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Wania Clemente

Wania Clemente

Mensagem enviada por Wania Clemente

Olá, Matheus. Como disse a Maria Fernanda, cenários de aprendizagem - ora plataforma Moodle ora PLE - são ‘espaços’ de criação de conteúdo, tanto individual quanto em grupo, e de 'conexão' com pessoas (professores, companheiros de classe e outras pessoas). Por isso, não são excludentes, mas focam em uma nova cultura de aprendizagem na qual o estudante transita por ambos espaços, ora Moodle, ora PLE rompendo fronteiras digitais num ‘leva e traz’ recursivo de ações por informações e troca de conhecimentos.

Diferentemente das plataformas digitais (Moodle, por exemplo), onde o conteúdo é hospedado pelo docente (ou pela instituição) e consumido, de forma compulsória, pelos alunos, os PLEs permitem que esses conteúdos possam ser cocriados por alunos e professores, em um processo de construção do conhecimento de forma colaborativa.

Enquanto o aluno é obrigado a seguir trilhas de aprendizagem, por mais interativas que sejam, no PLE o estudante segue seu próprio fluxo de aprendizagem com base no que armazena/salva em suas pastas na nuvem. Ao finalizar uma disciplina/um curso o estudante não terá mais acesso ao conteúdo disponível na plataforma, mas por outro lado, no PLE, como as informações pertencem aos estudantes, eles as levam consigo para qualquer outra experiência. É neste sentido que George Siemens considera a plataforma de ensino aprendizagem online limitada. Para ele nossa capacidade de aprender o que precisamos para amanhã é mais importante do que aquilo que conhecemos hoje. “Em um mundo conectado em rede o foco também está no valor do que está sendo aprendido e não somente no processo de aprendizagem, pois agora a quantidade de informações disponíveis são infinitas e aumentam todos os dias, esmagando nossa capacidade de lidar com todas elas e filtrar o que for relevante.”.

O ponto central do conceito de PLE é a ideia de ambiente digital de aprendizagem informal, o que nos facilita e nos permite aprender com os outros a qualquer hora. Logo, é fundamental compreender o conceito de PLE como um novo paradigma de ‘organização da aprendizagem’, uma organização que faz uso ‘intencional’ de processos de aprendizagem em nível individual e de grupo em igual medida, pois “em um mundo onde o conhecimento está em constante mudança, o PLE é uma resposta à necessidade de ambientes de aprendizado mais abertos, ágeis e adaptáveis às demandas individuais, rompendo com as limitações de modelos educativos centralizados, como previa Siemens.” (Matheus Prado).

Um abraço, prof. Wânia Clemente


Olá, Patrícia. Esclareço que o mais importante de um PLE são as ‘pessoas’ com quem interagimos e nos comunicamos regularmente e, portanto, as ‘ferramentas’ que nos facilitam pesquisar, encontrar e ‘conectar’ com essas pessoas. É uma outra forma de estudar ‘junto virtualmente’: sem matriz curricular ou limitação física ou geográfica.

Um abraço, prof. Wânia Clemente


Olá, Melca. Precisamos passar a explorar outros territórios de aprendizagem informal e autodidata, transitando fora das rotas dos recursos educativos formais, sejam em sala de aula ou por meio de uma plataforma como AVA.

Abs, prof. Wânia Clemente

 


Oi, Layana. Sabemos, que não é algo simples e tampouco fácil trafegar por diversas tecnologias e ambientes. Depende em grande parte dos argumentos muito bem abordados por você em sua postagem, mas também, de outras variáveis, porém não descartaria a possibilidade de transitar por ambos ambientes.
A meu ver os ambientes virtuais (Moodle | PLE) não são excludentes, transitam entre a fronteira do formal e informal, e podem ser complementares.
Para Siemens, um PLE é uma "ferramenta conceitual", um instrumento de reflexão que permite ao indivíduo tomar consciência da gestão da informação pessoal e do próprio processo de aprendizagem. Ele argumenta que as pessoas com quem mais aprendemos são, na maioria das vezes, com quem nos relacionamos de outras formas, ou seja, não necessariamente daqueles que estão mais próximos. Isto é, costumamos aprender mais com nossas redes de contatos do que, por exemplo, com nossos colegas de sala de aula presencial. Dessa forma, o local físico (plataforma) não seria decisivo para a aprendizagem.
Um abraço, prof. Wânia Clemente
Oi, Layana. George Siemens argumenta que a condução (gestão) do processo de ensino-a aprendizagem precisa viabilizar a “autonomia" do indivíduo. É necessário que o estudante gerencie o seu ambiente de aprendizagem, ou seja, realize ações de 'busca', 'filtragem' e 'seleção' de conteúdos de interesse. Em suma, uma prática de curadoria de conteúdo da Internet. Neste sentido, para Siemens, as plataformas são limitadoras no que diz respeito ao ‘conteúdo’ disponibilizado e a ‘gestão do processo' de ensino-aprendizagem ser realizado pelo docente e não pelo estudante.
Abraços, prof. Wânia Clemente