Particularmente, é difícil para mim escolher entre uma coisa e outra. Em diferentes contextos podemos identificar um processo de homogeneização (ou uma tentativa de) e, da mesma forma, podemos identificar resistência a esse fenômeno. Do ponto de vista estadunidense, essa homogeneização é quase que natural para seus cidadãos, que tem uma visão de mundo quase que narcísica e autocentrada, mas do ponto de vista do sul global, acho que somos especialistas em praticar esse hibridismo cultural: aprendemos uma nova língua, consumimos mídia, produtos e marcas estadunidenses e até acreditamos em suas narrativas, mas ainda somos perfeitamente capazes de não somente apreciar e valorizar nossa cultura com orgulho, mas também vivê-la no cotidiano.
Ao longo da aula, me veio à cabeça a seguinte reflexão " nós resistimos à dissolução da nossa cultura por amor, porque esta reflete quem somos e de onde viemos". Acredito que, de certa forma, não nos desfazemos da nossa cultura apesar das grandes investidas do modo capitalista e hedonista de vida estadunidense por ser um reflexo de quem nós somos. Quando penso na identidade cultural brasileira, de certa forma, sinto orgulho e amor, porque essa identidade reflete quem eu e as pessoas ao meu redor são.