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Wania Clemente

Wania Clemente

Mensagem enviada por Wania Clemente

Olá, Mariana, Lara, Gabriel, Juliana, Maria Vitória, Isabella, Fernanda, Jorge e Daniel!!! Vocês abordaram, em suas publicações, dois aspectos inter-relacionados: ‘autonomia’ e ‘personalização’ do processo ensino-aprendizagem.

Concordo, os Ambientes de Aprendizagem Pessoal (PLEs) oferecem um alto grau de personalização porque permitem que os estudantes ‘escolham’ e ‘organizem’ seus próprios meios, ferramentas e redes de aprendizagem de acordo com suas necessidades, interesses, desejos e estilos de aprendizagem. Esse nível de personalização é uma característica chave dos PLEs. Isso permite ao estudante criar um ambiente de aprendizagem original que reflete sua maneira única de aprender.

A personalização nos PLEs ocorre porque eles colocam o sujeito da aprendizagem no centro do processo, dando-lhe autonomia para escolher suas ferramentas, interações e ritmos de aprendizagem. Isso promove uma experiência mais facilmente moldável e adaptada às necessidades e desejos individuais, contrastando com modelos de aprendizagem mais centralizados e padronizados, como os sistemas tradicionais de educação formal, presencial e à distância. Ao oferecer esse grau de personalização, os PLEs tornam a aprendizagem mais relevante, motivadora e eficaz, especialmente em contextos de educação a distância.

Já a autonomia, dá ao aluno o poder de modelar sua própria trajetória de aprendizagem, o que naturalmente leva à personalização do processo. Quando os estudantes têm autonomia, eles não são mais passivos receptores de conhecimento, mas sim atores ativos que escolhem seus próprios caminhos e meios de aprendizagem.

Por outro lado, a personalização do ensino também pode fomentar a autonomia. Quando o processo de ensino é adaptado às necessidades e preferências individuais do aluno, ele se sente mais engajado e motivado a se envolver ativamente na aprendizagem. Esse engajamento, por sua vez, leva ao desenvolvimento da autonomia, pois o aluno começa a tomar mais decisões sobre o que, como e quando aprender.

Enfim, a personalização do processo de ensino-aprendizagem é, de fato, uma consequência da autonomia do aluno, e vice-versa. 

Autonomia e personalização estão intimamente imbricados.

Um abraço, prof. Wânia Clemente

Olá, Luiza! Os PLEs são precisamente aqueles que procuram responder a estas necessidades e interesses de construção conjunta de aprendizagem ao longo da vida.

Um ambiente de aprendizagem colaborativa responde a um contexto social e cultural em que se definem “como aprendemos” e “onde aprendemos”. Nesta direção, podemos afirmar também que a aprendizagem - em ambientes colaborativos e cooperativos - busca promover o desenvolvimento de competências individuais e grupais baseadas na interação e comunicação entre os estudantes e também docentes.

Eu me pergunto: como então podemos nos envolver com a aprendizagem de nossos alunos? Penso que um caminho possível seria pensar em ambientes de aprendizagem colaborativa, em que o professor esteja a uma “distância certa”, justa, nem demasiado perto para lhe tirar a autonomia, nem demasiado longe para lhe tirar o apoio.

Um abraço, pro. Wânia Clemente

Oi, Aloyse! Eu também acredito que os PLEs impactam o ensino na modalidade à distância e, sobretudo, na presencial. O termo PLE entrou na moda há aproximadamente 10 anos, coincidindo com a generalização das redes sociais e a expansão dos serviços sociais na  web. Também, claro, pela explosão de dados, informações e conhecimento provocada pela Internet e pela transformação digital. Inicialmente estavam relacionados a temas como Gestão do Conhecimento Pessoal. Atualmente, ligados ao conceito de PLE, encontramos temas como a integração da aprendizagem formal, não formal e informal; a utilização da Internet e das redes sociais para aprender ou para trabalhar.

Em resumo, estamos sujeitos a processos de mudanças importantes e é preciso nos adaptar. Ainda que os PLEs possam promover um  ensino mais centrado no aluno, para desenvolver um ‘sistema de aprendizagem pessoal’ devemos compreender que embora partamos da nossa construção, esta depende totalmente das relações com todas as pessoas que de uma forma ou de outra influenciam o nosso desenvolvimento e não apenas dos meios e recursos. O PLE é uma nova forma de aprender; uma nova abordagem sobre como podemos aprender em várias situações e múltiplos contextos.

Um abraço, prof. Wânia Clemente

Olá, Vanessa! Simplificando bastante, podemos dizer que construir o nosso PLE é decidir o contexto a partir do qual queremos mobilizar a rede de pessoas e o conjunto de conhecimentos que precisamos para aprender e trabalhar na sociedade digital.

Quer o utilizemos para aprendizagem ou para trabalho (alguns diriam que a distinção entre trabalho e aprendizagem tende a confundir-se), quer se trate de uma moda passageira ou de algo relevante, devido a sua flexibilidade e praticidade que o estudante tem ao seu alcance do momento de aprendizagem” (Vanessa), a força do conceito PLE reside na sua poderosa ‘simplicidade’. “Aplicado” por cada um de nós permite controlar e desenvolver processos críticos na atual sociedade digital do conhecimento. Processos como gestão da informação, comunicação digital e aprendizagem contínua. Habilidades que são mais importantes e necessárias para todos nós a cada dia. E você, o que pensa sobre essas habilidades?

Um abraço, prof. Wânia Clemente

Olá, Raíssa! Acredito que se possa ter uma conexão entre esses dois ambientes: plataformas de aprendizagem online (viabiliza o ensino formal ainda que por meio da internet) e PLE (articulações de aprendizagem informal de forma livre). É uma “ferramenta conceptual”, um mapa, um instrumento de reflexão que nos permite tomar consciência dos nossos processos de gestão de informação pessoal e de aprendizagem. É também um processo, uma forma de fazer algo e, portanto, algo prático.

As possibilidades do PLE de apagar a linha divisória entre o aprendizado formal e informal nos levam a modelos focados na ‘diligência’ do aprendiz, na autogestão do processo de aprendizagem, no modelo de aprendizado autônomo e independente. Um grande desafio para os estudantes, você não acha?

Um abraço, Wânia Clemente