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FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

Número de respostas: 12

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Olá pessoal,

Vocês leram a aula e assistiram os vídeos. Logo, pergunto: qual a opinião de vocês sobre o embate entre a homogeneização versus hibridismo cultural? Além dos vídeos exibidos na aula, vocês conhecem outros tipos e formas de resistência a este movimento de padronização cultural?

Vamos discutir, pois esse tópico é muito interessante. Conto com a habitual participação de vocês!

Abraços a todos

Em resposta à Primeiro post

Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Lyandra Dalle`Crode Pralon -
Acredito que é importante um equilíbrio na forma com que nos relacionamos com as culturas alheias. A globalização é necessária para que nós como uma sociedade continuemos a evoluir, mas não podemos deixar que traços únicos e preciosos da nossa história e cultura sejam substituídos pelos de outras nações. É inevitável que alguns costumes sejam aderidos, mas de maneira equilibrada, é possível valorizar todas as diferentes formas de cultura. A tradição de festas típicas e comemorações regionais é um exemplo de como preservar a cultura local de cada região, como o carnaval e a festa junina.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Emilly Veiga Venancio -
Conforme o tempo passa, a sociedade muda e se desenvolve, assim como adquire novas características. Entre a homogeneização e o hibridismo cultural, considero o segundo mais benéfico, pois a perda da diversidade cultural e a padronização promovida pela homogeneização inviabilizam a preservação de nossa história e de nossas identidades. Já o hibridismo cultural, apesar de também ter seus pontos negativos, pode ocorrer de forma mais natural, permitindo que culturas e costumes sejam adaptados ao contexto da época em que se encontram. Dessa forma, a cultura não se perde.

Acredito que uma forma de resistir a um movimento de padronização cultural é através da preservação da própria cultura, no Brasil, por exemplo, temos o Instituto Socioambiental (ISA) que é uma ONG que apoia diversas comunidades indígenas e tradicionais, buscando fortalecer suas culturas, línguas e modos de vida. Ela também realiza outras coisas, mas achei importante pontuar essa característica pois isso também é uma forma de tentar ao máximo preservar uma cultura que vem sendo perdida com o tempo.
Em resposta à Emilly Veiga Venancio

Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por José Mauro Nunes -
Olá Emily e colegas, bom dia!

Gostei do seu comentário. O dilema entre preservar e hibridismo é interessante, mas acredito que a conservação de práticas culturais nos dias de hoje é impossível, posto que o diálogo entre diferentes culturas promove a troca ( e a ressignificação) das ideias.

Abraços a todos
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Eduarda do Amaral Couceiro -
Acredito que em momentos de colonização, independente da época, a homogeneização vem na frente de qualquer possibilidade de hibridismo cultural.
Quando se trata de um grupo "mais forte" ou em maior quantidade, há uma soberania e imposição de sua cultura em cima do outro, ainda que haja resistência.
Já o hibridismo cultural se é percebido quando culturas diferentes aparecem no mesmo local, são fortemente defendidas por seu povo e acaba se juntando com outra, formando alguns hábitos parecidos ao longo do tempo. Sendo que, embora novos hábitos apareçam, a sua predominância cultural com uma parte do seu povo, ainda exista e é cultivada por eles.
Hoje em dia, acho que acontece de forma mais ' natural' esse hibridismo cultural, pois a globalização fez com que outros povos viajassem para outros lugares de forma rápida e seu povo se instalassem nesses locais, mas não afim de destruir culturas, mas de conhecê-las tentar uma nova vida. É visto que as pessoas tendem a se adaptar melhor nos novos lugares e buscam viver conforme a cultura que acreditam.
Há também as pessoas que não podem viajar para morar em locais onde acreditam ser sua cultura ideal de vida, mas com a globalização, buscam na internet e se adaptam no seu próprio local. Vivendo a distância territorialmente da cultura, mas usando roupas, escutando música, acreditando na religião e reproduzindo e se identificando com a cultura que acredita.
A parte ' boa' da globalização é essa, você pode viver ao seu estilo, sem necessariamente sair do seu local de vida.
Em resposta à Eduarda do Amaral Couceiro

Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Gisele Verissimo da Silva -
Olá, pessoal. Concordo com a Emilly quando diz que entre as duas, o segundo pode ser mais benéfico, pois permite uma fusão de elementos de diferentes culturas. Em vez de simplesmente adotar uma cultura dominante, as culturas locais combinam elementos externos com os próprios, criando novas formas culturais. Ainda assim é preciso ter cuidado com a diluição de culturas locais e a criação de uma identidade cultural global uniforme.
Existem diversas formas de resistência à homogeneização cultural, que podem ser vistas em movimentos locais e globais, como a culinária tradicional e alguns movimentos de resgate e preservação cultural como também mencionado pela Emilly, por exemplo.
Em resposta à Eduarda do Amaral Couceiro

Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por José Mauro Nunes -
Olá Eduarda e colegas, bom dia!

Todos bem?

O hibridismo é um processo decorrente do "encurtamento" do globo via internet e tecnologias digitais móveis. O acesso à qualquer "trend" de comportamento é facilitado, sendo absorvido e ressignificado pela cultura local em pouco tempo. É preciso ressaltar que esse movimento é mais intenso entreis jovens, que são mais permeáveis às mudanças e resistem menos às novidades. Muito interessante o seu comentário.

Abraços a todos!
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Beatriz Araujo de Paiva -
Bom dia, professor e colegas!

Acredito que manter práticas culturais “puras” hoje em dia é impossível e a globalização tem seu papel nisso. Como já foi mencionado em fórum anterior, ela está longe de ser um fenômeno recente e tem moldado as relações sociais há séculos, promovendo trocas e interações entre diferentes culturas, influenciando costumes, valores e tradições, nem sempre de maneira positiva. E como nós, seres humanos somos os responsáveis pela criaçãoo de culturas, ela, assim como nós, não é uma coisa estática. Ela é viva, fluida e está em constante adaptação às circunstâncias e aos contextos históricos e sociais em que se insere. Assim, práticas que poderiam ter sido preservadas de maneira pura são continuamente reinterpretadas à luz das mudanças globais e locais, resultando em novas formas culturais que refletem o momento em que estão sendo vividas.

As tatuagens, por exemplo, que eram originalmente associadas a rituais e identidades tribais, com significados profundos e específicos para cada cultura, hoje evoluíram para uma forma de expressão pessoal e artística. Embora algumas ainda preservem significados tradicionais, muitas agora incorporam uma variedade de estilos e influências culturais e tendências contemporâneas.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Maria Eduarda de Souza Galdino -
Bom, a homogeneização cultural e o hibridismo cultural são resultados da globalização, porém a homogeneização cultural possui uma problemática: a perda da diversidade cultural, porque apenas uma cultura vai se sobressair e dominar as demais, como a gente observa a cultura estunidense sobre o mundo, com a homogeneização existe uma padronização de valores e comportamentos que podem ser prejudiciais a existencia de outras culturas.

Já o hibridismo cultural valoriza a diversidade e riqueza cultural, não existe a dominação de uma cultura sobre a outra, na verdade, a beleza do hibridismo é expor as características de cada cultura e misturar suas belezas, sem que haja uma dominação ou padronização dos costumes, crenças etc. O hibridismo propõe uma quebra de esteriótipos, quando temos conhecimento da diversidade cultural do mundo e como elas podem trabalhar juntas sem anular uma as outras, promovemos o respeito e conhecimento.

Portanto, a globalização trouxe tanto aspectos negativos quanto positivos pra nós.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Leticia Gomes Santana -
Homogeneização e hibridismo cultural para mim são conceitos muito diferentes, na homogeneização a cultura torna-se uma só, todos abandonam suas culturas locais para consumir a cultura dominante, por exemplo na música Amerika do Rammenstein em um trecho ele diz "não estou cantando na minha própria língua" oque é um exemplo perfeito, porque até sua língua natal é deixada de lado para seguir a língua global, que todos devem falar para que o mundo todo se comunique de uma forma única, reduzindo todos à uma única massa homogênea e igual, já o hibridismo cultural na minha concepção, respeita os aspectos de cada cultura tanto local com global, criando algo novo mas que não anule nem hierarquize as culturas, como por exemplo Sun Rá, compositor afro-americano nascido no Alabama que usava elementos de diversas culturas inclusive intergaláticas em suas obras, seu próprio nome artístico era inspirado no Rei Sol, Rá, um dos deuses do Egito antigo, mostrando que a partir de elementos de outras culturas é possível criara algo novo, mas não no sentido de dominância e homogeneização.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Manoela Oliveira Ferreira Da Silva -
Bom dia, professor e colegas!

Acredito que, no mundo globalizado que vivenciamos hoje, há um forte debate entre a homogeneização e o hibridismo cultural. Em relação à homogeneização, os filmes de Hollywood são um exemplo claro desse processo, já que exercem grande influência sobre culturas ao redor do mundo, muitas vezes impondo padrões e valores universais. No entanto, o hibridismo cultural surge como uma força criativa que combina diferentes tradições e elementos culturais para criar algo novo. O Carnaval, por exemplo, é uma celebração que exemplifica esse fenômeno, ao misturar influências europeias, africanas e indígenas. Esse embate entre homogeneização e hibridismo cultural reflete a tensão entre a padronização global e as formas de resistência, nas quais culturas locais preservam suas identidades, muitas vezes reinventando-se em resposta ao contato com outras culturas.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Samira Da Conceição Dos Santos -
Eu acredito que o debate entre homogeneização e hibridismo cultural é crucial na era digital. E me lembrei de uma palestra que vi do Muniz Sodré que falava que a digitalização é inevitável, mas isso não significa que devemos perder nossa identidade cultural. Em vez disso, devemos usar a tecnologia para fortalecer e preservar nossas tradições. Durante a pandemia, por exemplo, vi como novos coletivos e movimentos sociais aproveitaram as redes para promover mudanças positivas, e o Sodré me contou sobre alguns coletivos durante uma entrevista que fiz com ele. Acho que, ao equilibrar o uso da tecnologia com a valorização das nossas tradições, podemos criar um espaço cultural mais diversificado.
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Re: FÓRUM DE DISCUSSÃO: AULA 4

por Filipe Costa Rodrigues -
Vejo a homogeneização e o hibridismo cultural como fenômenos que ocorrem concomitantemente, onde em alguns casos acredito que a homogeneização pode anteceder o hibridismo cultural. Enquanto a homogeneização se caracteriza pela "dominação" de uma cultura sobre a outra, o hibridismo cultural é caracterizado pela "troca" e influência mútua entre culturas. Penso que a homogeneização pode ser uma etapa prévia de um hibridismo cultural: se tomarmos como exemplo o período de colonização do Brasil, houve em um primeiro momento uma grande imposição da cultura dos colonizadores em detrimento das diversas culturas indígenas que existiam em nosso país (que foram exterminadas ao longo dos séculos). Ao mesmo tempo que ocorria uma dominação, vários elementos culturais indígenas, portugueses e africanos se misturaram e surgiram outros elementos culturais ressignificados.

A hibridização cultural é facilmente enxergada nas fronteiras entre países, onde cidades fronteiriças de países vizinhos costumam apresentar elementos culturais um do outro, sem que haja de fato um domínio de uma cultura sobre a outra. A homogeneização é perceptível nos grandes centros urbanos onde as conexões entre redes são mais intensas e expõem a influência de algumas culturas que são mais dominantes sobre as outras (a americana sobretudo, nos filmes, nas músicas, na tecnologia etc). Embora possa ser natural pensar que a homogeneização tenha mais aspectos negativos em relação ao hibridismo cultural, gostaria de destacar que a homogeneização até um determinado nível pode ajudar a fazer com que um indivíduo ou até mesmo um povo se "reconheça" no outro (alguns eventos esportivos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol são capazes de promover este fenômeno, por exemplo), o que facilita o desenvolvimento e estabelecimento de relações. Quanto à hibridização cultural, vejo ainda como um fenômeno mais positivo, pois este é capaz de trazer a inovação cultural, na qual a mistura de diferentes tradições e práticas culturais pode levar à criação de novas formas de arte, música, moda e gastronomia. Isso promove a inovação e a criatividade, resultando em expressões culturais únicas e originais.

Um tipo de resistência à padronização cultural é a preservação de dialetos de diferentes povos espalhados pelo mundo. Na Itália por exemplo, o idioma italiano foi adotado como idioma oficial a partir do dialeto fiorentino, mas muitas pessoas do sul da Itália ainda resistem de alguma forma (principalmente as camadas sociais menos favorecidas) ao uso diário do idioma italiano e se comunicam através de seus respectivos dialetos, que simbolizam de alguma forma a essência daquele povo em questão.