradicionais do ensino, sem perder o valor essencial do professor no processo formativo.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Olá, João! A área de História tem grande potencial para gerar inovadoras situações de aprendizagem de forma criativa e lúdica. A possibilidade de vivenciar eventos históricos de forma imersiva poderia tornar o aprendizado mais envolvente, ajudando os alunos a compreenderem melhor o contexto, as emoções e a atmosfera de cada época.

Você trouxe o exemplo da importância da tecnologia como alternativa para ‘imersão em fatos históricos ao redor do mundo’, ideia bacana, mas não será possível em RA. Neste caso é necessário estar em um ambiente de imersão (RV – realidade virtual). A Realidade Aumentada (RA) faz o caminho inverso, é sobre o mundo real. É quando você olha para um ambiente que existe (real) e vê elementos (virtuais) sobrepostos.

A realidade virtual parece ser a melhor escolha para criar uma experiência imersiva em terceira pessoa. No entanto, se quiser integrar os acontecimentos históricos ao espaço real do aluno (por exemplo, projetando soldados romanos marchando pela sala de aula ou recriando ruínas antigas em uma praça pública), a realidade aumentada pode ser uma solução interessante.

Como o usuário seria apenas um espectador, pode ser interessante explorar formas de interação que vão além da simples observação. Embarquei nos seus exemplos e pensei na possibilidade de os alunos produzirem em Realidade Aumentada (RA) o período do Império do Brasil na cidade do Rio, tendo como referência o local do acontecimento histórico. Neste sentido, o aluno se torna pesquisador e autor de conteúdo histórico, utilizando novas tecnologias e linguagens que podem auxiliar na reflexão e análise de determinadas narrativas históricas e temporalidades. O enfoque dado a sua criação poderia, ainda, gerar um 'game' muito legal que simulasse situações de conflito, experiências etc. em um formato Mixed Realit (RV-RA). O que você acha?
 Um abraço, prof. Wânia Clemente
 
Dê uma olhada no vídeo abaixo:
A Terra é Tela | Exposição de Realidade Aumentada no Porto (Portugal).
 
Oi, Thais! Você traz uma perspectiva interessante ao comparar a IA com outras inovações tecnológicas que inicialmente geraram medo, mas acabaram se integrando à sociedade. De fato, a tecnologia não necessariamente substitui, mas transforma — e cabe a nós encontrarmos formas de adaptação e uso adequado. No entanto, há uma diferença fundamental entre IA e as outras tecnologias mencionadas: enquanto o rádio, a TV e o streaming trouxeram novas formas de consumo de conteúdo, a IA tem o potencial de alterar a maneira como produzimos conhecimento, o que levanta desafios inéditos para a educação e o mercado de trabalho.

A questão da responsabilidade no uso da IA na universidade é crucial. Como você disse, usar a IA para gerar ideias pode ser um recurso interessante, mas será que os estudantes estão sendo orientados sobre essa distinção entre auxílio e dependência? Muitos acabam utilizando essas ferramentas sem reflexão crítica, o que pode comprometer processo formativo. Além disso, a IA não apenas responde a prompts, mas aprende com dados massivos, o que levanta questões sobre viés, qualidade da informação e até mesmo ética no uso acadêmico.

Concordo, a universidade e os professores realmente têm um papel fundamental na sociedade, mas isso não significa que esse papel permanecerá inalterado. A docência, assim como qualquer profissão, está sujeita a transformações impulsionadas pela tecnologia, pela cultura e pelas necessidades do mercado de trabalho.

A resistência à tecnologia, por parte dos professores, não é uma regra universal—muitos a adotam e a utilizam para aprimorar suas metodologias. No entanto, ignorar ou minimizar as mudanças pode ser um risco. A IA, por exemplo, tem potencial para automatizar certas funções docentes, como correção de provas e acompanhamento do desempenho dos alunos, o que pode mudar a forma como os professores atuam no futuro.

A arte de lecionar não está "ameaçada" no sentido de ser extinta, mas o que significa ensinar e aprender pode ser redefinido. O professor do futuro pode não ter exatamente as mesmas funções que o de hoje, mas continuará sendo essencial na formação do pensamento crítico e na orientação dos alunos em um mundo cada vez mais tecnológico.

"A tecnologia é complementar e não usurpadora." (Thais). A frase tem um tom forte e otimista, enfatizando que a tecnologia vem para agregar e não para substituir. No entanto, a história mostra que a tecnologia pode, sim, ser usurpadora em certos aspectos. Muitas profissões foram drasticamente transformadas ou até extintas com o avanço tecnológico. 

No caso da educação, a IA pode ser uma aliada dos professores, mas se seu uso for indiscriminado ou mal direcionado, ela pode enfraquecer certas práticas pedagógicas e até mudar a dinâmica da docência. Portanto, talvez o mais preciso seja dizer que a tecnologia pode ser complementar, mas seu impacto depende de como é utilizada e "regulada".

Sobre a substituição dos professores, concordo que o papel humano na educação é insubstituível. No entanto, a resistência por si só não garante a permanência de certas profissões. O desafio não é apenas preservar a docência, mas repensar como os professores podem evoluir junto com a IA, utilizando-a como aliada sem comprometer a essência da interação humana na aprendizagem.

"Como uma apaixonada pela tecnologia, acredito que é necessário ter responsabilidade do uso de inteligência artificial na Universidade" (Thais). Você traz uma reflexão importante: a paixão pela tecnologia deve ser acompanhada de uma conscientização sobre os limites e as implicações do seu uso, especialmente em contextos acadêmicos. A IA, por mais fascinante que seja, exige um uso ético e responsável, para que não prejudique o aprendizado e a experiência formativa do estudante.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Olá, Karen! Sua reflexão traz pontos importantes sobre o papel da IA na educação, mas acredito que o debate pode ir além. Além de personalizar o ensino e automatizar tarefas, como você mencionou, a IA também desafia modelos pedagógicos tradicionais e levanta questões sobre autoria, ética e a própria construção do conhecimento.

Por exemplo, até que ponto o uso de IA no ensino pode realmente melhorar a aprendizagem sem comprometer a autonomia dos alunos? Como garantir que o pensamento crítico seja incentivado em um cenário onde respostas automáticas estão sempre disponíveis?

A questão da dependência excessiva da tecnologia na educação pode impactar não só os alunos, mas também os professores. Se plataformas automatizadas assumirem um papel central no ensino, há o risco de reduzir o protagonismo docente e enfraquecer a interação humana no aprendizado. Afinal, a educação não se resume a transmitir informações, mas envolve diálogo, argumentação e construção coletiva do saber—aspectos que a IA ainda não substitui.

O verdadeiro desafio, então, não é apenas equilibrar o uso da IA, mas criar estratégias para que ela fortaleça o aprendizado, sem tornar alunos e professores reféns da tecnologia.
 
Como você acredita que seria possível estimular o uso consciente da IA, sem cair nessa dependência?
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Oi, Julia! Sua análise traz um ponto muito importante: a evolução tecnológica não apaga a essência da educação, mas exige adaptações. De fato, toda inovação provoca receios, insegurança e desafios iniciais, mas, como você mencionou, também abre portas para novas oportunidades.

A complexidade das constantes mudanças tem um impacto global em todos os setores, principalmente no campo da educação. Novos paradigmas estão surgindo e é necessário rompê-los para pensarmos em inéditos processos de educação que garantam a qualidade do processo formativo.

Precisamos começar a pensar no que realmente pode ser feito a partir da utilização dessas tecnologias digitais na educação, sobretudo para auxiliar a disruptura de processos educativos. A inteligência artificial, como o ChatGPT, pode ser vista como uma aliada, desde que usada de forma estratégica e consciente. O grande diferencial está na forma como educadores e alunos a incorporam no processo de aprendizagem. Em vez de substituir habilidades essenciais, como o pensamento crítico e a escrita, a IA pode atuar como suporte para desenvolver essas competências de maneira mais dinâmica e acessível. “(...) a IA pode ser parceira na educação, auxiliando alunos e professores a potencializar o contato com o conhecimento para além da sala de aula.” (Julia).

Sem experimentar e refletir sobre outras formas de mediar a prática pedagógica, por meio das tecnologias digitais, dificilmente docentes e estudantes constituirão novas referências de ensino. O desafio, no meu ponto de vista, exige um olhar atento dos professores e instituições para garantir que a tecnologia seja utilizada como ferramenta de apoio, e não como um atalho que comprometa a aprendizagem.

No seu dia a dia, você já viu boas práticas do uso da IA na educação? Alguma experiência que tenha chamado sua atenção?
Um abraço, prof. Wânia Clemente